9- MIDGARD

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Quando saí da casa da Sabrina não estava me importando com muita coisa, apenas tinha aquele estranho sonho na mente. Não conseguia tirar da cabeça a imagem do Loki ferido diante de mim. A dor que senti ao vê-lo machucado... Faria qualquer coisa para impedir isso. Então, creio que no fim das contas o meu pai e meus demônios tem razão: esse amor vai acabar me matando.

Enfim, peguei aquele velho caminho, o mesmo de Freya; o mesmo do primeiro beijo e, dessa vez, o completei. Cheguei a Midgard. Um lugar verde e cheio de pessoas com roupas esquisitas.

Precisava encontrar o Loki, fui até uma árvore e sentei. Concentrei-me nele e acabei aparecendo em uma cela de vidro, o vi ali falando com uma mulher de cabelos vermelhos; muito bonita. Sentei ouvindo a conversa, nenhum deles poderia me ver ou ouvir a menos que eu quisesse. Ela conseguiu enrolar o Loki perfeitamente, gargalhei disso.

-Bonitinha essa daí!

-Cristie?!- Ele se vira rapidamente.

-Ela te enganou direitinho. Bem, você nunca resistiu a uma mulher aparentemente frágil, não é mesmo? – Eu sorri.

-Onde você está?

-Em um lugar chamado: central park. Pelo menos foi assim que ouvi um casal falando.

-Não sabia que podia fazer isso.

-Tem muitas coisas que consigo fazer e você não sabe.

-Já ajudou a Sabrina?

-Sim, D. Bedar está nova em folha.

-Que desperdício de tempo. Poderia estar aqui me ajudando desde o começo.

-Ajudar um amigo nunca é desperdício de tempo e não estou aqui para auxiliá-lo, Loki. Já consegui o cetro e o exército que tanto queria. Agora é com você.

-Então...

-Loki! – Surgiu uma voz conhecida logo a trás dele.

-Freya, o que faz aqui? – Perguntou Loki.

-É uma longa história... Por que está fazendo isso?

-Irei reinar em Midgar.

-Matando pessoas?

-Algumas mortes são inevitáveis.

-São vidas, Loki. Você não é assim!

-Oh! Que conversa chata. – Acabei falando. – Me diga logo onde devo esperar você.

-Falarei quando estivermos a sós.

-Expulse-a de uma vez.

-Com quem está falando? – Perguntou Freya.

-Com a Cristie. Não consegue vê-la?

-Não.

-Apenas você me vê e ouve, Loki.

-Ela tem esse poder de aparecer em outro lugar, mas só deixar que a vejam quem ela escolher. – Explicou para a Freya.

-Ah! Por que ela não quer que eu a veja?

-Ela me contou sobre tê-la traído.

-O que?! Jamais faria isso!

-Odin e Frigga lhe contaram sobre o passado da família dela, não é verdade?

Observava essa conversa deitada no banco da cela de vidro, imaginando qual seria o propósito do Loki.

-Sim, eles me contaram. – Ela pareceu triste, mas sua tristeza nesse ponto da história já não me importava. – Nunca me senti tão envergonhada. Nossos pais...

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