Capítulo 4

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- Fotos sobre música? – Emília pergunta.

- É. – Dou risada. – Achei engraçado quando eu vi. Tantos temas e peguei justo esse...

- Megan eu não sei da história toda, lembra?

- Verdade. Então sabe na festa? – Ela assentiu. – Connor, o que você me empurrou pra cima, toca bateria. – Digo.

- Não pode ser! – Exclama. – Acho isso tão sexy...

- Bateristas?

- Também, mas me refiro ao romance proibido entre vocês...- Sorri maliciosa.

- Não temos nenhum romance. Peter é meu namorado. – Falo e ela faz cara feia. – Você não gosta dele né?

- Nem um pouco. Mas você que sabe de quem gosta, então eu apenas opino. – Dá de ombros. – Já falou com o Connor sobre o trabalho? – Pede.

- Ainda não. Faz três dias que a professora deu o trabalho...

- Fala logo com ele Megan! – Ela me encara. – Aí se faz o seguinte, diz que quer só ele e a bateria entendeu?

- Ah meu deus! Tá querendo que ele fique pelado é? – Peço rindo.

- Claro, aí se você precisar de uma ajudante, eu estou disponível...

- Você não tem limites.

- Eu apenas me divirto e você deveria fazer o mesmo. – Me encara. – Liga pra ele logo. Vai.

- Tá, se vai fazer você feliz, eu ligo.

- Amém!

- Baquetinha a que devo a honra?

- Você com essa mania de apelidos estranhos...

- Você que me ameaçou.

- Não foi você que eu ameacei. Foram suas...

- Baquetas. Exato. Vai me dizer porque ligou?

- Eu tenho um trabalho para fazer e...

- E...

- Tem a ver com música e eu pensei, olha que legal, Connor toca bateria, porque não?

- Megan quer você e sem roupas.

- Emília! Cala a boca. Não dê ouvidos.

- Tá legal então. Quer que eu use o que?

- Tanto faz, posso ir aí?

- Claro. É só subir.

- Okay, chego aí em vinte minutos.

- Beleza. Até logo.

- Você tinha que gritar né?

- Ah eu gosto de fazer você passar vergonha. É divertido, você ficou toda vermelha. – Ri.

- Talvez porque eu vou encontrar ele agora? – A encaro.

- Uh, onde você vai?

- No hotel em que ele está hospedado. – Respondo.

- E deixa eu adivinhar, você sabe onde é o quarto...- Segura meus ombros.

- Pior que sei. – Ri.

- Nossa eu queria ir junto só pra ver vocês, porém não quero atrapalhar o ensaio então aproveite, estarão só vocês dois. – Pisca.

- Emília...você é doida.

Estou parada na frente do hotel com minha câmera. Acho que não foi uma boa ideia vir até aqui. Entro devagar no hall de entrada e vou para as escadas. Paro em frente a porta do quarto dele, dou duas batidas de leve.

- Entra. – Ouço a voz abafada. Abro devagar a porta e vejo o quarto que desta vez estava um pouco desorganizado, procuro Connor dentro do quarto e quando o vejo perto da janela sem camisa sinto meu rosto esquentar.

- Então. – Pigarreio.

- Falta só uma coisinha. – Ele veste uma camiseta preta. – Pronto. Seu muso inspirador.

- Claro. – Rio. – Onde vamos então?

- Siga-me.

Caminhamos pelo hotel e vamos dando algumas voltas, esse lugar é enorme! Logo chegamos em uma espécie de sala e logo avisto a bateria dele. Arrumo minha câmera enquanto isso ele ajeita algumas coisas e eu já tiro algumas fotos.

- Umas fotos espontâneas não matam ninguém. – Digo e ele sorri.

- Quer que eu faça o que? – Pede.

- Faz o que você geralmente faria quando está aqui.

- Ok. – Ele começa a tocar um pouco e tiro algumas fotos. Vou bem perto dele e outras vezes longe, exploro todos os ângulos possíveis. O ensaio começa a fluir naturalmente e quando me dou conta estou mais próxima dele desta vez. Ele para de tocar e percebo que está ofegante, também tocando bateria se mexe demais! – Isso deve cansar, não é?

- Um pouco...

- Que tal uma pausa?

- Pode ser. – Ele sai da bateria e se senta em um dos pufs que tinha ali, eu faço o mesmo. – Posso ver uma prévia das fotos ou não?

- Claro que pode. – Pego a câmera e mostro algumas delas. – Eu adorei essa.

- Ficaram realmente muito boas, você leva jeito pra isso. – Sorri.

- Obrigada, e obrigada por aceitar. – Digo. – Eu realmente não saberia o que fazer, quando eu vi qual era meu tema você logo veio a minha mente.

- Bom saber disso. – Diz. – Como estão as coisas com o Peter?

- Estão indo. Ele se arrependeu muito, sei disso, mas ele ainda me preocupa. – Dou de ombros. – Acho que a vinda para cá deixou ele assim...

- Pode ser.

- E você o que anda fazendo? – Peço.

- Ensaiando, sendo fotografado...- Sorri. – Hoje à noite tem show e depois vamos ir pro Rio.

- Wow, você não para em um lugar só, não é? – Ele assente.

- Mas é bom, assim você acaba conhecendo lugares novos. Só tem uma coisa nisso tudo que não é bom...

- E qual é?

- Quando você tem um motivo para ficar. – Ele se inclina para a frente ficando a centímetros do meu rosto, a respiração dele é lenta, ao contrário da minha. Ele segura meu rosto com uma de suas mãos e então me beija profundamente, um arrepio percorre meu corpo devido ao seu toque. Me deixo levar pelo calor do momento e esqueço do resto do mundo. Somos só nós dois agora, mais ninguém. Puxo ele para mais perto de mim, é como se ainda houvesse algo nos separando. Sinto algo diferente e isso me assusta, nos separamos por falta de ar. Deixo meus olhos fechados, pois se isso for apenas um sonho, não quero acordar.

AcasoWhere stories live. Discover now