O Filho do Rei - 01.

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Só posso estar condenada para o resto de toda a minha vida, porque cometi um grande e estúpido erro,  agora sinto todas as maçãs do meu rosto ruborizarem diante do perverso pensamento de ser descoberta

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Só posso estar condenada para o resto de toda a minha vida, porque cometi um grande e estúpido erro, agora sinto todas as maçãs do meu rosto ruborizarem diante do perverso pensamento de ser descoberta.

— Vai derramar toda a bebida no chão se não parar de chacoalhar a sua taça. —meus olhos voltam-se para de Mia. — Quero te contar algo.

— Pode contar. — ajeitei meu vestido, respirando fundo.

— O príncipe foi visto pelos corredores do castelo ontem, estavam dizendo que ele bebeu demais e foi atrás de umas das damas que rodeavam todo o castelo.

Meu coração se desespera tão rápido que não percebo que estou rindo como uma louca para disfarçar toda a minha preocupação.

— Você está bem? Isso não é engraçado.

— Se o rei souber disso poderá fazer algo? — eu engulo em seco, a questionando.

— Não tenho certeza se é um crime, ele tem vinte e quatro anos pelo o que sei e não está procurando uma esposa, sortuda a garota que ele deixou se seduzir.

— Pode não ter acontecido nada. — meu sotaque deixa a frase forçada, fazendo ela prestar mais atenção em mim.

— Kinnie, o que você sabe sobre isso?

— Ontem, eu estava andando pelos corredores do castelo, tentando achar o atelier, sabe que me perco pelos corredores.

— O que mais?

— E não vi absolutamente nada. — sua paciência parece ficar pequena, ela solta o ar, confusa.

— Ora, se eu cruzasse com ele, com certeza me lembraria.

Molho os meus lábios tentando esquecer dos seus toques, mais algo em mim parece ficar mais quente, absurdamente quente, levando toda a minha paz. Eu tomo um gole de vinho com rapidez, deixando o gosto da bebida levar embora as lembranças que ele deixou em mim.

Estar aqui é um sonho, poucas jovens da sociedade conseguem entrar no castelo com honra como eu consegui, estou aqui com o único dever de trabalhar no atelier de costura, meus desenhos foram adorados pela rainha e ela me quis junto com outras jovens, mamãe sempre disse que tenho um dom de Deus, transformar qualquer coisa em realidade, só não quero transformar minha vida aqui um inferno, mas agora as coisas parecem terem se perdido um pouco, tudo que eu consigo ter é medo, medo do Príncipe se revoltar contra a mim, lembrar do que fiz, lembrar do que eu sei e me colocar para fora. Além que, só sou uma estudante, e por mérito próprio sou convidada para participar de algumas das festas, a rainha sempre nos quer atentas nos vestidos, saias e gravatas, agora interagir com o filho do rei está tão longe de ser algo que pode acontecer, sou apenas uma empregada do castelo e quero continuar sendo somente isso e não a garota que foi mandada embora, ou até coisa pior porque não conseguiu segurar seus dedos.

Mia é minha amiga, mas contar a ela o que aconteceu não é algo que consigo pensar em fazer. Guardar um segredo também poderia acabar com os sonhos dela, de alguém que veio de outro continente, ainda me lembro o quão foi terrível treinar meu inglês para conseguir me comunicar.

— Olhe que terrível aquele tecido. — uma risada soa de seus lábios, quando ela me puxa mais perto me fazendo observar uma das filhas da condessa. Realmente o tecido na cor vermelha é muito difícil de se mexer, rasgaria a qualquer puxão. — Esperava mais de alguém tão refinada.

— Que eu saiba estamos sendo convidadas para prestar atenção em novas tendências e não em coisas desse tipo. — quase puxo a sua orelha, seus comentários tiram toda a minha atenção.

— Que tal prestar atenção em algo diferente, então? — a observo sorrir, sem entender sua sentença.

Mas, logo sou curiosa e acompanho o seu olhar.

Sinto meu corpo travar e mesmo que desejasse muito correr agora, tudo que consigo fazer é observar o quão bonito o Príncipe parece agir, comprimentando todas as pessoas com gentileza.

— Ele nunca vem nessas reuniões. — eu comento.

— Sempre prefere ir até festas fora da cidade, é eu sei. — ela completa o meu pensamento. — Parece que algo o chamou para cá, talvez agora esteja na idade de querer uma esposa, o rei sempre deixou explícito o quanto não quer pressioná-lo, mas talvez não seja mais o bebê da realeza.

Tento manter meus olhos em qualquer coisa que não seja nele, de camisa branca e calças pretas desfilando pelo salão, de repente começo a me sentir sufocada internamente, minha visão começa a ficar turva, não me sinto muito bem.

— Vou voltar para o quarto, nos vemos amanhã? — a questiono.

— Claro, estamos presas uma na outra, amanhã precisa me ensinar como fazer aquele bordado francês.

— Como quiser. — tento sorrir em sua direção, mas já estou me afastando, contando os passos para não entrar no seu campo de visão.

 — tento sorrir em sua direção, mas já estou me afastando, contando os passos para não entrar no seu campo de visão

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Olá. 

Queria expressar o quanto estou feliz pelo imenso carinho que recebi, obrigada de coração, essa estória é importante para mim e ver que as pessoas gostaram, me deixa muito feliz. 

Esse capítulo é pequeno, mas logo logo, vem um maior e do jeitinho que eu sei que vocês gostam. 

Não deixem de dizer o que estão achando, obrigadinha <3 

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