Já era por volta das 21h, quando o celular de Angel toca, assustando a mesma que estava distraída, polindo suas facas enquanto conversava com Edward.
-Alo?- Ela atende ao terceiro toque.
- Boa noite, Srta. Campbell. Aquí é o delegado torres. Perdoe - me incomodar a essa hora, é um assunto sério. Liguei para um amigo que me deu seu número, já que você estava mais perto da cidade. Creio que seja um de seus casos e não dos meus.
- Boa noite, delegado. O que aconteceu?- Ela pergunta curiosa levantando - se da cama e guardando as facas.
-Bom, temos um corpo, em uma área mais afastada na trilha da floresta. Esta com furos no pescoço e seu corpo está ressecado, sem sangue nenhum. Como se estivesse morto a tempos, mas pelo laudo da perícia, o incidente não tem mais de 3h. Estão achando que foi um animal selvagem, mas acho que esse animal, estava sedento demais e selvagem de menos, se é que me entende.
-hum, ok. Já estou indo para o local, não deixe que tirem o corpo, chego em 15 minutos.
- Okay. Estarei aguardando! - A ligação se encerra e Angel começa a procurar a chave do carro.
- O que houve? - Ed pergunta vendo toda aquela agitação da garota.
- Tem um humano morto, próximo a floresta. O delegado acabou de me ligar passando as informações, e pelo que tudo indica,foi obra de um vampiro. Eu espero que não tenha sido a sanguessuga fashionista, ou teremos outra morte.- Ela respondeu rápido, em um só fôlego.
- Credo! Vou com você, antes que arrume confusão. - Ele disse se levantando e abrindo a porta, logo passando Angel e depois ele que fecha a mesma.- Vamos, não podemos demorar. O delegado não vai conseguir segurar o corpo la por muito tempo. - Disse enquanto desciam as escadas o mais rápido que podiam. Estavam com tanta pressa, que passaram feito vultos no Hall e logo entraram no carro dando partida em direção a floresta.
- E se for mesmo um vampiro, o que fara? -Ed perguntou quebrando o silêncio.
-Bom, ou temos um vampiro rebelde aqui, pois se me lembro bem, a primeira regra da universidade é não atacar os humanos... Ou temos algum ninho, com um vampiro recém criado que é mais difícil de conter. Independente de qual for, tem que morrer! Antes que outro inocente pague pela imprudência de algum idiota.- Ela explicou sem tirar os olhos da estrada. Em poucos minutos eles chegaram ao começo da trilha.
- Agora teremos que ir de viação canela.- Ela disse insatisfeita enquanto saia do carro e abria a mala do mesmo expondo seu arsenal, tirando de la uma pequena espada de prata, porém afiada para um eventual imprevisto e duas lanternas grandes, já que o caminho era pouco iluminado. Fechou a mala e começou a caminhar com o anjinho pela trilha, até chegarem ao local, que já estava cheio de polícias e mais três pessoas, que possivelmente eram familiares da vítima.
- Cheguei, desculpe a demora.- Avisou ao delegado que logo se virou e deu um sorriso amarelo, os olhando de cima a baixo.
- Sinto muito em lhe conhecer nessas condições. Os atrasei o máximo que eu pude... Eles estão impacientes, então por favor, não demore. - Ela assentiu e passou por baixo das faixas amarlas que cercavam a cena do crime. Pos uma luva e mexeu a vítima, virando seu pescoço para ver os furos.
- E então, o que acha que é? Tenho quase certeza que foi um urso. É raro aqui na floresta, mas acontece às vezes. - Disse a menina da perícia, enquanto Angel analisava o corpo.
- Ah, claro que foi um urso.- Angel disse revirando os olhos sem que a menina visse.
- Foi o que eu imaginei.- a menina saiu deixando Angel sozinha.
- Um urso que usa batom- Disse Angel baixinho, se levantando e indo até o delegado e Ed que estavam a sua espera .
- E então? - o delegado perguntou curioso
- Sim, é um dos meus casos. Mas pelo visto ninguém percebeu ainda além do senhor. Sugiro que troque sua equipe de perícia, aquela mocinha ali, sugeriu um ataque de animal, mas nem percebeu o batom no pescoço da vítima. Isso pode trazer problemas a delegacia por que qualquer profissional que se prese, veria aquilo.
- Farei o que eu achar necessário.- Respondeu ríspido por não gostar das críticas da menina.
- E então, o que fara a respeito desse caso?- o delegado perguntou- Farei o que eu achar necessário. - Angel respondeu friamente, no mesmo tom autoritário que ele.
- Eu tenho que saber. Eu sou o delegado!- Ele disse já alterando a voz, chamando atenção dos que estavam presentes
- Convenhamos, se o senhor soubesse o fazer, já teria feito. Me chamou por que está desesperado e não tem eficiência nenhuma para cuidar disso. Então não se meta, e deixa quem sabe, trabalhar em paz. - Ela se virou, puxando Ed que estava de boca aberta para irem embora.
- Não esqueça que está em meu território, garota. E eu posso muito bem a tirar dele.
- Pago pra ver, benzinho. Estou aguardando! Você sabe onde me encontrar. - Ela disse rindo sem parar de andar. Já estavam quase perto do carro, quando Ed resolve falar alguma coisa
- Você é doida? Como desafia um homem da lei assim?- Ele pergunta ainda atônito cm tudo que ouviu sair da boca de Angel agora a pouco
- Meu bem, a partir de agora, quem faz a lei sou eu!
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Angel, de caçadora à conselheira do inferno.
Mystère / ThrillerEla, uma caçadora. Ele, o rei do inferno. As coisas mudam, o destino nos surpreende... e de alguma forma,o destino unirá a vida deles,para sempre.