Capítulo 17 - Judy

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Descemos lentamente a escada. Lá embaixo pulsa energia. Um Dj em um palco com grandes fones de ouvido, toca um remix de love me like you do.

Tento me acostumar as luzes que piscam. O professor Cameron está abraçado com o garoto com quem dançava. Deve ser o namorado. Lee vai na frente e grita algo que não ouço bem. Lucio, Lupi, Luck, não entendo bem.

- Agora vai começar o momento Escurinho do Cinema - grita o Dj.

As luzes se apagam e sou empurrado e jogado nos braços de alguém na escuridão total.

- Oi - ele fala.

- Oi...

Ele me abraça pela cintura. E eu sinto. Sinto algo que a muito tempo não sentia. Meu coração pulsa rápido. O cheiro, esses braços, esse toque. Esse garoto faz eu me lembrar dele. Do Lucas.

- Qual seu n...- começo a falar mas ele me cala com um beijo.

Tudo volta de novo. Todas as lembranças. Me agarro a esse beijo como a Rose se agarrou a porta em Titanic. Eu não ligo que seja um completo desconhecido. Eu o beijo com toda força e é como se eu beijasse o Lucas. Ele me aperta mais, nossas línguas dançam uma dança bem conhecida. O beijo é familiar e novo ao mesmo tempo.

- Judy - Lee grita.

As luzes se acendem, me desvencilho do garoto, pego a mão de Lee e saio correndo escada acima. Meu peito sobe e desce, me falta ar.

Quando chego na noite fria de NY, Lee está preocupado.

- O que houve?

- Nada...eu não sei...alguém me agarrou.

- Ah sim - ele soa decepcionado.

- Me trouxe lembranças.

Me encosto na parede.

- Vem cá - Lee me puxa até um beco do lado da boate - senta ai - fala ele me sentando na calçada - quer ir embora?

Ele se ajoelha na minha frente. Os olhos brilham com tristeza. Ele morde o lábio e sei o que fazer.

- Não gosto de beijar em primeiro encontros...mas você está pedindo.

Me levanto rápido e prendo Lee contra a parede. Sua respiração está entrecortada. Roço os lábios nos dele. Agarro seu rosto e o beijo.
Uma explosão acontece dentro de mim. Algo novo e bom. Ele coloca os braços em meus obros e me trás mais para perto. O beijo é doce e calmo, como nunca pensei que seria com alguém como ele. Termino o beijo dando 3 selinhos nele.

- Desculpa - falo arfando.

- Não precisa - ele toca meu lábios - eu gostei...e queria muito isso. Se você não fizesse eu faria - nós rimos.

- Vem - falo segurando sua mão.

- Vamos entrar de novo?

- Não...vamos a um lugar melhor.

Ele sorri e corremos em direção ao carro.

O Destino do Amor - LIVRO 3 (Romance Gay)- CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora