Scooby Doo e as Histórias Desencantadas (Livro 2)

DeVil (Parte Dois)

A turma ainda estava paralisada no mesmo local, tentando processar tudo que estava lhe acontecendo.

-Temos que encontrar uma saída daqui-Fred olhava em volta, observando o parque sombrio ao seu redor. Os brinquedos permaneciam desligados, o que apavorava ainda mais a Mistério S.A.

-Não vamos sair daqui sem o Scooby Doo-Salsicha protesta e os outros assentem-Esse monstro não vai tirar tudo que a gente tem.

-Ele está bem Salsicha-Daphne põe a mão direita em um dos ombros do amigo.

-Não, não está-ele responde-Estamos em um filme de terror... E o papel dele já foi cortado-O carrossel começa a se mover lentamente. As luzes do brinquedo ligam, iluminando os pequenos cavalinhos que rodavam e sorriam, esperando que alguém os montasse.

Os auto falantes do parque começam a tocar Total Eclipse of the Heart (Bonnie Tyler). Era como se a música tornasse tudo mais sombrio ainda.

-Essa música não é apaixonante?-a voz começa a cantar um pequeno trecho da canção e sua voz rouca e disfarçada parecia ter transformado a música em algum tipo de versão heavy metal-Os quatro, se dirijam para o carrossel.

-O que faremos?-Fred ajeita o lenço em seu pescoço, afrouxando o mesmo.

-Obedecemos-Velma responde, enquanto os quatro começam a ir em direção aos cavalinhos, agora assustadores, e montando nos brinquedos.

-A regra é simples-O Autor começa-Sobrevive aquele que não escolheu o cavalo com a bomba-A turma arregala os olhos com a gargalhada de seu algoz.

-Como assim bomba?-Daphne questiona e a música é reiniciada pelo Fantasma.

-Ele deve ter colocado bombas em alguns dos cavalos-Velma olha para todos os cavalos do carrossel.

No primeiro refrão da música, o cavalo atrás de Daphne explode, fazendo a ruiva dar um grito e os outros se assustarem. Os pedaços de porcelana se espalham pelo carrossel e Daphne ajeita seu cabelo, se recompondo.

-Estou bem-ela avisa os amigos, que ainda a olhavam assustados.

Outro cavalo vai pelos ares em outro refrão da canção, dessa vez o animal de porcelana entre Salsicha e Velma.

-Ele vai nos matar-Salsicha exclama e os outros o olhavam assustados.

A música chega a sua última nota e o carrossel para. A turma sai correndo do brinquedo e respiram fundo, quando os cavalos do carrossel começam a explodir um a um, fazendo a turma olhar para o brinquedo assustados.

-Muito bem meus brinquedos adoráveis, passaram no primeiro teste-A voz parecia orgulhosa da turma-Vamos à segunda rodada. Trabalho em equipe.

As luzes de um galpão nos fundos do parque acendem e Salsicha fica pálido.

-Não pode ser aquilo de novo-eles andam lentamente​ até os fundos e o tanque na qual Salsicha e Pedro quase se afogaram estava iluminado com luzes azuis-Não posso fazer isso...

-Entrem-O Autor ordena e Salsicha recua um pouco, mas Fred segura seu ombro.

-Pelo Scooby, cara-o loiro põe a mão no centro da roda e os outros por cima da dele. Norville foi por último.

-Pelo Scooby-eles gritam sorrindo e adentram o tanque, sentindo a pressão do mesmo ao ser trancado.

-É melhor conseguirem sair dessa. Juntem suas qualidades, ou vão entrar em Vinte Mil Léguas Submarinas-os auto falantes são desligados e o cano no tanque começa a jorrar água.