CAPÍTULO DEZ
Ao dormir pela primeira vez com o seu noivo, muitas esperam acordar com flores, beijos e um lindo café da manhã na cama.
É óbvio que eu não esperava por isso, mas também, não reclamaria se acontecesse.
A minha experiência de despertar com um noivo foi irritantemente mais triste.
— Não vai levantar e atender essa droga? — pergunto ainda sem abrir os olhos, apenas ouvindo algum filho da mãe esmurrar a porta.
Não escuto uma resposta vindo de Elliot, então levanto um pouco para observar além da barreira de travesseiros.
Fico surpresa quando vejo que ele ainda está dormindo serenamente com esse barulho infernal.
Empurro Elliot, levantando para destrancar a porta e, finalmente, esganar àquele que me acordou às 7:15 da manhã.
— Bom di... nossa, você está horrível!
— Então é você o maldito Hulk? — bufei ao encarar Leon.
Ele sorriu e adentrou o quarto como se já conhecesse bem o local.
— O que a muralha da China faz aqui? — gargalhou, observando a barreira na cama.
Caminho para o banheiro ignorando todas as suas piadinhas matinais. Sem dúvidas ser acordada e ter que aturar isso é demais pra mim.
Saio da banheira procurando uma toalha e só encontro um roupão branco ao lado. Com certeza têm outros mil desse por aqui, Elliot não vai se importar.
Seco o meu cabelo e caminho para o closet, passando por dois homens inúteis no quarto.
Elliot ainda estava sentado na cama, ouvindo Leon falar sobre uma mulher que ele havia conhecido ontem em uma boate qualquer.
— O que você veio fazer aqui tão cedo? — pergunto como quem não quer nada.
— Visitar o meu casal preferido. Não posso mais? — ironizou.
Elliot gargalhou, caminhando para o banheiro.
— Conta outra, você pode melhorar essa mentira.
— Ok, ok. Vim conferir se o Elliot não tinha feito sex... — tampo a sua boca com a mão.
— Pelo amor de Deus, cale a boca! — suplico.
Ele apenas sorriu e andou até a porta, anunciando que iria ver o que a Hanna estava preparando para o café.
Fui até a varanda e observei a vizinhança, ainda deslumbrada com a fachada daquelas casas enormes.
— Katherine, onde está o meu roupão? — escuto Elliot gritar.
Antes que pudesse voltar ao quarto e mostrá-lo onde estava, fico estagnada na porta de vidro da varanda.
Elliot está nu andando pelo quarto, mostrando toda a sua simetria sem vergonha alguma ou estou sonhando?
—Você está quebrando a 1° regra. — digo virando-me, mais vermelha que o esmalte nas minhas unhas.
— Se você usasse suas próprias coisas, eu não estaria quebrando nada.— cantarolou, sem culpa alguma. — Já pode virar, querida.
— Eu só peguei emprestado, lá tem vários!
Ele sorriu e mostrou o pequeno emblema do lado direito no roupão, com o seu nome escrito em letras douradas.
— Apenas esse tem o meu nome. — deu de ombros como se isso fosse a melhor justificativa do mundo.
Sibilei um aham e fui até o divã que Leon estava minutos atrás, enquanto ele terminava de se arrumar para irmos tomar café.
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3 minutos depois estamos de frente a uma mesa recheada. Diferente dos outros dias, a sala estava completamente vazia, sem Lisa, Derek e até mesmo a amigável Hanna. Logo começo a me servir, sem trocar muitas palavras com Elliot.
— Quem é Peter? — ele perguntou, me fazendo franzir o cenho.
— Peter? — finjo-me de inocente para saber mais o nexo daquela pergunta.
Elliot concordou com a cabeça, me olhando entre os cílios.
— O cara que te levou à Grécia.
— Um amigo. — vejo sua expressão duvidosa surgir e, completo: — Ninguém que possa me fazer desistir do seu plano, se esse for o seu medo.
Ele sorri de lado e, por um momento, penso que esse assunto tivera um fim.
Mas, por obra de alguém que me odeia, Leon resolve aparecer novamente e estragar minha resposta.— Ninguém... sério? Então por que chorou 3 noites seguidas quando soube que ele arrumou uma namorada?
Quis me esconder ao ouvir àquilo.
Elliot me encarou com uma fisionomia indecifrável, talvez esteja pensando que sou uma mentirosa.— Eu tinha 17 anos, caramba! — me defendi. — Sem contar que ele era o único garoto que não me queria apenas para transar nas horas vagas.
— Você já... com ele? — Leon gagueja ao perguntar, incrédulo.
E toda a atenção de Elliot veio em direção a minha resposta.
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Procura-se uma Noiva [concluída]
Любовные романыOs dias de solteiro irresponsável de Elliot Watson acabaram e ele precisa encontrar uma noiva o mais rápido possível. Após descobrir que só conseguiria a presidência da grande empresa do seu pai quando encontrasse alguém, Elliot resolve enganar sua...