11- O Amor por Trás da Obsessão

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Ficar olhando o Loki estava me matando. Eu não precisava ficar ali me martirizando, Frigga teve o que mereceu. Retornei para o meu corpo na nave do Malekith. Meus demônios já estavam me esperando, pareciam querer aconselhar.

—Minha rainha, devemos ir.

—Por quê? Malekith ainda não tem o Éter...

—Essa parte do seu plano já está terminada, minha criança.

—Sim minha rainha, Frigga já está morta e você não deve nada ao Malekith. Não precisa continuar aqui.

—Vocês tem razão. Cumpri minha parte, agora vamos nos divertir um pouco. Antes de continuarmos.

Eu sorri e eles se entre olharam. Fomos até o local que guardavam as naves menores.

—Fiquem aqui fora.

—Por quê?

—Vão querer me impedir, não deixem. Depois me encontrem em Asgard.

Entrei na nave, consegui sair sem problemas. Meus sete sempre cumprem minhas ordens com perfeição. Decidi ir a Asgard pelo simples motivo de que esse foi apenas o começo, coisas muito piores irão acontecer. Ainda tenho uma amiga ali e não quero vê-la machucada. Sabrina teria de me ouvir dessa vez e sumir desse reino maldito.

Fui direto para sua casa, bati na porta e D. Bedar atendeu; conversamos por algum tempo, ela estava bem receptiva pela ajuda que lhe concedi, até Sabrina chegar.

—Cristie?! O que faz aqui?

Levantei e ela me abraçou.

—Precisamos conversar.

Fomos até o jardim de sua casa, havia uma mesa ali. Sentamos e D. Bedar trouxe algo para bebermos e beliscarmos. Era um belo lugar, bem verde, cheio de flores e frutos. Sabrina sempre adorou cuidar de jardins.

—Pensei que nunca mais fosse ver você. – Disse Sabrina.

—Essa era a ideia, mas você decidiu ficar.

—Eu não poderia ir naquelas circunstâncias.

—Agora pode?

—Não acho que seja necessário. O perigo que falou já aconteceu e estamos bem.

—Isso foi só o começo, Sabrina. Virá mais... Muito mais.

Ela ficou séria.

—Você tem algo a ver com isso?

—Sim.

—Como pôde fazer algo assim com o lugar que você cresceu?

—O lugar que sofri por toda uma vida. Entenda que para Odin ter o mínimo de tormento devo destruir tudo que ele ama. O reino é uma delas.

Ela fez uma cara de horror, confesso que isso me deixou um tanto desconfortável.

—Você matou a rainha?!

—Eu não empunhei a arma, mas tive algum envolvimento.

—Isso é culpa desses demônios?

—Não, fiz por vingança e não me arrependo nem por um segundo.

—Você não era assim, Cristie!

—Eu sempre fui assim, Sabrina. Apenas não mostrava, pois queria ser uma boa pessoa. Queria deixar Freya com orgulho de mim; queria que o príncipe olhasse pra mim. Depois dos meus demônios; depois da verdade sobre mim... Foi uma alívio parar de tentar ser quem eu não sou. Os meus demônios, a manipulação, o caos... É o que me faz feliz e, agora, até o príncipe eu tenho.

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