VII

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"Desire becomes surrender, surrender becomes power."
-The Joker, Suicide Squad, 2016.

Os lábios dele se moviam em sincronia com os dela em um beijo lento, calmo demais se comparado à urgência que sentiam. A porta de fechou com um "click" e sem quebrar o beijo eles tropeçaram pelas.

Soluço havia dito para si mesmo que faria as coisas devagar, apenas para revidar todas as provocações que ela havia feito dentro do carro. Fazer as coisas tão devagar era a pior punição para loira, principalmente quando ela estava quase implorando para que a tocasse. Entretanto, ele mesmo não  era muito paciente.

O beijo foi quebrado, as mãos dela entrelaçadas em seu acabelo castanho e as mãos um pouco acima dos quadris da moça. Ela trouxe os lábios para o ouvido dele, a respiração dela se chocando contra sua pele e Soluço precisou fechar os olhos, tentando manter o máximo de controle possível. 

-Meu amor, - ela sussurrou, a voz carregada de súplica e desejo - por favor. - Ela implorou e não precisou pedir outra vez.

Os lábios dele se chocaram com os dela com força, as pernas dela se cruzaram nos quadris do rapaz. As costas dela bateram com força na porta do quarto, tirando todo o ar de seus pulmões e a fazendo involuntariamente abrir a boca para tentar recuperar o ar. A língua dele invadiu sua boca e ela sequer tentou lutar por domínio sabendo que, de qualquer jeito, ele venceria. 

Soluço finalmente abriu a porta e os dois quase caírem dentro do quarto. Soluço chutou a porta para que se fechasse e jogou Astrid nos lençóis de seda da cama, a loira caiu como uma boneca de pano, mas não perdeu tempo ficando deitada nos lençóis e tirou as botas douradas, deixando que caíssem no chão junto com sua coroa de espinhos.  

Soluço tirou os sapatos e em seguida jogou a jaqueta em algum canto escuro. Ele logo estava sobre ela, a encarando como um animal faminto encara sua presa, mas Astrid não era uma presa fácil para seu auto-proclamado "Lobo Mau". 

Os lábios dele exploravam a pele do pescoço dela, deixando mordidas e marcas por todo o caminho e Astrid sabia que adoraria cada uma delas na manhã seguinte. Ela não havia percebido quando ele havia tirado a camisa, mas não perderia tempo tentando se lembrar. 

Do bolso da calça, ele tirou uma pequena faca retrátil e a lâmina saltou para fora quando ele apertou o botão. Ele sorriu com o olhar confuso da moça e trouxe a lâmina para perto do rosto dela.

Um arrepio percorreu o corpo dela e ela fechou os olhos ao sentir o metal frio contra a pele de sua bochecha esquerda, descendo lentamente até chegar aos lábios. 

-Tem medo de facas, meu amor? - Ele perguntou com o tom divertido e ela balançou a cabeça em negação. Ele se abaixou grudando os lábios no ouvido dela. - Que bom. Você foi uma boa garota hoje, não foi,  princesa? - Ele sussurrou, mordendo a orelha dela e Astrid assentiu. - O papai vai te recompensar. 

A lâmina desceu pelo pescoço dela lenta e levemente e a sensação de perigo apenas serviu para excita-la por antecipação. 

A lâmina passou pelos seios dela, chegando ao material de seu espartilho, o cortando no meio se modo que Soluço apenas precisou arranca-lo do corpo dela. O gangster olhou para o corpo dela semi nú e Astrid cerrou os punhos, imaginando o que ele faria com ela. 

Soluço sentia que estava faltando alguma coisa, algo que mostrasse que ela era dele e apenas dele. 

Ele a olhou nos olhos e sorriu para ela. 

-Você é minha? - Era uma pergunta retórica, ele sabia a resposta, ela já havia dito incontáveis vezes no pouco tempo em que estavam juntos. 

-Completamente. - Ela respondeu e o sorriso dele aumentou. 

-Você confia em mim? - Ele também sabia a resposta para aquela pergunta e a resposta foi confirmada quando ela assentiu. 

A faca perfurou a pele do quadril dela e Astrid arfou pelo golpe repentido, ele continuou com cortes precisos, o sangue dela escorria e manchava os lençóis brancos da cama. Os cortes não eram profundos o suficiente para retirar muito sangue ou machuca-la muito, apenas o suficiente para que uma bele cicatriz fosse formada na pele dela posteriormente. 

A dor dos cortes não era muita, pelo contrário, chegava a ser prazeroso. Pelo padrão dos cortes, ela sabia o que ele estava fazendo: um dragão. Ela a estava marcando como dele. Era um ato possessivo, doentio, mas ela adorava. 

Ele terminou e ela sorriu para ele, os olhos brilhando em desejo e excitação. Ela o jogou para o lado, o fazendo cair de costas na cama. Rapidamente, ela subiu em cima dele e tirou a faca das mãos de seu amado. 

-Minha vez. 

Ele sorriu para ela e ela levou a lâmina para o peito dele, desenhando em seu peito esquerdo o desenho de um dragão que ela havia acabado de inventar e que à partir de agora seria seu símbolo. Novamente, os cortes não eram profundos, apenas o suficiente para marcar sua pele para sempre. 

-Astrid. - Ele sussurrou e Astrid jogou a faca no chão antes de se inclinar e beija-lo nos lábios com paixão. 

Em poucos momentos, o dois estavam completamente nús, com ela ainda por cima. Normalmente, Soluço já teria mudado as posições e assumido o controle há muito tempo, mas a voz que o dizia para controla-la havia desaparecido de sua cabeça. 

Ele estava dentro dela, os quadris dela se moviam criando um ritmo inebriante. Ele segurou os quadris dela com ambas as mãos para ajuda-la a encontrar um ritmo e os dois gemeram quando finalmente encontraram o ritmo perfeito entre eles. 

Ele apertou os quadris dela, encravado uma das unhas nos cortes recém feitos na pele dela e ela jogou a cabeça para trás, arfando com a onda de dor que se misturava ao prazer e a fazia ficar completamente louca. 

Soluço soltou os quadris dela com uma das mãos, a levando para a nuca dela, a puxando para baixo e trancando os lábios com os dela. Astrid derretia sob seu toque, se perdendo completamente nos braços dele. 

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