Capítulo 2

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Antes

          Era uma vez, uma pequena cidade chamada de Rosário no Rio Grande do Sul, Brasil. Um poderoso Vamp chamado Romerro Romullo que atormentava a todos da redondeza. Ele era orgulhoso e maléfico. Naquela pequena cidade, ele dominava os moradores pelo seu apetite interminável de poder e vingança. As bruxas que por ali viviam, fugiram em busca de outra cidade para comandar e tacar o terror, chegando ao Desterro.
         O Vamp era temido por todos! O próprio era ignorado pelo Diabo. As famílias eram atormentadas de todas as formas. Perdiam seus entes queridos pela sede de sangue do Vamp, alguns por seus filhos primogênitos baterem de frente com Romerro, e outros tantos por mera diversão Vampiresca.
        Haviam boatos que arrepiavam qualquer valentão , inclusive de que o Vamp possuía uma sala secreta em seu castelo somente para torturar a quem lhe enfrentasse. Supostamente, nessa sala tinha um caixão que servia apenas para o sufocamento. Mesas cirúrgicas com instrumentos capazes de ferir meticulosamente e de fazer barbáries. Ele também tinham em posses , objetos místicos como " A Caneta de Thayunamme" (Tem o poder de revelar segredos ocultos e verdadeiros temores) e a "Pedra da Morte" (aquela cujo poder está exclusivamente voltar a vida de quem já partiu dessa para melhor).

-E porque Diabos ele livraria o seu vigário da morte, hein homem? - Perguntou um dos moradores ao amigo que contava a história.
-Ora seu jumento! Para voltar a vida é continuar sofrendo até a morte. Assim morrer e viver sofrer a morte que nunca iria lhe livrar do sofrimento!
-Isso faz sentido. - Concordou ele com o amigo pescador.

      Mas um grupo de bruxa que por ali se escondeu, estavam indignadas por perder o território e decidiram fazer um ritual ao Diabo lhe pedindo arrego por aquela criatura. Então, depois de separar os elementos e fazer a tal prece, o Diabo lhes surge à fronte do Rio Santa Maria , e lhes perguntam:

- Porque me convocas, Oh criatura?
- Por condolências lhes suplicamos mestre, o Vamp que nos oportuna a redondeza tem demasiado poder. Poderás levá-lo com vós ao seu destino que lhe é mérito? - Pede a Bruxa beijando o rabo do Diabo orgulhoso.
-Há! Nem por mil almas! HiHi. - Riu alto o chifrudo com desdém da infeliz bruxa que lhe suplica.
- Nem mesmo pela alma de todo povo nativo de Rosário? - Pergunta lhe a outra bruxa ajoelhando-se as patas do Capiroto.
- Irá ! Não, aqui não lhe há abrigo! Co' a breca este tinhoso, aqui ele não ficará. Não enquanto este inferno , eu dominar! - Gritou o Diabo raivoso, batendo o rabo comprido nas pernas das bruxas que pularam para o evitar. Esse sumiu no fogo e o cheiro do enxofre dominou o ar que cercava o ritual.

-Desgraça ! Oh Inferno! - Gritou a bruxa que usava um chapéu horrendo.
- Se nem o Diabo lhe quer, como podemos deles nos livrar? -Perguntou a bruxa mais rechonchuda as outras colegas.
- Só tem um jeito. Nos unir ao povo, e com eles , fazer uma grande armadilha! - Arrancou o dente de um rato que matou para o rito e o fincou o dente no chão.
- Co'a Breca! - Pasma, a terceira bruxa levou a mão à boca.
- Terá que ser assim. - Declarou a primeira bruxa infeliz por se juntar aos nativos.
- Assim será ! Hahaha! - Riram com desdém do seu plano que pretendia ter sucesso.

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