Control (COMPLETA)

Capítulo 1 - Whisky e poder

Olá, essa é a minha primeira história, mesmo sendo uma ávida leitora no mundo das fanfics. Espero muito que vocês gostem, pois tenho planos fantásticos para a mesma. Pode ficar tranquilo se não for camren shipper, a história funciona mesmo para quem não conhece o casal. E se for... Melhor ainda. Espero que se divirtam e se surpreendam, mesmo sendo a escritora eu também me divirto.

Obs: O trailer da história está na capa e encontra-se nesse link no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=D61gffX0QPw

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Acordei, tive a sensação de um prego solto em minha garganta, olhei para o lado e cuspi para aliviar a angústia. Estava com sede, eu sempre estava. O tempo era frio, soturno, mas sentia meu corpo latejar e estava suado como um porco que se permite ir para o abate, não porque ele queria virar um bacon do Mc Donald's, mas porque ele cansou de lutar. Precisava de uma dose de Whisky e toda essa história de toucinho e Mc na minha cabeça me deu fome.

Assim que levantei, escutei a voz dela na cama a me chamar...

- Camila... Já vai? – disse em um sussurro.

Ariana Grande é uma daquelas mulheres que você não esquece. Com o seu jeito doce ela te conquista e como uma leoa na cama ela te mantém. Como os machistas costumam vociferar "Dama na rua e puta na cama", só que ao invés deles eu nunca precisei pagar. Muitas vezes eu preferia trazer uma dessas vadias que cantamos em um bar qualquer e no outro dia não as vemos mais. Mas eu tenho sérios problemas psicológicos e por ora Ariana me faz bem, não que eu seja apaixonada por ela, mas seu cabelo escuro e sua pele morena me trazem ardor e ao mesmo tempo calmaria, sem contar a forma como ela cuida de mim, sem fazer aquelas extensas perguntas de mulheres chatas que deveriam estar formadas em jornalismo investigativo.

- Preciso beber algo. – respondi.

- Você sempre precisa. – ela tornou a dizer.

Sorri com o canto de boca e fui em direção à cozinha. Eu tinha uma bela casa, sempre gostava de admirá-la apesar de morar a algum tempo nela. Nunca fui uma dessas filhinhas de mamãe, muito pelo contrário, meu pai sempre teve que dar um duro enorme para pagar todos os meus estudos, enquanto eu me entorpecia de álcool e algumas drogas, já minha mãe sempre foi uma eximia dona de casa, aquela que passa a roupa assistindo uma merda de novela das oito e quando sua filha chega em casa com o cabelo bagunçado e lábios manchados, é como se nada tivesse acontecido. Prefiro não pensar muito sobre meus pais, melhor voltar para a casa, e que casa maravilhosa, cozinha divina, com certeza a droga da Ana Hickman pagaria uma siririca para mim se ela visse a decoração da mesma.

Mas antes de entrar na minha cozinha cheia de produtos Inox, precisava descarregar no banheiro e olhar minha cara de fracassada. Ele estava sempre limpo, porque as empregadas o mantém assim, uma vez eu vomitei tanto que quase coloquei minha alma para fora, mais um pouco eu entraria na lista de pessoas mais desnutridas do país, lutando para ganhar peso em uma região merda cheia de obesos. Para o meu azar eu não morri, eu nunca morria, eu poderia tomar cianureto que eu não morreria, eu poderia misturar álcool e gasolina do posto, mesmo assim eu não morreria, no máximo viraria total flex.

Minha cara estava uma merda como eu previ, meus olhos estavam inchados e o rímel e lápis escorriam pelos meus olhos, por incrível que pareça isso parecia belo, posso imaginar uma garotinha do tumblr favoritando e repostando uma foto minha com a legenda: "Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome" – Clarice Lispector. Crianças...

Karla Camila Cabello Estrabao, para os amigos Camila, para os mais íntimos, nada, detesto intimidades. Esse era o meu mantra todos os dias, olhar para o espelho e recitar meu nome todo, sempre tinha a esperança de esquecê-lo, mas não foi dessa vez. Meus traços latinos, meu dinheiro e humor sádico impressionam muitas mulheres, muitas das quais já passaram pelos meus lençóis, mas o único que me tem incondicional é meu bom e velho Scotch.