[...] Epílogo

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Aquela árvore era especial.

Ficava de frente a um lago, de águas cristalinas, ainda na propriedade do castelo, depois dos jardins e áreas de cavalgagem, distante o suficiente da maioria das pessoas, já que passar alguém ali era raro, proporcionando privacidade.

E talvez fosse por isso que Hyungwon escolhera aquele lugar para ficar com Hoseok todos os dias no meio tempo que tinham na parte da manhã, quando desciam de seus cavalos e os amarravam ao tronco da árvore.

Então se sentavam no chão e observavam a água cristalina, jogando algumas pedrinhas e as vendo quicar até se afundarem.

Sentavam-se, primeiro, lado a lado -- até que Hyungwon tivera a coragem de colar seus lábios, e tal contato se transformasse frequente.

Então Hoseok passara a se encaixar entre as pernas do maior, e ser abraçado por ele, como acontecia na maioria das noites no aposento do príncipe.

E era deslizando as mãos delicadamente pelos braços malhados de Hoseok que Hyungwon percebera conseguir controlar totalmente sua força com ele, sem nunca machucá-lo.

Hoseok era tão frágil; pelo menos era em seus braços. Hyungwon tocava-o como se o amado fosse uma peça de porcelana facilmente quebrável. Seu corpo era como o espinho de uma flor, protegendo seu coração ainda mais frágil que toda aquela musculatura entre os dígitos de Hyungwon.

Espinhos que oferecem proteção, mas ainda tão facilmente arrancados, como uma pétala pelo vento.

Hyungwon o observava sorrir, com os olhos formando dois risquinhos, ao que sentia as cócegas de Hyungwon em sua cintura. A cabeça deitada sobre o ombro de Hyungwon e os lábios, que pediam para serem beijados, soltando gargalhadas.

Hyungwon sabia que mesmo com toda aquela força, ele era fraco quando se tratava de Hoseok.

• strong - 2won •°Onde histórias criam vida. Descubra agora