Mistérios

10 5 2
                                    

Derrepente uma voz sussurrou em meu ouvido para eu nao gritar, logo reconheci a voz e me senti aliviada.
-Théo, não faz mais isso!
-Desculpe se te assustei, mas você deveria ficar mais atenta. -sorriso.
-Porque me chamou?
- Você queria saber onde eu e J.P estávamos né, então vou te contar!
- E porque em plena madrugada, na frente da escola?
- Porque?! Bom...foi o único lugar que veio na minha mente.
-Então... Me conte!
-Temos que esperar o pessoal chegar.
-Que "pessoal"?
-Lydia, J.P.
Esperamos por mais ou menos 20 minutos.
-Ahh, até que enfim chegaram, estão atrasados. - Théo fala.
-Desculpe! -J.P - sempre tão certinho.
- Vamos lá pessoal, temos que contar a ela. -Lydia fala com um tom sério.
-Contar oque pra mim?
- O professor Jones, ele não foi a escola nem ontem, nem hoje.-J.P começa a contar.
-Sim, ele deve estar com problemas. -falo rapidamente.
-Na verdade, acho que apartir de hoje, ele não vai ter mais problemas.
-Théo! Nao brinque com isso. -J.P fala com um tom de raiva e sério.
-Porque Théo disse isso? -perguntei.
Lydia me olha e começa a me explicar.
-Porque o professor Jones está morto!
-Oque?! Não, como... Nao pode ser, como vocês sabem?
-Eu e Théo estávamos indo para a escola, quando passamos e vimos a casa do professor com uma ambulância na frente e policiais. -J.P disse.
-Foi por isso que sai da escola e te deixei sozinha, porque eles me enviaram uma mensagem, eu tinha que ver isso.
- Ai meu Deus..e agora?! -falo assustada.
Eles trocam olhares e depois me olham, isso é até estranho, foi tão sincronizado. Lydia começa a falar.
- Você não tem curiosidade pra saber o motivo da morte?
- Sim! Tenho, por acaso você sabe o motivo?
- Talvez.
- Sim, ou não?
- Eu nao tenho certeza.
- Me conte o que sabe! -falo olhando para ela com muita curiosidade.
Mas J.P toma iniciativa e fala por ela.
- A alguns anos atrás, uma escola no lado Norte da cidade de Chrisdale foi a falência, e completamente abandona. - J.P faz uma pausa e continua logo em seguida - depois que a escola foi abandona, as mortes na cidade aumentaram.
- Ta, mas, eu não to entendendo - balancei minha cabeça em forma de negação.
- Você sabe oque fazem com os locais que são abandonados?
- São destruídos, e fazem outras coisas no local. -falo.
-Exatamente -Théo fala.
- Mas, aquela escola não foi destruída. -J.P olha para Théo e Lydia.
- Oque vocês querem dizer com isso?
-Quero dizer que tem alguém por trás da falência dessa escola, e essa mesma pessoa provavelmente está também por trás dos assassinatos.
- Mas pode ser que não, pode ser duas pessoas diferentes, e pode ser que os assassinatos nao tenham nada aver com a escola.
-Mas pode ser que sim. -Lydia fala.
- Ta, e oque vocês vão fazer a respeito?
- Vamos investigar! -Théo
-Isso não parece uma boa ideia. -Falei os olhando.
- Nós temos que fazer alguma coisa! -Lydia.
- Somos só adolescentes! -falei.
-Sim, mas somos o futuro, não podemos abaixar a cabeça pra isso, isso não é normal Ohara. -J.P fala e me olha.
- Ta!
-Sério?! -Théo fala enquanto faz uma cara de surpreso.
-Sim, vocês tem razão, vamos fazer alguma coisa em relação a isso!
Depois conversamos por mais algum tempo, e logo em seguida fomos cada um pra sua devida casa.
Eu cheguei em casa, e fiquei olhando pro nada, e pensando em tudo oque ouvi. A morte do professor, os assassinatos ocorridos que só aumentam na cidade, e principalmente essa tal escola abandona, que me parece misteriosa, na verdade tudo é bem misterioso por aqui.
Em falar em misterioso lembro da cena na sala de musica, só de imaginar fico vermelha, estava encantada tanto pela música, quanto por quem a estava tocando. Ainda o ouço tocar, até chego a imaginar, olhos verdes que carregam uma tristeza, mas que não a quer mostrar.
Pensando em tudo, acabo adormecendo, e com isso veio o sonho.
Acordo e fico sentada tentando me lembrar de todos os detalhes possíveis.
Tudo que vem a minha mente foi Thomas em frente a uma escola assustadora, ele estava com um olhar mais frio do que o de costume.
Qual a ligação com essa escola ele tem?! Porque esse olhar tão frio e sofrido?!
Porque Thomas Reymond se isola?!
Perguntas que me interessam, e que provavelmente só ele poderá responder. Mas como?! Como vou me aproximar se ele construiu um muro, separando ele de todos os outros?!
Tantas perguntas, eu preciso de respostas.
Hoje não tem aula, a escola está de luto, apesar de não ter conhecido o professor Jones, eu vejo que ele era muito querido, todos falavam muito bem dele.
Não estou nem um pouco afim de ficar em casa sozinha, Lydia foi visitar sua tia junto com sua mãe, Théo não atende o celular, e eu não tenho muita intimidade com o J.P. Então, o jeito e andar um pouco.
Coloco um vestido preto, e solto meu cabelo. Saiu de casa deixando a chave debaixo do tapete, é meio clichê, mas foi o único lugar que veio a mente.
Paro em diversas lojas, mas não levo nada, é sempre a mesma história "vou ali, na volta eu compro". A rua está muito movimentada hoje.É pessoa esbarrando em pessoa.
Lembro que estou perto de uma biblioteca , sou amantes de livros, e queria muito conhecer o local.
Estava quase perto, a biblioteca ficava do outro lado da rua, resolvo então atravessar.
Tinha vários carros passando, então tinha que correr um pouquinho já que não tinha nenhuma faixa de pedestres.
Eu desviei de um carro, mas não tinha percebido o outro que estava bem perto, quando olhei fiquei parada, parecia que não conseguia me mexer mais.Eu estava para ser atropelada, meu coração estava a mil e eu não conseguia nem dar um passo.

ChrisdaleOnde histórias criam vida. Descubra agora