Em algum lugar da Carolina do Norte
Três meses haviam se passado, a primavera ficava no lugar do frio e aos poucos, tudo que vinha da natureza crescia e vingava. Bia S.t Rosário estava em mais uma manhã cuidando do cemitério, esperando que seu primo em algum momento aparecesse.
Desde a última visita de Lucien, há 11 semanas atrás, ela não tinha noticias dele. Não contava que viessem a se falar, mas também desejava que uma vez que ele sabia de sua existência, esse tentasse falar com ela ás vezes. Mas parte dela sabia que era um engano pensar isso. Lucien era um Vamp livre, gostava de viver sua imortalidade, com certeza já havia esquecido dela.
Ela se lembrava plenamente da despedida...
***
- Você voltará algum dia? - Perguntou ela, descobrindo que odiava despedidas.
- Talvez. Eu não entendo você prima. O que a prende a esse lugar? Dá para ver através do brilho dos seus olhos violetas que você não é feliz aqui. Venha comigo. Por favor. - Pedia ele, segurando sua mão, desejando que ela se convence-se.
- Desculpe, não vejo um propósito nisso. - Ela soltou sua mão da dele, cruzando os braços.
- Tudo bem. Até um dia, se eu viver... - Disse ele, dando um abraço forte nela, soltou-a e foi direto para o carro que estava parado a frente deles na estrada.
O Vamp entrou no carro, baixou o vidro, colocou seus óculos escuros e ligou o motor, partindo estrada a fora. Para trás, ele deixava a poeira e uma prima aos prantos segurando seu melhor amigo no colo, seu gato, o Frango.
***
Hibrida Vamp- Sepht estava passeando pelo jardim do cemitério. Ela se sentia vazia morando ali, porém não negava que parte dela era atraída por esse lugar. Conforme ela caminhava, seu vestido preto balançava os babados com seus movimentos. Em sua mente, ela tentava não pensar em seu primo e nem no fato dele te-la enrolado e não ter dito logo a verdade. Ele sabia de algo isso com certeza e infelizmente, não era boa coisa. Caso contrário, porque esconderia a verdade?
Em sua mente, ela cantarolava o refrão de uma música que há muito tempo não ouvia, porém gostava muito. Frango a acompanhava, andando um pouco á sua frente.
Chegando na casinha de ferramentas, ela abriu o cadeado e começou a por a mão na masa. Pegou o carrinho de mão, sacos de terras e jogou em cima. Pegou um pequeno cesto de madeira com ferramentas, sendo elas uma pá, luvas e saquinhos de sementes com nomes nas etiquetas. Pegou uma pá grande e um Rastel, para as folhas secas. Arrumou tudo no carrinho e saiu da casinha, rumo á reforma do jardim.
Chegando ao primeiro túmulo, ela pegou o rastel e juntou as folhas secas acumuladas. A primavera tinha chegado há poucos dias e agora ela poderia plantar flores e dar um pouco de vida ao seu lar, inclusive aquele Cemitério que se tornara parte de sua casa também.
O dia passou rápido, ela já tinha limpado todo o pátio, os túmulos e placas dali. Plantou algumas rosas em espaços onde jogou terra e regou. Bia estava toda suada e suja, mas nem ligava. Dali ha nada tomaria um banho e tudo iria embora. Ela só queria terminar e esperar os dias passar para ver seu lar cheio de rosas vermelhas.
Enquanto ela limpava, Frango ficava brincando com os montes de folhas, fazendo maior bagunça. Ao ver seu amigo feliz, ela sentiu um pouco de ciume e queria gritar com ele por destruir seu trabalho, porém ela percebeu que seria muita maldade fazer isso com o gato.
- Miauuuuuuuuu! - Miou Frango, virando a cabeça para ela, tentando ler sua dona.
- Vamos brincar! - Disse ela sorrindo e se jogando em um monte enorme de folhas que davam duas dela.
Os dois se jogavam, Bia fazia carinho em Frango e jogava folhas para ele que pulava para pega-las com as patinhas. Foi um momento divertido de descontração. No meio das folhas, seu cabelo roxo escuro que era liso, ficou bagunçado, seu vestido rodado na altura dos joelhos estava todo amassado,sujo de sujeira e terra, mas ela nem ligava.
- Olá priminha. - Sorriu Lucien, surgindo do nada, aplaudindo a brincadeira dela.
- Primo! - A garota se levantou depressa, pulando dele para abraça-lo. O Vamp correspondeu abraçando-a, tirando algumas folhinhas pequenas que se misturaram na cabeleira roxa.
- Você está muito, bem. Atrapalho? - Pergunta ele.
- Não! De modo algum, já tinha acabado mesmo. - Disse ela se soltando dele, pegando seu amiguinho no colo que ronronava bravo para Lucien, eles tinham um histórico de desentendimento.
Os dois acabaram de ensacar as folhas nos sacos de lixos que Bia buscará na casinha de ferramentas. Guardaram tudo, fecharam e seguiram para o tumulo onde era a casa de Bia. Pelo caminho, ela falava sem parar. Sobre como amava a primavera, falava que frequentava o café onde ele á levou da outra vez com bastante frequência. Que ia muito na cidade de Kernersville e que ia na biblioteca. Ela demonstrava sua inquietação e o Vamp percebeu que ela estava ansiosa. Ele a deixou falar sem parar, porque era preciso que ela se acalma-se para ele dizer o porque estava ali.
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Intrínseca
VampireEm uma pequena cidade da Carolina do norte, uma Hibrida Vamp-Sepht vivia isoladamente e solitária com seu amigo Frango. Bia possuí características próprias além do vampirismo, seu cabelo era naturalmente roxo assim como os olhos eram Viole...