Procura-se uma Noiva [concluída]

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CAPÍTULO SETE

— Então ele está pagando para você ser, tipo, a sua prostituta nupcial? — Amber pergunta sem nenhum filtro.

Não foi fácil contar à ela sobre o plano de Elliot e toda essa bagunça, mas eu tinha que receber mais opiniões sobre o quão estúpida fui em aceitar fazer parte disso. Somente as broncas de Leon não foram o suficiente.

— Não! Eu não sou uma prostituta nupcial, pare de usar esses termos.

— Ela é sim, Amb. — Leon grita da cozinha.

Ele estava ouvindo a minha conversa? Que filho da mãe.

Fechei a porta do quarto para continuar arrumando a minha mala.
Logo, logo Elliot pode chegar para me levar ao meu novo lar.

— Pelo visto ele não costuma cumprir o manual dos homens, onde diz que irmã de amigo é homem. — ela riu, comentando: — E parece que o Leon não gostou nada disso.

Ignoro seu comentário, sem paciência para suas gracinhas.

— Por favor, não comente sobre isso com ninguém, nem mesmo à Mia. Sei que ela é confiável, mas também carrega o título de melhor sobrinha da mamãe, na primeira oportunidade que tiver, vai abrir a boca. — digo tentando fechar o zíper da mala.

— Ok, sem Mia nessa história. Mas, e o Peter?

Peter é o meu melhor amigo desde sempre, e, sei que ele vai ficar chateado se acabar descobrindo por conta própria que eu estou noiva (de mentira), mas, não quero envolvê-lo nesse problema.

— Sem Peter nessa história também. — mesmo sem vê-la, posso imaginar a cara de desaprovação de Amber.

Ela sempre odiou o Peter, porém, esse ódio acabou virando amor de alguns anos pra cá, e agora, o que ela odeia mesmo é ter que esconder qualquer coisa do mesmo.

—Tudo bem. Vou tentar deixá-lo fora disso, mas não garanto nada.

— Você vai conseguir. Agora tenho que desligar, até mais.

— Divirta-se com o seu noivo. — pude ouvir seu riso maligno e ia revidar, mas ela fez questão de desligar antes.

Termino de organizar minhas malas e carrego até a sala.

Não trouxe muita coisa, até porquê, pretendia fazer algumas compras por aqui.
Talvez esse acordo impossibilite esse ponto da minha viagem.

Conferi mais uma vez se não estava esquecendo nada e sentei no sofá para esperar Elliot.

— Por que está tão quieta? — Leon aparece atrás do balcão.

— Nada. Só estou com sono. — respondo dando de ombros.

Sei que ele quer me falar algo, e que está incomodado, só podia ser isso. O Leon que eu conheço jamais reclamaria do meu silêncio.

— Você ainda pode desistir de tudo, certo? — disse como quem não quer nada. — Pode ficar aqui comigo e curtir suas férias...