VIII

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"J: We've got company
HQ: Batsy, Batsy Batsy (...) Stupid Bats, you're ruining date night!"
-Suicide Squad, 2016.

O alarme soou, acordando a mulher que dormia na desconfortável cama de sua cela. 

Gritos e tiros ressoavam pelos corredores e ela sabia o que estava acontecendo: um massacre. 

Os passos de aproximaram de sua cela e a silhueta de alguém apareceu na porta de vidro. A porta explodiu com uma bomba de curto alcance e a silhueta estava à sua frente, segurando duas armas.

A pessoa jogou uma arma para a mulher, que a pegou com um sorriso no rosto. Os olhos verdes da pessoa brilharam com a luz vermelha que piscava por todo o lugar e a mulher riu, aliava por finalmente sair daquele inferno.

-Vejo que tem uma parceira agora. - Disse o homem enquanto ele e o jovem gângster olhavam para a loira fazendo seu show em um dos poles da boates.

-Prefiro o termo "ajudante". 

Ele tirou os olhos da loira e voltou a olhar para o homem que estava com ele: Alvin. Alvin tinha sido um grande amigo de seu pai e era um dos maiores fornecedores de drogas e por ter sido amigo de Estóico por muito tempo, Alvin era quase da família.

-Cuidado, Soluço, - o alertou o mais velho - no meio em que vivemos, uma mulher pode ser mais perigosa do que a Interpol. 

Soluço sorriu. 

-Astrid não me causaria dano algum, Alvin. 

-Mulheres são um problema, Soluço, nos deixam fracos, nos fazer ser atingidos mais fácil. - Ele fez uma pausa antes de continuar. - Vão usa-la contra você e, quando isso acontecer, é bom que você saiba o que fazer.

-Vou levar isso em consideração. - Ele disse antes de voltar a olhar para loira, que ainda dançava, enlouquecendo os homens ao redor. 

Ele não percebeu quando Alvin se foi, seus olhos continuavam grudados em Astrid. A loira o viu, seus olhos se encontraram por apenas um momento antes de voltar a girar no pole dourado. 

As portas da boate foram arrombadas, a música parou, pessoas gritaram e a polícia invadiu o lugar. A loira parou de dançar, os capangas trocaram tiros com a polícia e ela olhou para cima, encontrando o olhar de seu amante.

Ela desceu do pequeno palco, correndo em direção ao elevador de vidro. Um dos policiais a viu e rapidamente ficou em frente à ela, apontando a arma para a cabeça da garota. 

-Não se mova! - Ele gritou e Astrid ergueu as mãos em defesa. 

Ela não tinha armas além das facas em sua coroa, mas facas seriam inúteis contra uma arma de fogo. O policial pegou as algemas em seu cinto e, sem abaixar a arma, se aproximou da garota. 

De cima, Soluço via a cena. Ela estava sendo pêga, ele não podia deixar isso acontecer. 

Ele pegou sua arma no bolso interno de sua jaqueta e atirou na cabeça do policial. O policial caiu morto no chão e Astrid olhou para cima mais uma vez e sorriu antes de terminar seu caminho até o elevador.

Ela foi até a sala, correndo para os braços de seu amado, o beijando nos lábios com intensidade. Soluço, obviamente, a correspondeu imediatamente de forma apaixonada. Entretanto, o beijo não durou muito e ele logo a pegou pelo pulso, a puxando para o fundo da sala, onde ele abriu uma porta e a puxou escadas abaixo.

Assim que eles entraram pela porta, o Detetive SangueBravo entrou na sala e correu para perseguir o casal. Ele os viu um nível abaixo de onde estava nas escadas em formato de caracol.

-Parem! - Ele gritou, mas sem sucesso. Ele tentou acertar o rapaz com um tiro, mas acabou acertando a parede.

Soluço parou, atirando para cima, tentando acertar o Detetive, mas também sem sucesso.

-Continue correndo! - Ele ordenou à loira, sua voz mais alta do que o barulho dos tiros.

-Não! - Ela protestou. Soluço olhou para ela de relance, antes de voltar a se concentrar no policial. 

-Está tudo bem, meu amor, estou logo atrás de você! - Ele assegurou e apenas depois disso a loira voltou a descer as escadas correndo.

Soluço acertou um tiro em uma das pernas do detetive antes de correr atrás dela. 

As escadas levavam a outra entrada da garagem subterrânea, onde a bela Bugatti melizada os aguardava. Eles entraram no carro e Soluço não demorou para correr para fora da boate, passando por algumas viaturas que cercavam o local.

As viaturas logo começaram a perseguir o casal e a atirar na lataria do carro que, felizmente era blindado.

Soluço tentava despistar a polícia entrando em ruas quaisqueres, fazendo curvas bruscas, mas parecia que quanto mais ele tentava, mais carros da polícia apareciam. 

Astrid grunhiu, qual era o problema daqueles policiais? Estavam sempre estragando tudo!  

Ela pegou uma Beretta 9 milímetros Golden no porta luvas do carro, colocou metade do corpo para fora da janela e começou a atirar nas viaturas. Ela atirou em um dos pneus dianteiros de uma viatura, que girou na pista e bateu em mais duas. 

Ela continuou tentando atrasar as viaturas, mas eram muitas e a arma logo ficou sem munição. 

Ela grunhiu outra vez, jogando a arma dentro do carro com raiva antes de voltar para dentro do veículo mais uma vez e procurar mais armas no porta luvas. 

A loira encontrou um par de granadas e sorriu, seu sorriso aumentou ao ver um posto de gasolina há alguns metros de distância. 

-Diminua um pouco a velocidade e passe por dentro do posto de gasolina. - Ela pediu e Soluço franziu a testa, a olhando por alguns momentos.
 

-Por que? 

-Confie em mim. 

Ele apertou o volante com força, mas fez o que foi dito, diminuindo a velocidade e se aproximando do posto de gasolina.

Ele passava por dentro do posto de gasolina quando as viaturas se aproximaram. As luzes azuis e vermelhas eram fortes e por um momento ele realmente achou que acabaria sendo pego naquela noite. 

Astrid tirou os pinos de ambas as granadas ao mesmo tempo e as jogou perto de uma das bombas de combustível. Soluço voltou a acelerar o carro, chegando facilmente aos 250 quilômetros por hora outra vez e o posto de gasolina explodiu, mandando as viaturas pelos ares, matando os policiais e deixando o caminho livre para que o casal de criminosos fugisse sem maiores problemas. 

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