Intenso demais

Capítulo 16

Enzo

Confesso que não aguentei ficar em casa o dia todo, Fernanda deveria ter ido embora no meio da madrugada, mas nem percebi que ela acabou dormindo comigo, acredito que Demitria queria sair de casa mais por causa de Fernanda do que para estudar, não me importo que e não saber se ela estava realmente bem, preciso urgente dar um celular para ela. É isso que vou fazer agora, saio de casa pego meu próprio carro e vou até uma loja, peço para a vendedora o mais atualizado que ela tem pego o modelo preto por que acho que combina mais com Demi.
Ligo meu segurança que está seguindo as garotas e mando que me mande a localização delas. Para minha surpresa elas estão na praia.
De longe as observo, Demi está realmente bonita, de cabelos soltos, uma roupa básica e a boca suja de sorvete que acredito que seja de chocolate. E que boca, sonhei a noite toda com esses lábios envolta do meu pau, sugando- o, Fernanda não foi o suficiente para me fazer esquecer dela. Acordei tão excitado que fui obrigado a bater uma durante o banho como um adolescente cheio de hormônios.
Quando vejo elas se despedindo, percebo Alice pegando o celular e fazendo uma ligação, de repente meu celular toca e o número restrito aparece.
-Alô...-Digo e a vejo virando de costas para Demi.
- Seu pervertido, mande um de seu motorista vir busca-la.
-Como você tem meu número?. - Questiono apreensivo.
-Você sabe quem eu sou, e eu sei quem você é. Tenho meus meios, agora eu se fosse você ligaria seu carro e iria para casa, já terminamos por hoje. E antes que eu me esqueça, eu sei sobre a farsa sobre casamento, e antes que desconte em Demitria, não foi ela que me contou, só quero que saiba que vou chutar sua bunda daqui até o Japão e continuar a magoa-la. - Desliga e não sei o que me deixa mais perplexo se é ela ter meu número, falar comigo dessa maneira ou como ela cuida da Demitria.
Apressadamente fui para casa, me tranco em meu escritório, ouvi Demi chegar, mas ela não disse nada, acredito que pensou que a casa estava vazia. Preciso urgentemente tira-la de minha cabeça, ela é sinônimo de problema.
Passei o domingo todo dentro do escritório evitando ela, Alberto fico o dia todo comigo repassando os carregamentos que conseguimos reaver.
-Então foi aquele bostinha de Rodrigues que roubou minha carga?
-Sim senhor.
-Ele já esta no galpão?.- Alberto apenas concorda com a cabeça.
Saio do apartamento e vou em direção a galpão numero dois, onde normalmente capturo meus delatores e os torturo
-Boa noite Rodrigues. - Digo calmamente, é visível seu medo, meus capangas já adiantaram meu trabalho, quebrando-lhe alguns dedos da mão e alguns socos.
-Senhor me desculpe isso não vai mais acontecer. -Ele suplicou.
-Claro que não vai, agora me diga o nome para quem você ia entregar a minha mercadoria.
-E...eu não posso senhor.
-Certo. Alberto por favor.- Digo estendendo a mão e ele me passa um alicate.- Isso vai doer mais em você do que em mim, coloquem um pano na boca dele, estou com um pouco de dor de cabeça para ficar ouvindo os gritos dele.
Seguro uma de suas mãos e arranco duas unhas a sangue frio, enquanto ele grita pelo pano.
-Isso poderia ser mais fácil se você falasse logo. -Ele novamente nega com a cabeça. - OK.
Duas horas depois, sete unhas arrancadas, um joelho destruído pelo meu martelo, e alguns afogamentos no tanque de água eu finalmente obtive um nome.
-Ruan, senhor foi o Ruan só pare por favor. -Rodrigues sussurra.
- Sinceramente admiro o tempo que levo para falar, tenho respeito por isso. -Digo perto de seu rosto machucado.
-Alberto, um tiro no meio da testa, ele fez por merecer morrer rápido.
Assim saio do galpão, dentro do carro sinto as dores de tanto trabalho em minhas costas, agora preciso resolver o que fazer com Ruan, esse verme está me atrapalhando não é de hoje. Meu celular vibra e vejo que é uma ligação de Fernanda.
-Alô.
- Estou com saudade. -Sussurra como uma gatinha manhosa.
- Esteja na minha casa em trinta minutos. - Desligo o telefone, obviamente Demi já deve estra dormindo essa hora.