Capítulo 18 - Ela não é uma assassina

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Hello Little's!

Boa Leitura.

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Anteriormente...

- Mas... Mas isso não significa que a família mandou matá-lo.

- Não, mas minha mãe foi atrás em busca de resposta e sabe o que um dos policiais que o encontrou disse? – neguei com a cabeça – "A ordem veio de fora, dona. Não sei o que ele fez, mas com certeza a pessoa é poderosa.". No dia do julgamento ele gritou no tribunal que o promotor havia falsificado as provas para incriminá-lo, o promotor era amigo do falecido e sua família.

- V-Você sabe quem é a família?

Giulia P.O.V

[PLAY] NF - Lost in the Moment (feat. Jonathan Thulin)

- Sei. – sua expressão se tornou lúgubre, ainda sim ela não deixou de me encarar.

- V-Você os odeia?

- Já odiei. – acho que seu olhar vai me perfurar – Hoje... Hoje me odeio por não conseguir odiá-los.

- Você não tentou reabrir o caso? – minha voz não passava de um sussurro.

- Prescreveu, e eu nunca consegui encontrar a tal testemunha. – franzi meu cenho – Seu nome não aparece nos artigos jornalísticos. Eu só queria que ela confirmasse aquela mentira olhando nos meus olhos. – desviei o olhar para os meus pés - Quando me aproximei do Luis, eu pensei que ele poderia me ajudar com essa informação, mas no final ele só serviu para ferrar ainda mais a minha vida.

- Você sabia quem ele era? – ela assentiu – Mas... Na época da acusação você disse que não sabia que ele era filho do Procurador.

- Sim, eu disse. – diz ela de maneira serena – Ainda sim, eu não o matei.

- Então... O estágio? – pergunto incerta.

- Sim, eu sabia quem você era. – agora fui eu quem passou as mãos pelos cabelos – Não pense que foi premeditado, eu só descobri quando peguei os papeis do estagio e o seu nome aparecia nele. – me levantei, ao contrario de mim, ela continuava tranquila. – Naquela época eu decidi que iria completar o meu estagio e seguiria com a minha vida, como eu sempre fiz. Eu nunca mais iria vê-la. Mas como a vida adora me ferrar, o Luis me fez o favor de morrer na minha casa. – ela sorriu sem humor – E você, você tinha de ser tão gentil e educada, ao ponto de me deixar encantada.

Isso só pode ser uma pegadinha, isso não pode estar acontecendo. Elisa continuava sentada e me encarava com intensidade. Sua postura serena e fria estava me intimidando, eu nunca a vi desta forma e confesso que estou assustada.

Narrador P.O.V

Giulia andava de um lado para o outro de maneira nervosa, Elisa a observava de longe, a loira tinha uma expressão lívida. A morena parou, respirou fundo e passou as mãos pelos cabelos, olhou para a loira sentada e então deu um sorriso triste antes de falar:

- Eu... Eu preciso ir a um lugar.

- Tudo bem, tome o seu tempo. – Elisa respondeu. – Esperarei até que volte a confiar em mim.

- Eu co-confio em você. – Elisa sorriu tristemente negando com a cabeça – Eu só preciso assimilar todas essas informações.

- Não, você está duvidando da minha palavra neste exato momento. – a loira se levantou – Você está me olhando como todos me olhavam na escola... Como se eu fosse à filha de um assassino. – Giulia abriu e fechou a boca, mas não conseguiu responder – Assim como seus tios, você acredita que fora meu pai quem causou a morte dos seus pais. Sinto dizer-lhe, Promotora, mas vocês estão errados.

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