🗝Cap 4🗝

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Quebra de tempo:
Acordei bem mais cedo do que previa, olhei e vi Changkyun dormindo na mesa, isso estava virando um hábito. Mas finalmente ele estava em casa, queria o conhecer melhor, ele era a última pessoa que eu iria ver mesmo.

Ele era misterioso, um mistério que eu queria desvendar. Queria saber o porque dele ter virado um assassino, estava pensando em mil possibilidades, até que Chang me tirou dos meus pensamentos.

-- A quanto tempo esta acordado?-- ele disse.

Cheguei a conclusão que ele estava mais lindo do que antes.

-- Mais que você pelo visto-- falei comendo meu cereal.

-- Engraçadinho-- Chang debochou.

-- Ja que não temos nada pra fazer mesmo, vamos assistir um filme?-- levantei, deixando meu cereal de lado.

-- É que eu...-- cortei sua fala.

-- Não tem desculpa, senta aqui-- disse levando ele ate o sofá-- Qual filme vamos ver?

-- Qualquer coisa tá bom-- pegou seu celular e começou a mexer.

-- Você não tá ajudando-- tiro o celular de suas mãos e boto na mesa de centro.

Ele respira fundo com raiva e resonde-- Você também não tá facilitando as coisas pra mim.

-- O QUE EU FIZ? VOCÊ QUE ME RAPTOU OU ESQUECEU? VOCÊ ACHA QUE EU QUERIA TÁ AQUI AO INVÉS DE ESTAR EM CASA COM A MINHA FAMÍLIA E AMIGOS? EU SÓ QUERIA QUEBRAR ESSE GELO QUE VOCÊ TÁ ME DANDO E TE CONHECER PRA PELO MENOS MINHA MORTE NÃO SER TÃO DOLOROSA ASSIM!-- acho que explodi rápido demais, podia sentir as lagrimas de raiva descendo pelo meu rosto. Eu não entendia Changkyun, porque raptar as pessoas? Porque eu?

-- Desculpa... As vezes esqueço que as pessoas não são tão solitárias quanto eu-- ele estava levantando do sofá quando segurei seu pulso, eu ja tinha ouvido essa frase antes

-- Changkyunnie?-- Não podia ser ele...

Changkyun
Eu só fui chamado por esse apelido uma vez, Kihyun se lembrou. Ele não podia ver seu amigo de infância como um assassino. Fiquei paralisado e com os olhos arregalados, acho que não da pra mentir agora.

--Você é aquele mesmo Changkyun que eu conheci?-- ele dizia, esperando uma resposta, com um pouco de esperança nos olhos.

Ele percebeu que eu não respondia, o que só podia significar que era verdade. Pensei que ele ia me bater, me dar um sermão, mas, ele apenas correu e me deu um abraço, que não pude retribuir pois estava muito assustado.

-- Não acredito que você esta vivo!-- ele me abraçou-- Disseram que você tinha morrido junto com seus pais. O que você fez todo esse tempo? Como você virou um assassino? Você esta bem?-- ele se afastou de mim e começou a me olhar de cima a baixo procurando algum machucado, o sentido de omma dele o deixava muito fofo.

-- Calma, eu estou vivo. E respondendo as suas perguntas: eu me envolvi com pessoas erradas, a morte dos meus pais me deixou meio perturbado...-- porque eu matei eles-- E sim, eu estou bem-- disse meio que rindo pela preocupação repentina do de cabelos rosas.

-- Sabe como é bom te ver de novo? Fiquei meio abalado com a sua "morte"-- ele fez aspas com os dedos-- Vamos comer alguma coisa boa pra comemorar!

-- Comemorar?

-- É, nosso reencontro, não é todo dia que acho meu amigo de infância por ai-- ele sorriu, um sorriso tão doce, droga, estou me apaixonando de novo.

-- Mas você ainda é um desaparecido, não pode sair na rua assim.

-- Achei que iria me soltar...- eu queria, mas, você vai morrer de qualquer jeito Kihyun. Me senti muito mal, enfiei ele nos meus problemas e não me importei que isso ia fazer ele sofrer.

-- Eu não posso-- vi seu olhar ficar triste, resolvi que vou parar de ser cuzão e anima-lo--Mas, eu lembro que você adorava sorvete de morango e julgando pelo seu cabelo você ainda gosta.

Vi talvez, só talvez,  um sorrisinho brotar em seus lábios.

Kihyun
Ele sabia como me animar, acho q no fundo no fundo, ele ainda é o mesmo.

-- Ei, meu cabelo é rosa porque eu quis, não por causa de sorvete de morango-- eu falei cruzandi os braços com raiva.

-- Ta bem, então eu vou ficar aqui ao invés de comprar um pote pra você-- com comida não se brinca, ele sabia meu ponto fraco.

-- Você ia mesmo compra pra mim?-- disse com olhos brilhantes.

-- Como você disse, ia, no passado-- se sentou no sofá ficando de costas pra mim.

-- Por favor... porfavorzinho-- juntei as mãos e implorei a ele, que me olhou de cima a baixo e depois sorriu.

--Ta bom, vou comprar ja volto-- ele ja estava fechando a porta.

-- JA DISSE QUE VOCÊ É O MELHOR AMIGO DE INFÂNCIA DO MUNDO?- gritei.

-- To sabendo-- riu e fechou a porta.

O velho Chang ainda estava ali. Meu primeiro amor, ainda estava ali.

Killer {Changki} Onde histórias criam vida. Descubra agora