Um quadro, linhas vermelhas e alfinetes.
Fotos e mais fotos.
Suspeitas atrás de suspeitas.
E uma vista, da minha janela, o desconhecido já conhecido.
Uma noite ou outra saindo de sua casa com um capuz e um cigarro nos lábios.
De madrugada, quase amanhecendo, volta do mesmo jeito que saiu, com tremores nas mãos porém com um olhar de alívio.
Park Jimin, um vizinho mais adorável, confuso e suspeito da minha rua.
Meus amigos acreditam que eu enlouqueci, acham que o trabalho na polícia me degastou e então me deixando paranóico. Quem acharia que Jimin seria uma pessoa que faria coisas horríveis como essa? Ninguém. Quem desconfiaria de uma pessoa que era super gentil, extrovertido e tinha um sorriso fofo pelo dia? Sim, eu disse pelo o dia.
Porque pela noite, Park apresenta comportamentos estranhos, sua casa é totalmente escura, nenhuma luz está acesa, e por volta de onze e meia da noite ele sai, nunca olhando para os lados, como se fosse um adolescente normal, como se não devesse nada. Mas eu acreditava que não era, e eu iria provar isso.
Na minha sala improvisada de investigações olhava para as fotos reveladas presas no quadro, passava a mão em meu queixo olhando por onde o fio vermelho percorria, desde informações até fotos de Park. Jimin era uma pessoa muito curiosa de se estudar, era tão aberto mas tão fechado ao mesmo tempo.
Estava mergulhando em meus pensamentos mais uma vez em mais uma noite, porém uma campainha veio incomodar meus ouvidos. Fechei os olhos e respirei fundo. Odiava quem me atrapalhava.
Me levantei calmo, coloquei um lençol branco em cima do quadro escondendo minhas investigações e passei por perto de interruptor apagando a luz do cômodo e logo trancando a porta. Quando um possível assassino morava em sua rua era bom prevenir qualquer coisa.
Não que eu tivesse medo, longe de mim, mas eu queria estar preparado.
Eu queria estar um passo à frente do dele.
Fui até a porta e abri vendo Hoseok e Taehyung sorridentes com uma caixa de pizza em mãos, suspirei e forcei um sorriso afim de não desapontá-los. Sabia que estava devendo passar um tempo com eles.
Dei espaço para que os dois pudessem entrar, e assim fizeram logo se jogando no sofá e colocando a caixa em cima da mesinha de centro. Hoseok ligou a televisão colocando em um jogo de basquete e prendendo o foco logo em seguida.
-Você disse que não assistiria o jogo hoje. - Taehyung reclamou pegando o controle e desligando a televisão. - Temos que passar um tempo com o senhor isolado. - O acastanhado me encarou com um olhar fechado. - Em falar nisso, o que fazia?
-Não convém a vocês. - Respondi sendo curto e grosso me aproximando dos dois. Abri a caixa que estava no centro da mesa e peguei uma fatia de pizza colocando em minha boca.
-Liga não Tae, ele só está inconformado que não acreditamos que o possível assassino sombrio seja o vizinho unicórnio dele. - Hoseok zombou enquanto também pegava uma fatia de pizza. Não liguei para o seu comentário. - Até quando hein Jeon? Não dá para aceitar que ele é apenas uma pessoa normal?
-Ele tem comportamentos estranhos a noite. - Ressaltei me sentando em minha poltrona encarando a parede.
-Jungkook assim como você, ele é jovem e tem que se divertir, por isso sai a noite, diferente de você ele não fica enfurnado dentro de casa. - Taehyung rebateu. - Pelo amor de Deus, para de levantar suspeitas do garoto. - Resmungou se afundando no sofá.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Control - Pjm + Jjk
FanfictionEu, Jeon Jungkook não acredito em assombrações ou lendas, nem mesmo quando sua cidade está passando por uma crise assombrosa de mortes, sem pistas ou rastros. Os meus amigos insistem para eu desistir desse assunto, por medo, medo de eu ser o próxi...