Capítulo 3

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(Klaus Hendeston na mídia)  

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A viagem foi tranquila, dormi o voo inteiro. No desembarque um homem me esperava com um plaquinha em mãos, supus não ser meu pai. Trajava um terno, óculos escuro e  um fone - comunicador?- expressão séria também. Ele tinha um jeito de segurança.

Porque meu pai precisaria de um?

Caminhei até o mesmo. 

- Senhora Patterson, seu pai a aguarda em sua residência - disse todo formal.

- Tudo bem, você irá me levar até lá? 

- Sim senhora. 

- Qual seu nome? 

- Hendeston. Klaus Hendeston, senhora - hurr que sério, chega a ser estranho.

- Posso te chamar só de Klaus? 

- Como preferir senhora.

- Amanda, por favor.

Ele acenou com a cabeça e pegou minha mala. 

Estranho. Há mesmo necessidade?

Klaus nos guiou de carro até a casa do meu pai. O caminho durou cerca de meia hora. Passamos por uma avenida e ao lado tinha uma praia. Era tudo muito lindo por aqui. Prédios, cafeterias, boates, padarias, shoppings. Mal podia esperar para conhecer cada pedacinho desse lugar. 

Chegamos e ele estacionou em frente ao portão de entrada. Tinha um "muro" de grades relativamente alto e um jardim bem extenso. A casa tinha, por fora, um tom diferente de branco. Algo entre branco e bege. Não conseguia distinguir. Klaus abriu a porta para mim e disse que um outro empregado levaria minha mala até meu quarto. Assenti em silêncio e caminhei até a porta.

Porque meu pai morava num lugar assim? Num lugar tão... Luxuoso?

Adentrei na casa e toda riqueza que vi por fora tinha em dobro por dentro. Estava começando a pensar no motivo de minha mãe me dizer para não me envolver nos negócios do meu pai. O quê de tão ruim ele poderia fazer? Deveria ser  algum dono de empresas ou ter um alto cargo numa grande empresa. Certo?

Observei a sala toda. Móveis escuros, paredes claras. Um quadro grande na parede que acolhia o sofá. Um tapete cobrindo a maior parte do chão. Notei mais adiante uma sala de jantar. Uma mesa, 10 assentos. Vinha muita gente aqui? Vi uma porta fechada e um aparelho de senha digital ao lado da fechadura. O que tinha ali? 

Curiosa andei em direção a mesma porta e examinei atentamente a medida de segurança tomada para esse cômodo. Em meio aos meus devaneios fui interrompida por um pigarreio masculino. Me virei para o lugar de onde vinha e admirei o homem a minha frente.  

Era diferente de Klaus. Trajava um terno que não sobrava um centímetro sequer nos pulsos ou na barra dos pés. Era careca sem um fiozinho se quer sobrando. Barba feita e olhar examinador. Me olhou curioso e eu apertei os olhos em sua direção. 

- Olá, qual seu nome? - perguntei curiosíssima. 

Curiosa demais - meu subconsciente apontou.

- Não sabe quem sou eu? - perguntou chocado.

- Me desculpe, eu deveria? - Não estava entendendo.

- Amanda... - foi o bastante.

- Pai? - perguntei e abri um leve sorriso.

- Sim filha - abriu os braços em um sinal claro de afeto. 

Uma Dose de Desejo [PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora