Levo Lee para um passeio pela grande cidade. Passamos pela Times Square, na frente do Central Park e damos uma parada em uma doca, com vista para a Estátua da Liberdade.
- É incrível aqui - fala Lee.
- Você não vem muito aqui não é Lee?
- Não. O Queens é um lugar comum e não tenho tempo pra tá saindo muito não. Você já tinha vindo a Nova York?
- Não. Nunca...nasci e cresci sem nunca sair de Los Angeles - não falo da viagem há alguns anos para a Carolina do Norte - Lee...você estuda? Trabalha?
- Sim. Trabalho em uma oficina de mecânica, consegui um emprego em um bar, mas desisti...larguei os estudos a um tempo - ele parece envergonhado - nem sei por quê você tá falando comigo...não somos do mesmo nível.
Me aproximo e o calo com um beijo.
- Eu não me importo nem um pouco com isso. O que importa é isso aqui - coloco a mão em seu coração.
Ele sorri.
- Sabe - ele se encosta no parapeito. A brisa fria do rio nos esfria - desde a primeira vez que te vi, no trem...senti algo.
- É...eu também.
Como a muito tempo não sentia. Claro, beijei outros garotos (3 pra pra ser mais exato) mas o Lucas foi o único potr quem meu coração bateu mais forte...foi o meu primeiro e único homem...
Lee me encara.
- Meu amigo vai gostar de você.
- Se ele não tiver muito ocupado com o Cameron.
Nós dois rimos.
- Vamos? - falo - amanhã temos que acordar cedo...
- Claro, aqui passa metrô?
- Acha mesmo que vou te deixar ir de metrô ? Vou te levar pra casa.
- Tá tarde...lá é perigoso.
- Não ligo.
*
Paro o carro na frente do prédio de tijolos.
- Até a vista - fala ele.
- Até a vista - respondo e nós dois rimos.
Quando chego no hotel ligo para minha mãe. Pelo fuso horário lá é cedo ainda.
- Mãe?
- Oi bebê? Como estão as coisas aí?
- Bem mãe, a Universidade é boa, o clima também...tô me acostumando com os horários.
- Humm.
- E aí? Tá tudo bem? E ele? Alguma notícia...mãe você sabe que me preocupo muito né?
- Não tive mais notícias daquele crápula. Eu estou bem. O Dino tá solto, mas não nos fará mal...me fará mal.
Continuo conversando coisas bobas com minha mãe. Só para matar a saudade. Depois que nos despedimos deito na cama.
Penso no dia de hoje. Em tudo que aconteceu. No beijo com o desconhecido que incrivelmente foi bem conhecido. No beijo com o Lee. Nos meus sentimentos.
Lágrimas brotam dos meus olhos ao lembrar dele. Quando isso vai passar? Quando vou superar? Vou encontrar ele? Com esses pensamentos eu durmo.
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O Destino do Amor - LIVRO 3 (Romance Gay)- CONCLUÍDO
RomanceDepois de descobrir que Lucas não é seu irmão, Judy tenta contata-lo de várias formas, mas é tudo em vão. Lucas simplesmente sumiu. O tempo passa e Judy resolve ingressar em um Universidade em Nova York, um dos principais motivos é descobrir o parad...