Promotoria

Capítulo 5 - Suspeito

Hello Little's!

Boa Leitura.

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Dois anos depois...

Elisa P.O.V

Dois anos se passaram desde que nos despedimos no estacionamento do Ministério Público, durante este período eu concluí a minha faculdade e passei no exame da Ordem dos Advogados. Mas o que eu não sabia era que, mesma sendo absolvida, devido à repercussão do caso na mídia todos parecem me conhecer, e eu ainda sofreria preconceito das pessoas que realmente acreditam que eu matei meu ex-namorado por vingança. Desde então eu tento trabalhar como advogada, mas isso se tornou difícil, as poucas pessoas que aparecem geralmente querem saber como matar seus conjugues sem deixar evidencias. Minha mãe queria que eu voltasse a morar com ela, mas eu não quero ser um estorvo ou transformá-la em alvo do Procurador-Geral, então tento me manter como dá. Inclusive meu aluguel está atrasado, de novo. Isso tudo é culpa daquele velho filho da p*** do Procurador-Geral Orlando Antunes, ele nunca acreditou na minha inocência e continua atrapalhando a minha vida, ele sempre dá um jeito de afastar meus possíveis clientes, me deixando apenas com esses psicopatas de plantão. Mesmo após dois anos, eu nunca desisti de encontrar o verdadeiro culpado, lógico que ainda não obtive sucesso, mas essa é a única forma de provar em definitivo a minha inocência, e principalmente, esfregar a verdade na cara daquela múmia, só assim ele deixará Giulia e eu em paz. E sim, eu tento acompanhá-la mesmo que de longe e sei que até hoje ele a mantém afastada de suas funções. Depois daquele dia nunca mais nos falamos, mas de vez em quando, quando eu sentia que a vida me sufocava, eu dava uma passada na padaria do Sr. Paulo só para tentar esbarrar com ela, infelizmente durante todo esse período isso só aconteceu três vezes, e eu só consegui vê-la de longe.

Ligação On

- Oi mãe! – atendi tentando soar animada.

- Filha, como você está? Há dias que você não me liga. – isso é porque eu não queria preocupá-la mais ainda, e sempre que eu falava com ela me dava vontade de chorar. –Saudadocê. [n/a: Saudadocê – Saudades de você]

- Eu estou bem, dona Maria Helena. – menti, eu não estou bem, estou a ponto de jogar a toalha. – Não se preocupe tanto comigo, eu só estive ocupada com uma causa que apareceu.

- Você não está mentindo para a sua mãe, está? – que droga! Precisava me conhecer tão bem?!

- Não, claro que não, mamãe. – a ouvi suspirar – E a senhora, como está? Não está se esforçando muito, está?

- Não, na verdade eu estou cumprindo aviso. – franzi meu cenho – Eu pedi demissão, os movimentos repetidos das massagens estão me causando muitas dores. – travei minha mandíbula – Mas não se preocupe, já estou vendo outro emprego, um mais leve.

- Eu ainda vou me tornar uma grande advogada e eu irei te ajudar mãe. – afirmei com a voz embargada – A senhora nunca mais terá de trabalhar na vida... Eu só preciso de mais um tempo para me firmar no mercado. – outra mentira, eu preciso encontrar o assassino para que aquele velho pare de atrapalhar a minha vida. – Eu prometo.

- Você sabe que não precisa disso, filha. – diz ela de maneira carinhosa, isso aquecia meu coração e me dava força para continuar – Eu estou bem, e eu só quero a sua felicidade.

- Eu sou feliz...

- Não, você não é feliz desde que fora acusada de assassinato. – engoli seco. – Você nunca mais foi à mesma desde então, não minta para mim, eu sou sua mãe e te conheço melhor do que você mesma. – ela suspirou – Eu agradeço a Deus todos os dias por ele ter colocado aquela moça em seu caminho, se não fosse por ela... Você estaria até hoje em um presídio.