Capítulo 10

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- Tive uma ideia....

- Qual?

- Vou levar você para jantar fora hoje. – Diz. – Para comemorar. O que acha?

- Por mim pode ser.

- Ótimo. Já sei até onde vamos. – Ele fala feliz.

- Ei, eu vou comprar alguns presentes, aproveitar que estou aqui. Emília me mata se eu não levar algo para ela. – Falo. – Assim aproveito e compro uma roupa para hoje à noite...

- Tudo bem, vou fazer os preparativos. – Diz. – Não se perca...

- Não vou. – Rio.

- Acha que até as 19:30 você está pronta? – Pede.

- Sim, vou voltar um pouco antes para me arrumar...nos vemos mais tarde formigão. – Digo e ele faz careta.

Caminho pelas ruas e encontro diversas lojas. Muitas pessoas caminham cheias de sacolas, tem centenas delas! Entro um uma loja de roupas e procuro uma blusa para Emília, acabo escolhendo uma da cor vermelha, a cor predileta dela. Depois vou até uma loja onde vendem artesanatos com alguns enfeites dos pontos turísticos, compro dois, para levar aos meus pais nas férias.

Decido fazer uma pausa e aproveito para beber um suco de laranja. As horas passaram voando e já são três da tarde. Logo volto a caminhar e encontro uma loja de instrumentos musicais, perfeito! Entro e compro duas baquetas e mando escrever formigão em uma delas e na outra o desenho de uma formiga. Depois de todos presentes comprados vou comprar a minha roupa. Vou em uma loja que fica quase no final da rua, assim que entro dou de cara com centenas de araras cheias de vestidos. Todos separados por tons de cor! O dono ou dona deve ser do signo de virgem...

Vou direto nas araras com vestidos da cor azul escuro. Escolho um com alças finas, a parte de cima é bem justa e a saia é bem leve. Vou até o provador e vejo que acertei de primeira. O tom de azul fica incrível em mim.

Quando volto para o hotel vejo que cheguei antes de Connor, ainda bem. Largo as sacolas de presentes e vou para o banheiro. Vou para baixo do chuveiro e tomo um banho bem relaxante. Olho o aroma do sabonete e vou cheirar a lavanda, eu amo demais. Lavo meus cabelos e fico me enrolando, logo ouço a porta do quarto de abrir e fechar em seguida.

- Já voltou? – Connor grita do quarto.

- Sim, cheguei tem alguns minutos. – Desligo o chuveiro e me enrolo na toalha.

- Fez muitas compras? – Pede abrindo um pedaço da porta do banheiro.

- Algumas. – Digo. – Ei, não vale espiar aqui dentro.

- Ontem era eu de toalha, hoje é você. – Ri.

- Nem vem. – Falo segurando a toalha ao redor do meu corpo. Vai que essa coisa cai? Meus cabelos estão pingando e molhando metade do chão. Connor tira a camiseta e fico encarando ele tirar a roupa.

- Que olhar penetrante. – Ele ri.

- Bom você que está tirando a roupa. – Dou de ombros. Ele me olha com um olhar malicioso e balança a cabeça, tento pensar em qualquer outra coisa para me distrair, era mais fácil eu sair dali mas parece que meus pés estão fixados no chão. Connor passa do meu lado a abre o box do chuveiro, estou de costas para ele, apenas ouvindo o que ele faz. – Então vou sair antes que todas suas roupas fiquem jogadas no chão...- Digo. Caminho devagar até a porta e antes de sair consigo ouvir uma risada vindo dele.

Visto uma roupa qualquer e começo a secar meus cabelos. Faça umas ondas nele e então vou para a maquiagem básica: rímel, lápis e delineador. E por último um batom vermelho. Conn sai do banheiro e procura uma roupa para vestir. Pego minha sacola com o vestido e me tranco no banheiro. Só saio dali pronta.

- Estou pronto...- Ele avisa.

- Já vou. – Digo. Destranco a porta e saio para pegar minha sandália e a bolsa com as baquetas de presente. Consigo sentir os olhos dele sobre mim.

- Você está linda. – Ele suspira.

- Você também está lindo. – Digo. Seguro no braço dele que nem nos filmes antigos e seguimos para o restaurante.

- Tenho um presente para você. – Digo assim que comemos a sobremesa. Abro minha bolsa e tiro o pequeno pacote. – Me prometa que vai usar...

Ele abre o pacote e logo vê as duas baquetas e abre um sorriso ao ver o que está escrito em cada uma delas.

- Só você mesmo né. – Ele diz. – Obrigado, vou usar sim. Só que você não é a única que dá presentes...demorou um tempão para encontrar o que mais combinasse com você, mas valeu a pena. Ele tira de dentro da jaqueta dele uma pequena caixinha preta. – É um anel de compromisso...- Conn abre a caixa e dentro tem um anel com uma pequena pedrinha da cor rosê. Ele a coloca em meu dedo e dá um beijo.

- Obrigada. Você é incrível...

Nosso tempo juntos passou voando, quando me dei conta já estávamos no avião para voltar para São Paulo. Eu estava um pouco triste, pois Connor não ia ficar muito tempo, mas sei que cada minuto ao lado dele lá em Petrópolis valeu cada segundo. Ele acabou convidando Emília e eu para irmos ao show no dia seguinte.

- Você não quer entrar mesmo? – Pergunto. Estamos na frente da casa de Emília. Tudo parece bem calmo por aqui.

- Eu até entraria, mas preciso mesmo ir. – Diz. – Me procura no show amanhã...

- Tudo bem. Vou aproveitar e dormir bastante. – Digo e ele ri.

- Vai me dizer que você não descansou nesses últimos dias?

- Sim, mas foi diferente. – Rimos. – Nos vemos amanhã. – Me inclino e dou um beijo rápido nele. Pego a minha mochila e saio do carro. Quando chego na frente da porta Emília a abre e sorri. – Você estava me espionando?

- Um pouco. – Ri. – Vem entra, senti sua falta. – Ela me abraça.

- Também senti sua falta.

- Ei, o que é isso no seu dedo? – Ele pega minha mão e passa o dedo em cima do anel.

- Bem...- Mordo o lábio inferior.

- Me conta tudo!

AcasoWhere stories live. Discover now