Nova vida

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Eu sou Haymora Ohara, e hoje, é o meu primeiro dia na escola da minha nova e estranha cidade. Eu e meu pai nos mudamos faz 4 dias, o único objetivo para essa mudança tão rápida?! Bom, envolve o trabalho do meu pai. Ele vai trabalhar como gerente em uma loja de carros.
Esta tudo acontecendo muito rápido na minha vida, muita informação para processar. Meus pensamentos estão tão bagunçados, tanto quanto o meu quarto.
-Quer que eu entre com você Ohara?
-Eu não sou mais uma menininha pai.
-Nao me importa se você estiver com 30 anos, ou 50,ainda vai ser sempre minha menininha.
Sim, esqueci de mencionar que meu pai é um super protetor.
Depois de dar um sorriso com as brincadeiras bem envergonhantes do meu pai, resolvo, de última hora, esperar todas as pessoas entrarem primeiro, então espero de baixo de uma arvore.
Depois de uns minutos, entro na escola.
-Você deve ser a senhorita Ohara, estou certo?
Levanto o meu olhar e vejo um homem com livros nas mãos, ele tem uma voz calma e é bem alto, comparado a mim.
-Sim-respondo firmemente.
-Bom, meu nome é Jorge, eu sou o coordenador da escola, me acompanhe, mostrarei sua sala.
Balanço minha cabeça, em forma de afirmação.
Os corredores da escola são largos e longos, chegamos na sala de número 12,ele entra e todos direcionam os olhares a ele.
-Pessoal, essa é a senhorita Ohara, vai fazer parte dessa turma agora.
Logo depois ele sai da sala me desejando boa sorte. Eu me dirijo ao meu lugar com a cabeça baixa, e percebo olhares me seguindo, isso me deixa envergonhada e nervosa, por alguns segundos eu perco a noção de como se anda.
Depois de um bom tempo estudando, o sinal bate, para fazermos uma breve pausa.
-Oi, qual é mesmo o seu nome?
Me deparo com uma menina de cabelos ruivos e curtos, e com um lindo sorriso gentil.
-Haymora Ohara!
-Seja bem vinda Haymora Ohara.
-Só Ohara!
-Você veio de onde "só Ohara"?
Ouço uma voz no fundo da sala, é um menino alto, de cabelos pretos.
-De uma cidade pequena, vizinha.
-Prazer, eu sou Théo, e essa ruivinha ai é Lydia.
-Agora vamos temos que achar o J. P.
Lydia pega meu braço, me convidando a ir junto. Chegando la vejo um menino sentado.
-Olha só J.P, essa é Ohara, a nossa mais nova integrante do grupo.
Ele me olha, e me convida educadamente a me sentar. Logo ouço Théo falando.
-Então novata, vou te explicar como as coisas funcionam nessa escola.
Observo atentamente oque ele vai me dizer.
-Cada pessoa tem o seu grupo na escola, e você esta com a gente agora. Cada grupo tem a sua própria mesa no intervalo, ou seja, você não pode sentar em qualquer mesa que quiser.
Eu acho isso estranho, mas fico quieta.
-Olha, está vendo aquela mesa no centro, então, aquela é a mesa dos populares. E aquela do lado é a mesa dos jogadores mais lindos da escola.
Lydia mostra o seu sorriso gentil, e fala olhando para mim, com uma voz de sussurro.
-Théo é gay!
-Sou, mais não deixe ninguém saber disso - Théo disse isso com a voz triste.
Resolvo quebrar  o silêncio :
-Se eles são nomeados os "populares", nós somos oque?
-Somos os  legais! -Disse Lydia.
-Os diferentes! -Disse Théo.
Olhei para o J. P que não tinha se manifestado.
-Sem clichê -ele disse enquanto comia.
Olhei ao redor, e observei uma coisa, uma pessoa lendo um livro, sozinho em uma mesa escondida.
-Porque ele está sozinho?
Apontei na direção que ele estava.
-Aquele é Thomas Reymond, ele sempre fica sozinho, ele não parece gostar de muitas pessoas em sua volta. - J.P disse com uma cara séria.
-Ele é do tipo gato misterioso -acrescentou Lydia.
Ele parece nao se incomodar de estar sozinho, parece que nem liga para oque está em sua volta. Por um momento nao consigo desviar o meu olhar, estou congelada.
Derrepente ,sou despertada pelo sinal. Depois de mais algumas horas de estudo. Hora de voltar para casa.

ChrisdaleOnde histórias criam vida. Descubra agora