Capítulo 2

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Pov. Hannah

O irritante som do despertador me desperta do sono que tanto o meu corpo precisa, cubro minha cabeça com o travesseiro para não escutar esse som irritante, mas é impossível. Estico o braço tateando a cabeceira que fica ao lado da minha cama, até que encontro o maldito despertador e o desligo.

É difícil estar em um lugar longe de onde realmente nasci, afastada dos meus inexistentes familiares (que por sinal todos estão mortos). Já estou neste lugar faz dois anos, com um pai que na maioria das vezes está ausente por causa do trabalho.

Papai precisava de um nova mudança, ele disse que a nossa antiga casa trazia muitas lembranças de minha mãe e a medida que eu ia crescendo isso ficou ainda mais difícil para ele aguentar.

Com toda pressa do mundo, retiro a coberta que mantém meu corpo quente, me dirijo até o banheiro para arrumar meu cabelo loiro. Depois de pentear várias vezes meu cabelo até que esteja desembaraçado, enrolo meu cabelo para evitar de molhá-lo no chuveiro.

A água cai sobre minha pele relaxando meu corpo e imediatamente terminando de acordar meus sentidos ainda adormecidos.

Saio do banho e vou até meu closet, escolho uma calça jeans simples e uma camiseta cinza, coloco meus inseparáveis tênis e arrumo o meu cabelo.

Depois de terminar com o meu ritual matinal, desço para tomar meu café da manhã, procuro o bilhete que papai costuma a deixar colado na geladeira.

"Tive que madrugar, toma seu café da manhã antes de sair.
Com amor.
Papai"

O bilhete estava escrito com letras cursivas. Meu pai tem uma linda caligrafia, mesmo que as vezes ele seja um pouco tosco para mostrar carinho, mas mesmo assim eu o amo, ele é a única pessoa que me resta neste mundo.

Preparo um suco de laranja, faço um misto quente de queijo e presunto e tomo o meu café da manhã.

Olho para o relógio que fica na parede da cozinha e vejo que marca sete e meia. Por Deus vou chegar tarde! Me apresso como posso e termino de tomar meu café para ir para o ponto de ônibus.

Ando o mais rápido que os meus pés me permite, chego justo a tempo para que o ônibus não me deixe na estrada. Chego no colégio faltando 5 minutos para o começo das aulas, pelo menos eu evito que me mandem para a direção, eu suspiro agradecida.

[...]

Estava perdida nos meus pensamentos quando um estridente som faz com que eu salte no meu lugar. Ao ouvir esse estúpido sinal, percebi que já havia começado a hora do intervalo.

O restante do manhã transcorreu de longas horas de aborrecimento e de aulas, e o resultado é o sono. Ontem fui dormir às 2 hs da madrugada por causa de um trabalho de física que era pra ser entregue hoje, mas o idiota do professor deixou pra se entregue outro dia.

Mas que maravilha!

Recolho minhas coisas que estava espalhada na minha mesa, guardo na minha mochila e me levanto do meu lugar.

Saio da sala de aula e me dirijo até o refeitório. Pego uma bandeja e coloco um pote de salada de frutas e por último um copo de suco de laranja.

Me sento em uma mesa qualquer, só quero ficar tranquila e não chamar atenção mas é em vão já que sou loira como minha mãe. Meu pai me diz que eu sou igual a ela em todos os aspectos mas com os olhos azuis dele.

Voltando a realidade, para as pessoas desta escola o que importa é o físico, o material e quanto você tem no seu cartão de crédito.

No meu caso, meu pai tem dinheiro, não é milionário mas ganha uma quantidade obscena pra mim. Ele paga caro para que eu estude nessa escola particular que eu não gosto muito, mas a educação é boa mesmo que me aborreça.

Sinto o meu celular vibrar no bolso da minha calça jeans, eu o pego e olho para tela e vejo que é o meu pai que está me ligando.

Ligação on:

- Alô, bom dia pai. - disse um pouco duvidosa já que é estranho que ele me ligue a essas horas.

- Hannah. - ele disse agitado -Quero que quando sair da escola vá diretamente para casa, tranque bem todas as portas, janelas e não abra a porta para ninguém. - de longe se escuta as pessoas gritando ordens é um caos total.

- Não te escuto muito bem, há muito barulho. - disse assustada, e ele repete as mesmas palavras - Está acontecendo alguma coisa? - eu questionei nervosa.

- Quanto menos você souber melhor, você lembra onde eu guardo o dinheiro? - eu lembro perfeitamente já que ele me dizia que era só para casos de emergência.

- Sim, mas é só para casos de emergência ou de risco. - eu digo sentindo como se o meu coração fosse sair do meu peito.

- Essa é uma ocasião de risco, se eu não chegar até o anoitecer, pega o dinheiro e na primeira hora vá para longe, e não se esqueça que eu te amo. - ele disse.

- Papai mas...

E ele desligou o celular.

Ligação off:

O bendito sinal tocar anunciando que o intervalo havia acabado.

Agora tenho aula de biologia, mas estou muito preocupada com o meu pai, essas últimas palavras se repetem uma ou outra vez em minha cabeça.

Eu ficava dando voltas no assunto, e muito difícil issi sairia da minha cabeça, está manhã tudo estava normal, inclusive seus bilhetes estava quase igual de todas as manhãs por que em troca é tão brusco.


Hannah Rodwell

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Hannah Rodwell

A Vingança (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora