OURS (triplets Winchesters) Destiel ABO

Capítulo 38

          O noivo agora chorava desesperado, seu peito doía pelo medo de perder seu alfa e mal conseguia controlar seus soluços,

— Eu quero meu alfa. — Castiel dizia chorando no colo do seu pai ômega. — Esse era para ser o dia mais feliz da minha vida e aquele desgraçado apareceu.

— Vamos acha-lo bebê. Eu estou decepcionado com o Ash, ele sempre pareceu uma boa pessoa, sempre me defendeu do Dick, por que dessa vez está do lado dele? Não faz sentido. — Chuck falou entregando um copo de água com açúcar para o filho. — O Dick vai pagar por todo esse sofrimento, vai pagar com juros, eu te prometo.

— Eu só quero o Dean. — Castiel falou choroso tentando beber a água, mas tremia mais que bebia.

          Jensen e Alan estavam quase enlouquecendo naquela sala. Já haviam contatado a polícia e nada parecia ajudar. Estavam uma pilha de nervos, mas pararam assim que viram Castiel gritar e cair no chão levando uma mão à barriga e outra à marca do trigêmeo do meio, logo os outros dois alfas estavam indo até ele.

— Cass? — Jensen preocupou e logo tratou de ajudar o ômega a levantar e o abraçar.

— O Dean está sendo machucado, ele está com dor. — Castiel disse alisando sua marca que parecia querer sangrar pelas reações e sentimentos compartilhados que a ligação trazia.

— Temos que achar o Dean, se não o acharmos perdemos nosso irmão, nosso ômega e nossos filhotes. Temos que encontrá-lo rápido. — Alan disse ao ouvido do irmão.

— O que vamos fazer? O desgraçado não deixou pistas ou marcas. Achar o Dean é como procurar uma agulha em um palheiro. Por onde vamos começar? — Jensen perguntou pensativo.

              Ele parecia estar intacto, mas a verdade é que estava tão desesperado quanto os demais, apenas disfarçava melhor já que alguém tinha que estar inteiro por seus companheiros.

             Castiel ouviu essa parte e foi como se uma lâmpada acendesse acima de sua cabeça como em um cartum.

— Pai, vem comigo. — Castiel limpou as lágrimas e praticamente arrastou o pai para a cozinha.

          Na realidade foi Chuck que o levou já que o filho parecia que estava levando agulhadas na sua marca.

— O que foi filho? — Perguntou assim que o outro se sentou na cadeira próximo à bancada.

— A Charlie, você tem o número dela?

— Tenho sim, Castiel o que você vai fazer? — O pai questionou para o mais novo.

— Só confie em mim.

— Eu confio.

            O ômega mais velho deu o número para o filho que tentou ligar para a Charlie várias vezes finalmente foi atendido.

— Charlie? Por que está chorando? — Falou assim que foi atendido.

— Não é a Charlie, é a Dorothy. Levaram a Charlie. — A mulher chorava do outro lado. — Levaram minha esposa.

— Espera quem levou a Charlie? — Castiel ficou duplamente preocupado.

— Dick Roman. — Foi respondido.

            Esse simples nome fez Castiel erguer os olhos para seu pai ômega e engolir seco antes de continuar a falar com a mulher do outro lado da ligação.

— Ele também levou meu alfa. Sabe se tem algo que a Charlie tinha com si? Algo eletrônico?

— Não, ela não tinha, estava de pijamas, só tinha ido atender a campainha, mas não voltou, olhei pela fresta da cortina da janela e pude ver o tal do Roman. Charlie já tinha me falado que esse homem era perigoso e eu estava com medo e travei, eu me sinto tão culpada. No que eu puder ajudar contem comigo, a polícia já está procurando por ela, mas até agora não há nem sinal.

— Qualquer notícia eu te ligo, ok. Vamos encontrá-los. — O recém-casado afirmou desejando do fundo do coração que os dois estivessem bem onde quer que for.

— Ok.

               Castiel desligou a chamada e olhou para seu pai, andou até a sala onde os outros estavam.

— O que foi? — Alan perguntou quando o marido retornou com o olhar ainda mais preocupado.

— Acho que o Ash não nos traiu, ele foi forçado. O Dean não foi o único, o Dick levou a Charlie. — Castiel contou. — Lá se foi meu plano.

— Qual plano? — Jensen perguntou querendo saber o que maquinava na cabeça do parceiro.

— Eu queria que a Charlie tentasse rastrear o celular do Dick ou do Ash. Ele é um gênio da informática, mas abobalhado e ela é capaz de quebrar qualquer bloqueio. — Castiel disse deprimido.

— Bem, eu não sou o melhor, mas posso dar uma sugestão. — Sam disse brotando ao lado deles.

                É, Sam tinha vindo da Coréia com seus ômegas para assistir ao casamento dos irmãos.

— Sam? Desculpa irmão quase não reparei em você aí. Qual sua ideia? — Jensen indagou abraçando o irmão.

— O Frank. — Sam disse sem saída.

— Isso. Se ele não estiver fugindo de novo. — Alan comentou com um fio de esperança.

— Vem com a gente? — Jensen chamou Sam que logo aceitou.

— Ômegas, fiquem aqui com o Castiel por favor. — Samuel disse para Lucifer e Gabriel que assentiram.

           Os três alfas foram para o carro e partiram para a casa de Frank. Chegaram praticamente derrubando a porta, afinal sabiam que o cara apesar de gênio era também maluco e do tipo que se fazia de morto para não receber visitas.

— O que vocês querem? — O homem perguntou emburrado por ser incomodado.

— Precisamos da sua ajuda. — Sam falou enquanto mantinha o tom mais calmo.

— Por que eu ajudaria vocês? — Frank perguntou cruzando os braços.

— A vida do Dean, do meu ômega e dos meus filhos dependem de você, Frank você é o único que pode nos ajudar. — Jensen praticamente implorou ao beta que logo os colocou para dentro da casa.

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Enquanto isso em um algum lugar ...

— Solta ela agora. Eu já fiz minha parte no trato. Você jurou não machucá-la e nem ao Castiel! — O jovem exclamou olhando para o homem que estava de costas.

            Este último deu uma risada amarga.

— Sério Ash? Acha mesmo que vou liberar a pequena Charlie? Deixe-a, preciso que ela consiga me tirar desse país sã e salvo. A vida dela depende disso. — Roman comentou enquanto tirava algo de dentro do bolso interno do seu sobretudo.

— Esse não foi o trato. Você não... — Ash foi interrompido por uma bala perfurando sua testa e sujando a parede com seus miolos.

— Não preciso mais de você.

              Dick deu uma meia volta e andou até o homem gravemente machucado.

— Então, onde foi que paramos mesmo Dean?