Capítulo 8

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          O alfa de início se surpreendeu com a ação do menor, mas prosseguiu o beijo aprofundando-o, sentia o moreno um tanto quanto nervoso e inexperiente, mas era tudo questão de tempo. Aquele simples beijo fazia explosões no peito de ambos, o Winchester queria segurar o outro pelas coxas e o empurrar até uma parede, mas não poderia se precipitar. Contentou-se apenas em levar as mãos até a nuca do ômega o puxando mais para si, contudo em um piscar o garoto percebeu o que fez e se afastou levando as mãos aos lábios sensíveis.

– Droga! Desculpe. Eu... – Pediu tentando procurar alguma razão lúcida para seu ato.

           Novamente ele estava se esquivando e tentando manter suas vontades para si.

– Não precisa se desculpar por isso Cass. – O maior declarou tentando se aproximar, mas o menor desviou do seu toque.

– Isso não deveria ter acontecido Jensen, seus irmãos... eu... – Castiel tentava fazer o outro entender sua perspectiva. – Eu não sou esse tipo de pessoa!

             Os dois outros irmãos certamente não ficariam nada felizes se soubessem que Castiel beijou o mais velho deles, era no mínimo uma falta de respeito.

– Mas aconteceu e eu adorei. Nós sabemos que você não é esse tipo de pessoa Cass. – O alfa comentou e o outro corou levemente.

              O ômega levou os dedos à boca prestes a morder as unhas quando Jensen o impediu vendo que em algumas a cutícula estava prestes a sangrar.

– Não se machuque, desconte em mim, mas não faça isso com você. – Ele pediu fechando a mão do menor em punho e depositando sobre seu peito.

           Os cantinhos dos olhos do Novak estavam lutando para não deixar as cachoeiras derramarem, pelos deuses, ele passou a vida inteira sendo feito de saco de pancadas de um alfa grosseiro e estúpido. Em sua mente traumatizada era inconcebível uma criatura como ele tocar um alfa da forma que ele era tratado, o corpo dele não era dele, era apenas um objeto para ser despejada as insatisfações alheias. Como poderia um alfa daquele porte pedir para ser agredido por um ômega insignificante? Era sua culpa?

        "Ser insignificante, como ousa me tocar? Seu lugar é no chão sob os meus pés. Você deve se curvar diante de mim que sou alfa toda vez que eu passar por aquela porta e toda vez que você souber que está errado, o que não é difícil já que é tão incompetente!"

           As memórias o invadiam e seu comportamento talhado por anos o fez perceber que desde que entrara ali fez tudo que um ômega insignificante como ele jamais deveria fazer perante um alfa, parando para pensar, ele havia mesmo gritado com seu chefe? Ele havia tocado no Winchester sem o consentimento dele? Que tipo de ômega era ele?

         Com essa percepção distorcida em sua mente, de forma mais que rápida ele afastou suas mãos e se jogou no chão aos pés do alfa implorando pelo seu perdão.

– Me perdoe senhor Jensen, eu juro que nunca mais irei tocá-lo novamente, por favor perdoe a minha insensatez. Eu posso fazer o que você quiser.

           Um par de sapatos que até então não estava no quarto se aproximou e ajudou o irmão mais velho a levantar o ômega que tentava se manter curvado com a cabeça no chão pedindo pelo perdão do Winchester.

– Pelo amor das deusas, você está se ouvindo Cass? Meu anjo, você não tem que pedir perdão por nada, você não fez nada de errado e mesmo se fizesse jamais precisaria se curvar diante de mim ou de qualquer outra pessoa. Eu não sei que tipo de mente doentia aquele bosta tem e que tipo de ideias absurdas ele fez você acreditar, mas me escuta, você é livre e pode me tocar sempre que quiser. Nada que aquele monstro falou é verdade, tudo em você é único e você é perfeito. Eu sei que uma dúzia de palavras não irá corrigir o estrago que ele fez por anos, mas nos permita te ajudar, por favor nos permita e se permita recomeçar. – Jensen falou acariciando as bochechas vermelhas pelo choro desesperado.

OURS (triplets Winchesters) Destiel ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora