Capítulo 1

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– O que você tem na cabeça para trazer um ômega para nossa casa sem dizer nada para o Jensen e eu? – O irmão mais novo reclamava andando de um lado para o outro.

– Alan acalme-se. Ele estava sendo agredido pelo próprio pai, aquele homem disse coisas horríveis para ele. – Dean respondeu se sentando no sofá.

– E você resolve dar uma de Batman e salvar o dia! – Alan reclamou do ato do outro.

– Primeiro, eu não iria deixar um ômega ser agredido sem a menor chance de se defender. Segundo, ele aparentemente conhece o Jensen, então a hora que ele chegar nós iremos tirar essa dúvida e terceiro, eu sou o Batman. – Dean respondeu jogando a cabeça trás e fechando os olhos.

– Dean, você é um idiota. – O irmão resmungou lançando uma almofada contra o irmão que a pegou antes que fosse acertado.

       O trigêmeo mais novo (Alan) sentou por um tempo, mas não demorou para que recomeçasse a andar para lá e para cá na sala.

– Dá para parar por favor?! – Dean pediu sem sequer abrir os olhos.

– Se o Jensen ficar puto, a responsabilidade é toda sua! Sabe que combinámos que jamais iríamos trazer um ômega para casa se não estivermos os três de acordo! – Alan comentou cruzando os braços.

– Alan se essa for sua preocupação pode relaxar, eu assumo o que eu tiver que assumir. Além que seria romanticamente falando, eu apenas o trouxe para ter um cuidado temporário, assim que ele ficar bem e tudo resolvido ele vai embora. Agora sente-se e respire direito, sinta como o ar aqui ficou bom.

– Ótimo, se a casa cair que seja em cima de você. Lavo minhas mãos! – O mais novo disse se jogando no sofá.

– Ótimo. – O irmão do meio declarou sem nem mesmo abrir os olhos.

[...]

         Castiel acordou em um lugar diferente, sua cabeça e seu corpo pareciam que tinham sido pisoteados por uma manada de elefantes. Seu corpo parecia não querer seguir as ordens do seu cérebro, estava completamente mole e parecia que não conseguiria permanecer de pé caso se levantasse.

– Droga. – Disse assim que tentou se levantar e sentiu tudo rodar.

          Parou fechando os olhos e esperou aquela sensação passar, quando ela deu trégua ele olhou ao redor para analisar o lugar onde estava, a cama era de casal e estava coberta por lençóis e cobertores cinzas, acima de si haviam quadros cinzas sem nada fixado na tela, paredes cinza claro, ou seja, a pessoa dona do quarto gostava muito de cinza. Assim que se sentiu mais em si, lentamente levantou sentindo dores por todo seu abdômen e levantou a blusa que estava em si vendo seu corpo com hematomas vermelhos e alguns roxos, seus braços tinham alguns ferimentos e marcas pontilhadas.

         Abaixou a blusa e só então notou que não eram as suas roupas, alguém havia o trocado deixando-o apenas com uma camisa azul clara que era grande para seu corpo e sua boxer, e isso era o suficiente para deixar o ômega com as bochechas em escarlate. Andou até a janela do quarto e abriu a cortina mirando o exterior da casa, era possível ver algumas casas a certa distância, espere, corrige-se, algumas mansões a certa distância. Castiel fechou novamente as cortinas e andando de costas foi se afastando até apalpar a cama para ter certeza antes de se sentar.

– Onde eu estou? – Sussurrou para si.

– Na minha humilde casa. – Uma voz manifestou fazendo com que o moreno levantasse assustado e tropeçasse nos próprios pés caindo entre a parede e a mesinha de cabeceira.

       O homem que estava sentado na poltrona no canto oposto do quarto levantou-se e andou até o moreno estendendo a mão rapidamente. O ômega com receio se encolheu contra a parede como se pudesse fundir a ela, ergueu os braços sobre a cabeça protegendo-a.

– Desculpe pelo movimento brusco, pode relaxar não irei te fazer mal algum.

     O Novak tremia e assim que o homem abaixou sua mão para que servisse de apoio, aquele se encolheu o máximo possível. O alfa percebeu que o menor confundiu o seu gesto novamente a ponto de pensar que iria agredi-lo.

"Esse pobre ômega infelizmente veio de um lar abusivo, como pode uma criatura tão bela ter medo de um simples movimento?" Pensou o anfitrião antes de de se abaixar mantendo o apoio nana ponta dos pés e dobrar os joelhos.

– Não irei bater em você Castiel, sou apenas eu, o Jensen. – O alfa se apresentou como a pessoa que era conhecida pelo ômega.

    Castiel olhou para o homem e este sorriu transmitindo confiança.

– Castiel?

    O garoto de olhos azuis apenas fechou os olhos e respirou fundo, ele não poderia parecer tão fraco justo agora.

"Controle-se!"

    Abriu novamente os olhos e encarou o homem com temor de olhá-lo nos olhos, lentamente estendeu a mão que foi recebida. O alfa deu um impulso e trouxe o ômega para si o deixando em pé. Este apenas levou as mãos à blusa tentando abaixa-la o máximo possível.

– Não se preocupe, sua roupa estava manchada de sangue e foi trocada.

    O moreno abaixou a cabeça sem saber o que dizer ou fazer, ficou brincando com seus dedos.

"Eu estou sem calças na frente do meu chefe."

– Então, aqui tem um banheiro se quiser tomar um banho antes de descer fique à vontade. Irei providenciar algumas roupas para você. Tudo bem?

    Castiel apenas concordou levemente com a cabeça, mas não olhou para o alfa.

– Ótimo, irei sair e te dar privacidade. O banheiro é naquela porta ali. – Jensen avisou apontando para a porta citada. – Qualquer coisa é só me chamar.

      O trigêmeo mais velho (Jensen) saiu do quarto e andou até a sala encontrando seus dois irmãos o encarando.

– E aí? – Dean perguntou ansioso.

– É ele! – Jensen disse com toda certeza.

– Espera ele é o ômega que você sempre fala? – Alan tentou acreditar apontando para cima.

– Sim, ele é o ômega pelo qual eu estou apaixonado. – Jensen afirmou por fim suspirando. – Ele foi muito machucado e espero que vocês deem a chance dele nos conhecer e se conhecer.

          Prontamente Dean concordou, porém Alan ainda tinha um pé atrás e não parecia muito certo sobre aquilo. Talvez fosse um pouco de ciúmes de irmão mais novo.




OURS (triplets Winchesters) Destiel ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora