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Eu estava em uma guerra inacabável

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Eu estava em uma guerra inacabável.

Quanto mais eu lutava contra, mais parecia que ela ganhava força, resistência. Meus braços estavam cansados, eu já havia aplicado todos os meus golpes mais poderosos e nada havia funcionado.

Ela era forte. Insistente. Mas eu era mais.

Virei para o lado, procurando por minha última arma quando ouvi:

- Ariel! - Mamãe gritou, me fazendo dar um pulo com o susto. - Ainda aí? Faz quase uma hora que você está limpando esse chão, filha. Tenta ser mais rápida na próxima vez. Levanta, vai almoçar. Deixa que eu termino.

Eu estava com bastante fome, por isso não hesitei quando ela me empurrou pra cozinha - mesmo que estivesse gritando as mesmas reclamações de sempre no meu ouvido. Todos os dias de faxina terminavam iguais, eu nunca conseguia ser rápida porque era muito cansativo, ainda que a nossa casa não fosse imensa.

Na cozinha, Catarina e Amélia já estavam sentadas à mesa quando cheguei. Minhas irmãs mais novas me receberam com um sorriso enquanto eu lavava as mãos para me juntar à elas. Catarina era apenas três anos mais nova que eu, então ela sempre me pedia conselhos sobre seus dezessete anos conturbados. Por outro lado, Amélia ainda era quase um bebê com seus seis anos.

Ela era também a que mais sofria com a separação dos nossos pais. Há dois anos atrás, mamãe resolveu dar um basta no relacionamento regado de brigas, o qual estava longe de ser saudável. Eu e Catarina tivemos alívio quando papai saiu de casa, mas Amélia sofreu. Ela sofreu principalmente porque, apesar dele ter ido embora, ele poderia ser um pai presente. Mesmo de longe, ele ainda era nosso pai, mas é claro que isso não pesou na consciência dele.

Perfectly Wrong | sprmOnde histórias criam vida. Descubra agora