-Seu irmão fez o que?! - Astrid perguntou para a melhor amiga, torcendo para que tivesse escutado tudo errado.
Ela e Cabeça-Quente estavam na casa dos Thorston e Cabeça-Quente havia acabado de contar a idiotice que seu irmão havia feito.
-Arranjou uma dívida com um cassino de um gangster!
-Qual gangster? - Astrid perguntou. Haviam duas gangues em Berk: os Dragões de Berk e os Berserkers. Obviamente as duas tentavam constantemente se matar.
-O Fúria da Noite. - Ela respondeu e um arrepio passou pela espinha se Astrid. Tinha de ser justo ele?
-E como isso aconteceu? - Ela perguntou. Os Thorston tinham muito dinheiro, Cabeça-Dura não precisava pedir emprestado. Cabeça-Quente suspirou.
-Meus pais cortaram o dinheiro dele quando souberam que ele gastava tudo em jogos de azar e eu não tenho a quantia para pagar essa dívida. Também não posso pedir para os pais, eles deixariam meu irmão ser encontrado em um beco.
'É mais provável no rio, Soluço gosta de desovar oa corpos lá'.
-Eu vou falar com ele.
Cabeça-Quente ergueu uma sobrancelha.
-Com o Cabeça-Dura? Boa sorte.
Astrid balançou a cabeça.
-Com o Fúria da Noite.
Cabeça-Quente a olhou como se ela tivesse acabado de dizer que a Terra era plana.
-Astrid, você ficou maluca? Ele é um gangster. - Cabeça-Quente surtava e Astrid permanecia tranquila.
-Ele vai me escutar.
Cabeça-Quente balançou a cabeça em negação.
-Ele é um psicopata, Astrid, não escuta ninguém, é perigoso demais!
Astrid olhou para a melhor amiga. Era hora, ela merecia saber a verdade.
-Cabeça-Quente, o Soluço é o Fúria da Noite.
...
-O que vamos fazer, chefe? - Frost perguntou, sabendo que essa situação seria difícil de ser resolvida. Soluço deu de ombros.
-Cobre a dívida, se ele não pagar já sabe o que fazer.
Jack franziu a testa.
-Astrid não vai gostar disso, chefe.
-Astrid não vai se meter em como eu lido com os meus negócios, Frost, faça o que eu disse.
Jack assentiu e saiu do escritório, deixando Soluço sozinho com seus pensamentos.
...
Foi difícil contar toda a história para Cabeça-Quente, a Thorston não acreditava que tudo aquilo tibha acontecido e ela não tinha se dado conta!
Sua melhor amiga havia se envolvido com um gangster e ela não foi capaz de notar? Como isso aconteceu? Por um momento ela se arrependeu de não ter concordado com o Doutor Grimborn e mandado Astrid para um hospital psiquiátrico quando tiveram a chance. Agora era tarde demais.
-Você matou todas aquelas pessoas? - A voz dela era faca, seus olhos cheios de lágrimas. Ela estava destruída. Astrid assentiu. - Por que?
Astrid pensou por um momento. Por que ela fazia tudo aquilo?
-Por amor. - Ela respondeu e Cabeça-Quente balançou a cabeça.
-Astrid, isso não é amor, é doença.
-Então o que você sente pelo Jorgenson também é doença porque o seu namoradinho é um dos capangas do meu. - Astrid disparou e Cabeça-Quente se calou. Percebendo que havia piorado a situação, Astrid se aproximou da amiga, colocando ambas as mãos em seus ombros. - Cabeça-Quente, a única maneira de tirar o seu irmão dessa confusão é se eu falar com o Soluço, mas não posso fazer isso se você me odiar.
Cabeça-Quente fechou os olhos, as mãos cerradas em punhos e a cabeça baixa.
-Vá. - Foi a única coisa capaz de deixar oa lábios da Thorston e, antes que el mudasse de ideia, Astrid saiu da mansão.
...
Astrid suspirou antes de abrir a porta do escritório. Ela não sabia o que Soluço vivia fazendo lá dentro, mas ninguém se atrevia a interromper sem um bom motivo... A não ser a loira, é claro.
-Oi meu amor. - Ela chegou casualmente, se sentando no colo dele e o beijando nos lábios por poucos segundos. - O que está fazendo?
Soluço suspirou, já sabendo onde aquilo ia dar e não seria nada agradável.
-Astrid, eu não vou perdoar a dívida do Cabeça-Dura.
Ela franziu a testa.
- O que? Por que?
Ele a olhou como se tivesse acabado de perguntar algo extremamente óbvio.
-Astrid, perdoar uma dívida é um sinal de fraqueza, só Thor sabe o que poderia acontecer.
Astrid revirou os olhos.
-Soluço...
-Astrid, esqueça, eu não vou perdoar essa dívida, não importa o que diga ou faça! - Ele exclamou, dando um basta em tudo aquilo. Ele podia ver nos olhos dela que ela não esperava por aquilo, mas ele não mudaria de idéia.
-Tudo bem. - Ela desceu do colo dele e saiu do escritório, batendo a porta com força, Soluço foi atrás dela.
-Astrid! - Ele chamou, vendo a loira começar a descer as escadas. - Aonde você vai?
-Embora! - Foi a resposta que ela gritou.
Soluço congelou por um momento antes de pegar um controle remoto atrás de um pilar de mármore e ligar o sistema de segurança da casa. As portas de trancaram e placas de metal cobriam as janelas.
-Você não vai sair dessa casa! - Ela se virou para ele, lágrimas saíam de seus belos olhos azuis.
-Você não pode me obrigar a ficar, eu não vou fazer parte dessa merda! - Soluço ia dizer alguma coisa, mas ela continuou: - Você não acha que já fizemos a Cabeça-Quente sofrer demais? A morte do Eret, mentindo para ela todo esse tempo... E você ainda quer ameaçar o irmão dela de morte? Me escute Soluço e me escute muito bem: - ela se aproximou dela, as lágrimas ainda escorriam por seu rosto, mas determinação era evidente - se eu tiver que escolher entre você ou a Cabeça-Quente, eu sempre vou escolher a Cabeça-Quente. Então abre a porra daquela porta porque eu não vou ficar aqui vendo você machucar a minha melhor amiga outra vez!
O silêncio encheu a casa. Soluço contemplava suas opções e Astrid esperava uma resposta de seu belo psicopata. Soluço suspirou, não havia o que ser feito, ela havia vencido.
Ele abriu os braços para ela e Astrid correu para ele, chorando em seu peito e Soluço acariciava seus cabelos.
-Está tudo bem, minha linda, eu vou resolver isso, prometo. - Ele a acalmava imaginando uma maneira de resolver aquela situação e Astrid finalmente foi capaz de entender a quantidade de poder que tinha sobre o Rei de Berk.
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Partners in Crime
Fanfiction[LIVRO #2] A relação de Soluço e Astrid é como um sonho e os dois não poderiam estar mais felizes. Entretanto, Astrid logo vai perceber que ser a mulher e parceira de um gangster não é exatamente um conto de fadas e que a Coroa do Crime é muito mai...