Segunda–Feira, 06:03 A.M.
Castiel acordou com um barulho no quarto ao lado e piscou os olhos adaptando a mudança de iluminação. Bocejou e espreguiçou-se na cama tal como um gato, todo aquele conjunto de cobertores e travesseiros quentes eram muito acolhedores, por isso virou para o outro lado fechando novamente os olhos, contudo ao se lembrar que era segunda praticamente pulou da cama e isso foi o suficiente para soltar um muxoxo de dor.
– Droga. – Resmungou tentando desembolar no meio de tanto lençol que veio consigo.
Lembrou-se que era proletário e precisava trabalhar, mas já estava com um pequeno problema, estava sem suas roupas e sem dinheiro, sem nada, absolutamente nada. Sabia que precisaria voltar a casa do pai para recuperar algumas das suas coisas e sabia também que nenhum dos alfas o deixaria voltar àquele lugar sozinho.
"Merda! Estou tão ferrado." Pensou imaginando mil e uma hipóteses de como avisaria aos trigêmeos sobre sua atual necessidade.
Andou de um lado para o outro no quarto e sem querer bateu o dedinho na cama, choramingou e se jogou na cama segurando o dedo praguejando até a última geração do fabricante.
– AI!
Logo batidas leves na porta foram ouvidas e ela foi aberta lentamente.
– Castiel? – Jensen chamou tomando cuidado para não ser invasivo demais, aguardando a resposta do menor para que pudesse de fato entrar.
– Oi! Dean? – Castiel respondeu sem saber quem de fato era. A dor no dedinho desviava até mesmo sua percepção olfativa e visual. (#N/A: Quem já tacou o dedinho em alguma coisa sabe a dor que é! Sua alma sai do seu corpo e volta).
– Irmão errado, sou eu o Jensen, está tudo bem? Ouvi um barulho. – O alfa disse entrando no quarto e vendo o garoto deitado rolando de um lado para o outro enquanto segurava o pé.
– Estou bem, só bati o dedinho na cama, mas está tudo sob controle. – O garoto respondeu se sentando na cama.
– Ok então. – O alfa concordou dando um breve sorriso e achando fofa a condição um tanto quanto bagunçada do moreno que tinha seus cabelos desarrumados e uma carinha de sono.
– Ok. – O ômega falou depois de um tempo ao ter o maior ainda o observando e automaticamente lembrou-se que precisaria voltar à casa de seu genitor.
– Algo te incomoda Cass? Seu cheiro indica preocupação. – Jensen se sentou ao lado do ômega que estava inquieto.
– Não, está tudo ótimo. – O moreno falou enquanto calculava a melhor estratégia e desviou o olhar do alfa.
O trigêmeo mais velho, contudo, segurou o queixo do ômega cuidadosamente e o trouxe para seu campo de visão.
– O que te incomoda pequeno? – Jensen perguntou virando-se e começando a arrumar cautelosamente os cabelos do moreno.
– Eu... eu preciso ir em casa. – Falou sentindo as mãos carinhosas afastarem de seus cabelos.
Automaticamente um pequeno biquinho se formou em seu rosto pela falta do contato e quando olhou para o Winchester esse parecia indignado.
– Não Cass, você não irá. Já conversamos sobre isso, só as deusas sabem o que aquele monstro pode fazer com você. – Falou preocupado só de pensar nessa possiblidade.
– Eu sei Jensen, mas minha vida está lá, preciso pegar minhas coisas, minhas roupas, meus documentos, o pouco de dinheiro que consegui guardar, eu preciso voltar lá. – Explicou o Novak tentando convencê-lo.
– Não ômega, você não deve se colocar em risco assim. – O alfa se levantou rapidamente tento o outro puxando sua mão para que não se afastasse e encerrasse aquela conversa ali.
– Por favor Jensen! Você sabe que eu estou apenas avisando, não é? – Castiel questionou em um momento de coragem.
– Eu sei disso, mas para que você precisa dessas coisas?
– Jensen eu não tenho roupas, não tenho documentos, não tenho grana, não tenho nada aqui. – O ômega reclamou batendo as mãos no colchão macio.
Era tão óbvio.
– Eu compro roupas novas para você, emitimos novos documentos, mas você não precisa voltar naquele lugar.
– Não se trata apenas disso.
– Eu vou lá e pego suas coisas. – O alfa falou lutando contra seu lado animal que queria simplesmente impedir o garoto de sair.
Só que ele ainda era um ser humano racional e não iria trancar o ômega em um quarto e o impedir de fazer suas vontades, por mais suicidas que elas fossem, apenas faria de tudo para impedi-las se fosse o caso.
– NÃO! Quer dizer, não. Jensen eu preciso ir, inclusive para achar um lugar para ficar.
– Você já tem aqui! Tem a mim e aos meus irmãos.
Castiel deu uma risada anasalada.
– Eu não posso ficar aqui, vocês têm a vida de vocês e eu a minha, não posso ficar aqui. Eu ainda sou um ômega, como acha que vou ficar durante 5 dias no cio em uma casa com três alfas?
– Nós nunca iríamos fazer algo que você não queira. – Jensen falou se colocando na defensiva se sentindo levemente ofendido.
– Ninguém controla instintos Jensen, não por muito tempo.
– Por que acha que temos um quarto do pânico? Você não precisa ir ômega. Por favor. – Pediu mais uma vez tentando convencê-lo.
– Vocês têm um quarto do pânico? Tanto faz, mas eu preciso, inclusive procurar um emprego porque o que eu tinha provavelmente já perdi.
– Eu não te demitiria por injusta causa. O seu emprego é todo seu, você lutou por ele.
– Não mude o rumo da conversa Sr. Jensen Winchester! Eu preciso ir com ou sem você!
Ok, o alfa talvez tenha perdido um pouco a noção ao ouvir o seu nome ser pronunciado pelo ômega daquela forma, esperto a forma como ele sabia atingir o maior com mínimos detalhes.
– Argh garoto! A teimosia é algo evidente em você hein! – Jensen disse frente a frente com o menor. – É mais fácil negociar com um bando de velhos de multinacionais.
– Você nem sabe quanto! – Castiel o encarou, mais precisamente a boca do alfa.
Talvez a exaltação de ambos tenha feito seus instintos começarem uma briga por dominância e seus feromônios tenham começado a se revelarem. Quando encurralado ou levemente ameaçado o envergonhado ômega poderia fazer como qualquer animal acuado, lutar mesmo que sem nenhuma chance de vencer a batalha, mas jamais desistiria.
– Aprendeu isso ou sempre foi assim? – O alfa perguntou se aproximando do menor, seus lábios vermelhinhos e mordiscados durante a conversa estavam se revelando uma tentação.
– Instintos, boa parte deles. – O Novak revelou umedecendo o lábio inferior inconscientemente.
Como um imã um era atraído para mais perto um do outro até cessar o espaço entre eles.
– E o que eles dizem agora Castiel? – Jensen questionou ao notar para onde estava direcionada a visão do outro.
– Eles não dizem, eles imploram.
Então o ômega acabou com qualquer evidência de distância e selou os lábios do alfa.
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OURS (triplets Winchesters) Destiel ABO
Fiksi PenggemarTrês irmãos gêmeos que procuram por seu ômega, não leram errado 1 para 3 e 3 para 1. Castiel é só um ômega abandonado a própria sorte que está prestes a ficar louco: o que ele está vendo é ilusão de ótica ou ele precisa imediatamente de um psiquiat...