À Vontade

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Penúltimo Capítulo

—Ele está nesse hospital—Salsicha anuncia, ao lado de Daphne. Os dois estavam em frente a um dos hospitais de Vila Legal—Eu procurei por todos os centros médicos da cidade—ele faz uma pausa—esse é o único hospital que recebeu a entrada de alguém com uma facada.

—Pelo menos o encontraram, Salsicha—Daphne sorri, consolando o amigo—ele está vivo.

—Mas deve estar péssimo—Norville caminha para dentro ao lado da ruiva—Se não o encontrassem logo...

—Mas encontraram—eles chegam até a recepção—Oi, com licença—a recepcionista olha para os dois. Parecia cansada e na tela em seu computador exibia um jogo de cartas qualquer.

—O que desejam?—a recepcionista questiona.

—Viemos visitar um paciente—a ruiva prossegue—ele deu entrada ontem a noite com um ferimento a faca nas costas.

—São amigos dele?—Ela pergunta, digitando, rapidamente, algo em seu computador, constatando se havia um paciente nas condições citadas.

—Amiga e namorado—Daphne aponta para si mesma e para Salsicha.

—Quarto 201—ela aponta o corredor—o paciente está em coma. Ele perdeu muito sangue—ela respira pesadamente—Sinto muito.

Salsicha sente a própria respiração falhar quando ele e Daphne seguem de encontro ao quarto 201.

—Vou esperar aqui fora—Daphne senta em um banco no corredor e começa a digitar em seu celular. Salsicha entra no quarto.

Pedro estava esticado em sua cama de hospital, com os braços ao lado de seu corpo. Uma gaze estava enrolada em seu tronco, provavelmente para estancar o sangue.

Norville se aproxima da cama e senta na ponta, observando Pedro "dormindo" serenamente. O bip do cardiograma ao lado da cama era a última coisa que Salsicha queria ouvir naquele momento.

—Eu disse que ia te proteger—Salsicha segura uma das mãos de Pedro—Está mais que na cara que não consegui, de novo.

O tempo parecia ter parado naquele quarto e o ar era pesado e desagradável.

—Eu prometo que você vai sair dessa—ele sorri—Aquele autor vai pagar pelo que ele fez—ele se ergue e deposita um beijo na testa do namorado. Salsicha se levanta e sai do quarto.

—Como ele está?—Daphne se levanta e acompanha o amigo pelo corredor.

—Péssimo—Salsicha parecia bravo, enquanto dava passos pesados—Escreve o que eu digo, Daphne—ele para e olha a amiga—Se o Pedro morrer nessa cama de hospital, quem quer que esteja por trás desse Autor vai junto—Norville sai do hospital, seguido de Daphne.

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—Pai—Henry entra na cozinha da lanchonete de seu pai, Marco Keheller.

—Diga, meu filho—o senhor Marco estava sentando em uma cadeira, apoiando um de seus braços na bancada, enquanto, com o outro, segurava um papel.

—O que está segurando?—Henry arranca o papel da mão de Marco e seu sorriso desaparece—Carlos Rutherford ainda está te chantageando? Como pode aceitar chantagem daquele oportunista?—Henry se altera.

—Se não o pagarmos, ele revela nossa segredo e teremos de sair do país—Marco se levanta e pega o papel de volta da mão do filho.

—Pai, não podemos viver dessa maneira—Henry segue seu pai até o escritório—E não vamos. Ligue para o Carlos e fale que não o pagaremos mais.

Scooby Doo e as Histórias Desencantadas (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora