Capítulo 17

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Pov. Hannah

Mais outro dia aqui neste inferno, já faz três miseráveis dias aqui desde que Axel me sequestrou, me estuprou e matou meu pai, são três dias mas eu sinto que foram mais, eu perdi a conta dos dias para não me sentir miserável, foram dias de grande agonia.

Três dias os quais tem sido os piores da minha vida, não creio que sejam piores na realidade eu estou no limite das minhas forças. Minha intimidade dói mas isso não importa, sou a boneca onde ele descarrega todas as suas frustrações.

Já não resisto que ele faça do meu corpo o que ele quiser, resistindo ou não ele vai fazer de qualquer jeito, pode parecer uma ideia absurda, mas nenhuma célula do meu cérebro faz com que o meu corpo reage. Enquanto suplico mais selvagem ele fica, é um animal descontrolado.

Muitos pensam que me rendo facilmente cedendo a todos os seus caprichos e desejos, mas o que eu faço? Não posso me esconder dele, opção é escapar mas acredito que não é uma boa ideia, meus pensamentos são um rodamoinho, às vezes me sinto com coragem, mas só de cruzar com seu olhar tudo desaparece e o corpo transforma em uma gelatina com aquele intenso olhar, tenho que planejar bem como sair deste lugar cheio de assassinos, eu tentarei sair daqui mesmo que eu morra tentando.

Todos são cruéis, eles não se importam com a dor e nem com as súplicas dos outros, mas Axel é o pior de todos. Ele é um demônio Indomável causando estragos do que resta da minha vida. Ainda tenho fresco em minha mente como ele terminou com a vida do meu pai.

O mais horroroso Foi o que ele fez com corpo do meu pai, esquartejou seu corpo para continuar com a tortura e depois o queimou, ele fez todas essas coisas horrorosas a minha frente, eu não pude suportar, me sinto tão importante, a dor de ver a pessoa com que eu passei os meus últimos 17 anos e não poder fazer um enterro digno, porque o esquartejou, eu não tenho palavras para isso.

Era tanta angústia e desespero que perdi a consciência, com aquela lembrança de seu corpo sendo queimado.

Eu não sei aonde estão os restos dele, eu não pude sepultá-lo, não há nenhum lugar onde eu possa levar flores, não há nada, o que restaram foram simplesmente horríveis lembranças.

Meu cérebro ciente de perguntas que vem e vão mas eu não tenho nenhuma resposta.

Com que tipo de monstro meu pai trabalhava que fez tal barbaridade?

Não tem coração nem sentimentos?

Destruir a vida dessa forma sem nenhum remorso, não pode ser um ato de uma pessoa que seja humana.

Respiro profundamente para acalmar os meus nervos, enquanto observa a chuva cair através das janelas, pequenas gotas de chuva indivíduo deixando uma paisagem bonita e frondosas árvores borradas.

As nuvens no céu são como fosse parte de mim, a chuva reflete aquela de lágrimas que cada noite sai dos meus olhos, trovões e raios são a dor que existe nos restos que sobram da minha alma desolada e de alguma forma maldita.

Escuto a porta se abrir, mas eu fico na mesma posição. Eu sei que é ele, o meu corpo o reconhece de longe.

Escudo seus passos se aproximando, logo sinto sua presença atrás de mim e seu cheiro faz com que meu coração dispara. Suas mãos começam a acariciar os meus braços, me fazendo ficar arrepiada, essr é o efeito que meu corpo tem ao ser tocado por ele.

Ainda que minha alma grite de nojo, meu corpo trava uma luta entre rejeitá-lo ou ceder. Eu opto por não fazer nada e eu me odeio por permitir tal asquerosidade.

Minhas costas tocam o seu peito musculoso, suas mãos tocam os meus seios, enquanto os seus lábios beijam o meu pescoço. Deixo cair minha cabeça para um lado e minha respiração se torna irregular, não quero que sua suas mãos em minha pele. É isso o que grita a minha mente mas o meu corpo o quer.

- “Você tem que comer.” - ele sussurra em meu ouvido, sua voz rouca é a detonação de todo o meu corpo, ele começa a tremer sem controle.

- “Eu não tenho fome.” - sussurro me afastando do seu toque.

- “Você sabe o porque você tem que comer.” - ele grunhe girando o meu corpo pra sua frente. Axel segura os meus ombros, ele me espreme contra a parede e o seu olhar parece que quer quebrar os últimos pedaços da minha alma. -  “Para que você tenha força para me receber aqui.” - ele diz e coloca a sua mão em minha vagina. - “Em sua estreita sucata. Só de imaginar voltar estar aqui, eu tenho uma fodida ereção.” - ele pressiona os seus dedos nela.

Seu toque me causou ardência e dor, e eu coloco uma de minhas mãos em seus braços tentando pará- lo.

- “Esta doendo.” - eu sussurro a beira do choro, com uma expressão de dor misturado com medo. Eu tento ser forte, mas ele está me destroçando pouco a pouco.

Sua mão direita segura o meu pescoço, cravando seus dedos em minha pele, ele exerce força em seu aperto cortando pouco a pouco a minha respiração.

Coloco ambas mãos em seu pulso, tentando me libertar de seu aperto. Eu não consigo respirar, o ar não chega aos meus pulmões.

- “Você vai comer e tomar o remédio, depois pode descansar para que esteja pronta para mim.” - ele diz.

Eu olho pra ele desesperada, ele cola os nossos lábios, morde meu lábio inferior como um animal, quando ele solta sinto um pouco do gosto do sangue.

- “Tão doce, essa deliciosa cor vermelha em seu rosto, é uma delícia.” - ele grunhe lambendo meu queixo.

Abro a boca em busca de ar, mas não tenho nada, o aperto que exerço em seu pulso é frágil, minhas pálpebras ficam pesadas.

- “A-Axel.” - eu suplico com a voz fraca.

Esse será o meu fim, morrerei tentando lutar por minha vida.

Seu olhar está cravada no meu, suas pupilas estão dilatadas, ele é como uma pedra de gelo, reflete o ser mais ruim que jamais havia visto na minha vida, vejo um brilho de satisfação cobrir os seus olhos.

- “A...x...e...l.” - sussurro com as últimas moléculas de ar que resta em meus pulmões.

A Vingança (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora