DeVil (Parte Um)

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A noite, escura e fria, caía novamente sobre Vila Legal. Cidadãos voltavam para suas casas com medo da ameaça que assombrava a cidade.

—Não vovô, não vou me atrasar para a festa desse pirralho. Mas um dia de viagem e já estou aí—a garota sorri, olhando para o retrovisor, esperando que o semáforo indicasse que podia prosseguir com seu veículo.

—Kevin já está aqui. Está me ajudando com algumas coisas—ela revira os olhos.

—Com o que raios esse bruto pode te ajudar?—ela deixa o celular no viva voz e joga por cima do banco do passageiro, já que o sinal abrira.

—Nesse exato momento ele está tentando encaixar o barbante da faixa de aniversário do teto e—um estrondo pôde ser ouvido do outro lado da linha—KEVIN, ESSE ERA UM MÓVEL BEM CARO.

—Eu tentei avisar—a garota estava distraída quando um homem passa correndo por seu carro, fazendo-a frear o veículo e o ser pôr as mãos no capô do automóvel. A máscara surrada a observava, com sua cabeça um pouco inclinada.

—O que houve? Ouvi o barulho dos freios—seu avô pergunta na linha.

A pessoa ainda permanecia com as mãos no capô do carro. Ele se ajeita, esticando-se, retirando uma pequena faca de um dos bolsos e começa a brincar com a arma em sua mão.

Ele pula no capô do carro, deixando a marca de suas botas lamacentas no automóvel. Ele faz menção de ir para cima da garota quando ela reage, saindo do veículo.

A figura observa quando as mãos da garota tomam uma tonalidade rosada e uma esfera luminescente ser lançada em sua direção, jogando-o para fora do capô. As mãos da garota voltam a acender quando outra figura aparece, dessa vez uma garota de cabelos negros com algumas mechas vermelhas.

—Não vou te machucar—ela levanta as mãos em rendimento, enquanto a outra ainda erguia a mão em sua direção.

O encapuzado levanta e sai correndo na direção contrária, deixando as duas garotas para trás.

—Sou Thorn—ela diz ainda com as mãos para cima.

A garota corre para o carro e pega o celular no banco do motorista.

—O que está acontecendo?—seu vô lhe pergunta, preocupado.

—Eu estou bem, foi só um maluco—ela põe a mão na testa—Não precisa se preocupar, vovô Max.

—Se cuida, Gwen—ele finaliza a chamada, ainda preocupado com a neta.

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—Como pôde ter medo daquele filme?—Fred pergunta para Salsicha, pressionando as mãos no volante.

—Era literalmente um palhaço assassino, Fred. Um PALHAÇO ASSASSINO—o maior grita dentro da van, fazendo os outros rirem.

—Já enfrentamos coisas piores—Daphne argumenta, retocando seu rímel no retrovisor da Máquina de Mistério.

—Ela tem razão—Scooby retruca. O cão havia ficado do lado de fora do cinema, dormindo na van. A turma sugeriu de pôr o cachorro para dentro escondido ou fantasiado, já que Salsicha já havia conseguido fazer Scooby entrar fantasiado num avião uma vez.

—Parece que vocês não conhecem o amigo de vocês—Pedro comenta. Ele havia pego uma carona com a turma, já que não rolava ficar de vela acompanhando Luke e Alice na volta do cinema.

—Claro que conhecemos—Velma revida, rindo—ele se assusta com a própria sombra. E isso é comprovado.

A turma ouve um estrondo e a van começa a parar lentamente, até "estacionar" ao lado de uma loja de conveniência, abandonada.

Scooby Doo e as Histórias Desencantadas (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora