Dia de sorveteria

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  Hoje é sábado, e parece um dia lindo lá fora, apesar de não ter animo pra sair, eu definitivamente não posso ficar o dia todo trancada aqui, nesse quarto, sem nenhuma novidade.
Fico repetindo pra mim mesma  "Coragem Ohara",por pelo menos 20 minutos.
Então, só ai, resolvo me levantar, abro a janela, o sol rapidamente invade o meu quarto. Escuto o meu celular tocar. Uma mensagem de um número desconhecido.
 
  "Oi, sou eu Derik, a sua amiga Lydia me passou o seu número,ela também disse que você não tem nada pra fazer hoje, então, se você quiser, eu adoraria mesmo te pagar um sorvete."

Bom, eu não tinha nada melhor pra fazer mesmo, além disso Derik é um cara legal. Mando uma mensagem aceitando o convite, 2 minutos depois ele me responde todo empolgado,isso me fez dar um sorriso.
Me arrumo, e ouço a campainha tocar, deve ser o Derik.
Derik: - Oi, cheguei cedo?
Eu: - Não, bem na hora pra falar a verdade.
Derik: - Ah, que bom, ufa.Você, eu me surpreendo toda vez que te vejo, você esta linda.
Eu: - Ah, obrigado (sorriso)
Derik: - Vamos?
Eu: - Vamos!
    Chegando perto de seu carro, ele abre a porta para mim, um verdadeiro cavalheiro. Fomos a uma sorveteria que parecia muito cara por sinal, era um lugar bonito. Nos dirigimos a uma mesa fora. Um homem que aparentava ter 40 anos, nos ve e vem recolher o nosso pedido.
Renato: - Boa tarde,qual o pedido do casal?
Eu: - Não, não somos um casal.
Renato: - Ah, Desculpe - me.
Derik: - Tudo bem, não somos um casal ainda.  ( sorriso)
   Eu acabei de escutar um " ainda"?!, oque ele quis dizer com isso?!
Derik: - Você quer oque Ohara?
Eu: - Acho que, um sorvete de chocolate pra mim ta bom.
Derik: - Ótimo, eu quero o mesmo.
Renato: - Ok, anotado.
   O senhor se virá e vai até o balcão falar com outro homem.
Eu: - Oque você quis dizer com " não somos um casal ainda"?
Derik: - (sorriso)  Calma, eu estava brincando.
Eu: - Ah... Sei.
Derik: - Sobre a investigação da escola...
Eu: - Nao! Não vamos falar disso, não hoje.
Derik: - Tem razão!  (sorriso). Quer falar sobre oque então?
Eu: - Me fala, sobre você, sua familia.
Derik: - A gente sempre moro aqui, desde que me entendo por gente.
Eu: - Nunca teve vontade de mudar?
Derik: - Ah, já, já sim. Mas, meu pai gosta do que faz aqui, então, a gente não vai embora.
Eu: - Seu pai e sua mãe são casados?
Derik:- Sim, eles se dão muito bem.
Eu: - Só você de filho?
Derik: - De sangue sim.
Eu: - Ah, então tem irmãos?!
Derik: - É, tenho, um irmão, adotivo.
Eu: - Vocês se dão bem?
Derik: - Até que sim, ele sempre foi na dele, quieto.Nunca brigamos.
Eu: - Isso é ótimo.
Derik: - É, apesar dele não se abrir com ninguém.
Eu: - Deve ter seus motivos.
Derik: - É, penso nisso.
Eu: - Ta, então, você quer seguir os passos do seu pai?
Derik: - É oque meu pai quer, quer que pelo menos um de seus filhos siga seus passos.
Eu: -Mas, é oque você quer?
Derik: - Não, na verdade não sei, nunca parei pra pensar, acho que não levo jeito pra negócios.
Eu: - E o seu irmão?
Derik: - Pode ser que sim, ele é bom nesse assunto, ele é quieto, mas quando fala, fala bem. Mas, não tenho certeza se ele quer isso também.
Eu: - Porque não chama ele pra conversar?
Derik: - Ja tentei, ele aceita, mas, não rende assunto.Parece até que eu estou com um desconhecido andando na minha casa.
Eu: - Ele sempre foi assim?
Derik: - Não, quando criança ele era tipo, um melhor amigo, a gente brincava todo tempo. Ele foi crescendo, e começou a querer ficar sozinho.
Eu: - A história dele não deve ter sido fácil, pelo menos não antes de seus pais o adotarem.
Derik: - Mas, ele provavelmente não lembra de nada, era um bebê quando foi adotado, estava com seus 1 ano.
Eu: - Ele pode ter buscado informações quando adolescente, e ai, não gostou, e se afastou.
Derik: - Não temos culpa nisso.
Eu: - Talvez, ele achou melhor.
Derik: - Pode até ser. Mas... E você? Seu pai, sua mãe.
Eu: - Eu não tenho mais mãe.
Derik: - Qual a história?
Eu: - Ela faleceu no meu parto, é só eu e meu pai na vida.
Derik: - Tem falta de ter uma mãe?
Eu: - Pra falar a verdade, não, porque, eu não sei oque é ter uma mãe pra sentir falta.Eu tenho ela em retrato,mas não consigo me ver com ela.
Derik: - Desculpa, eu não queria que ficasse triste.
Eu: - Nao, imagine, eu fiz varias perguntas, você pode me fazer as suas também, sem problemas.
Derik: - Bom, então, eu vou pagar a conta, ja volto.
Eu: - Quanto ficou? Podemos dividir a conta!
Derik: - Não, nem pensar, eu te chamei, eu pago.
Eu: - Tem certeza? Eu não ligo de dividir.
Derik: - Certeza, não se preocupe.
   Derik entra na sorveteria, as meninas que estão lá dentro o olham, ele é mesmo muito bonito pra não se olhar.Ele paga a conta, diz tchau sorridente e volta a mesa, onde eu estou o esperando.
Eu nem vi o tempo passar, ficamos conversando sobre vários assuntos, ele ficou a vontade mesmo com tantas perguntas.
Nós vamos embora, mas o assunto não acaba,ficamos conversando dentro do carro também.Ele sempre com um belo sorriso em seu rosto.
Chegando na minha casa, o convido a entrar, mas ele não aceitou por estar tarde(e eu também não saberia oque fazer se ele aceitasse). Nos despedimos, ele sempre muito gentil.
Eu saiu do seu carro, e vou até a entrada da casa, ele me espera entrar pra ir embora.
Caiu na minha cama novamente, hoje não foi nada ruim, me lembro de varias meninas olhando para nós, devem estar me invejando por estar com um cara lindo e cavalheiro.Mas, apesar de muitas meninas ao nosso redor, não o vi olhar para nenhuma, ele manteve o foco somente em mim, nem consigo acreditar que consegui não ficar vermelha.
Verônica perdeu um belo de um príncipe.


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⏰ Última atualização: May 31, 2018 ⏰

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