Enrico Martinelli
Vanessa está rebolando em cima de mim, seus seios siliconados não me atraem tanto, prefiro os naturais, mas precisava me aliviar e me recuso a voltar à época da adolescência. Ela é uma modelo fotográfica muito boa no que faz, seus cabelos totalmente negros combinam com seus olhos verdes, sua boca e carnuda, mas não naturalmente. Nós costumamos transar sem compromisso, porém ela está vindo com um papo de querer algo a mais comigo, essa será a nossa última vez, de mulher louca no meu pé já basta a Vitória.
— Ai meu Deus! Enrico você é muito gostoso! — ela grita — Estou quase lá!
De repente meu celular começa a tocar, tateio a minha mão sobre a cômoda ao lado da cama. No visor marca o nome do Lorenzo.
— Espero que seja alguma coisa importante pra você está me atrapalhando.
— Acabei de ligar para a Bianca a chamando para ir hoje à Sensuale e ela aceitou. — Vanessa geme alto — Você está falando comigo enquanto transa? Isso é nojento até mesmo pra mim. Mas como estava dizendo ela vai vir, aparece por aqui!
Deixar Bianca toda linda sozinha naquela boate? Nem pensar, os caras vão cair matando na carne nova.
— Só vou terminar aqui e passar em casa pra tomar banho, é hoje que vou mostrar pra Bianca como se satisfaz uma mulher. — me dou conta do que disse e olho pra Vanessa que parou com os movimentos e me fuzila com o olhar.
— Não acredito que você está transando comigo e fala que vai dormi com outra! — ela sai do meu colo, começa a se vestir. — Você é um cretino Enrico! — então ela sai batendo a porta com força.
— Você é mesmo um cretino Enrico! — Lorenzo me repreende.
— Vanessa é uma cachorra, logo ela vai estar me ligando pedindo uma foda, mas não quero nada com ela, já estava ficando grudenta.
— Tanto faz, até daqui a pouco! — ele desliga na minha cara.
— Babaca! — falo sozinho olhando pra o celular.
Eu não sou um cafajeste que usa as mulheres e não pensa em seus sentimentos, quando me envolvo com alguém, elas sabem muito bem as minhas intenções, a única coisa que quero delas é sexo, nada mais. Agora, se elas colocam na cabeça que vão me conquistar e seremos felizes para sempre, elas estão muito enganadas. Eu nasci para ser livre, leve e solto, não quero me prender a ninguém e se um dia acontecer, vai ser em um futuro muito distante, sou muito novo para me prender, existem muitas mulheres no mundo para eu conhecer.
Quando eu estava na faculdade, inventei de namorar uma garota, ela era linda, tinha um corpo de deixar qualquer homem louco, e fazia um boquete digno de Oscar. Ficamos juntos por uns dois meses, mas o problema era que havia outras garotas que faziam a mesma coisa que ela, então eu parei e pensei, por que ficar com uma se eu posso ter todas? Esse é o meu lema!
Bianca não vai ser diferente, eu quero aquela mulher, dependendo do que acontecer depois, talvez eu tenha que demiti-la, mas ela pode conseguir emprego onde quiser não vou me sentir mal por tal feito.
Chegando em casa vou direto para o banheiro, preciso tirar o cheiro desse perfume doce da Vanessa. Escolho uma camisa azul marinho juntamente com uma calça jeans escura, nos pés calcei um sapatênis marrom.
— Não vai jantar meu filho? — Mada me pergunta quando desço as escadas.
— Não Mada, vou me encontrar com Lorenzo. — lhe dou um beijo na testa. — Não me espere acordada!
— Eu nem seria louca de ficar acordada até de manhã. — me despeço dela e vou embora.
***
— Você tem certeza que ela vem? — pergunto para o Lorenzo que está olhando para a pista de dança.
— Ela disse que iria pensar, mas acho que já sei a resposta. — ele aponta para o bar, e lá está a Bianca de frente para uns caras, parece que ela está discutindo com um deles. Ela fala alguma coisa que o faz levantar a mão ameaçando bater nela, nessa hora meu sangue ferve, mas logo ele abaixa a mão, ela diz mais alguma coisa, vira de costas e começa a andar, inesperadamente ele puxa seu cabelo e lhe dá um tapa no rosto.
— Merda! — Lorenzo diz.
Levanto-me e vou até ela. Vejo um pandemônio acontecendo e corro, quando chego, estão todos brigando e Bianca com a mão na cabeça, no exato momento em que ela iria cair eu a segurei, sua cabeça está sangrando, ela olha pra mim como se estivesse alucinando.
— Vai ficar tudo bem Bianca! — logo ela desmaia nos meus braços.
Lorenzo aciona os seguranças, logo a briga é apartada, um cara imobiliza o sujeito que bateu na Bianca, sangue sai do nariz do Tiago, ele olha pra mim e depois para a irmã desmaiada nos meus braços, seus olhos se ampliam e ele vem correndo em nossa direção.
— O que aconteceu?
— Alguma coisa acertou a cabeça dela, precisamos levá-la para o hospital.
— Pode deixar que eu a levo! — o mesmo cara que estava imobilizando o babaca vem com suas mãos para pegar Bianca dos meus braços, mas me afasto.
— Bruno você não vai encostar essas mãos sujas na minha irmã. — Tiago entra na frente do tal do Bruno. — Vamos Enrico!
Saímos da boate e estamos esperando trazerem o meu carro. Miguel para com o carro na nossa frente.
— Lorenzo pediu que eu os levasse para o hospital! — reparei na troca de olhar deles, Miguel também é gay, mas isso não bem ao caso agora.
Eu estou no banco traseiro junto com Bianca, Tiago está no banco da frente junto com Miguel.
— Como começou aquela briga? — pergunto.
— O cara que eu estava saindo não gostou muito que fui falar com ele, seus amigos estavam por perto, eu o chamei de babaca e ele me bateu. — apertou suas mãos em sinal de nervosismo — Bianca sempre protetora dos pobres e oprimidos tomou as minhas dores e foi tirar satisfação com ele, até parece que ele é a mais velha e não eu, ela falou que ele só é gay quando está dando a bunda no quarto, mas é macho quando está com os amigos, porém o ponto alto da situação foi quando ela disse que ele olha para o pau e a bunda dos caras quando estão no vestiário se trocando. Aí ele partiu pra agressão e eu parti pra agressão encima dele.
— Eu tomaria as suas dores de novo se fosse preciso, que cara babaca. — me assusto com a voz de Bianca, ela levanta a cabeça do meu colo e se senta direito no banco. — Quem acertou a minha cabeça?
— Provavelmente foi uma garrafa perdida! — Tiago responde.
— Para onde estamos indo? — ela pergunta.
— Hospital! — respondo.
***
Bianca não precisou de pontos, somente um curativo e alguns remédios para dor, Miguel deixou cada um em sua casa e depois foi embora de taxi.
Essa noite não foi nada como estava esperando, eu tive Bianca nos meus braços, mas não como eu queria.
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Enrico - Irmãos Martinelli #1 - DEGUSTAÇÃO
ChickLitCom 29 anos, Enrico Martinelli é o irmão mais velho dos irmãos Marco, Lorenzo e Giulia. Ele administra a agência de modelo da família, a Martinelli's Model. Enrico não é de ter relacionamentos, preferi ter suas conquistas com data de validade. Ele...