Na hora de dormir eu me sinto um pouco estranha, vou dividir a cama com ele. Para variar Emília colocou meu pijama azul curto, que parecia bem mais curto agora. Saio do banheiro pronta para dormir e assim que saio, vejo Connor deitado e coberto até a cintura. Espero que ele não esteja pelado. Afinal cada um dorme como preferir.
- Uau, belo pijama. – Ri.
- Há há há...- Mostro a língua para ele. – Tem espaço aí?
- Claro. – Ele se mexe e puxa a coberta. – Estou de bermuda caso você tenha pensando em alguma coisa.
- Não pensei em nada. – Digo.
- Sei...- Ele me encara. Ele desliga a luz e fico encarando o teto do quarto. Me viro para o lado e Connor está me encarando. – Boa noite baquetinha...- Ele dá um beijo na minha testa.
- Boa noite Conn. – Sorrio. Me viro de costas para ele e sinto Connor chegando mais perto, a mão dele passa pela minha cintura e ele me envolve. – Sem mão boba...
- Não prometo nada. – Ri.
Na manhã seguinte, o sol ilumina o interior do quarto, abro meus olhos devagar para me acostumar com a claridade. Logo me dou conta que estou deitada com a cabeça no peito de Connor. Ele fica fofo dormindo. Fico encarando ele e logo vejo que está acordando. Assim que me vê ele sorri.
- Bom dia. – Fala com a voz rouca.
- Bom dia. – Sorrio.
- Estava me vendo dormir? – Pede.
- Só um pouquinho. – Digo.
- Preparada para a aventura de hoje? – Ele passa a mão nos meus cabelos.
- Sempre estou preparada. – Falo e ele ri. – Mas antes preciso de comida. – Me sento na cama e me espreguiço. Saio da cama e vou até o banheiro para lavar meu rosto. Connor me segue e fica me observando na porta. – Vai ficar me perseguindo?
- Talvez. – Ri. – Você fica uma graça com a cara toda amassada.
- Isso é um sinal de que eu dormi muito bem. – O encaro.
- Obvio, você dormiu comigo. – Ele coloca a mão no peito. – Sou um ótimo travesseiro...
- Um pouco duro esse travesseiro, mas tudo bem. – Encosto meus dedos em suas costelas.
- Você está me assediando desse jeito. – Ele fala.
- Você que estava me assediando, ontem. – Disparo. – Só de toalha.
- Esse é só mais um dos meus truques para despertar a chama interior em você. – Ele fala isso bem perto do meu rosto, ele sabe que eu fico com vergonha, por isso faz isso. – Você fica tão bonitinha toda vermelha baquetinha...- Ele sorri.
Depois de toda brincadeira vamos tomar café da manhã. Pego uma xícara enorme de café, um bolinho e três morangos. Connor também pega uma xícara de café, dois bolinhos e uma torrada. Nos sentamos em uma mesa que fica na janela, o dia está muito ensolarado, sem nenhuma nuvem no céu.
- Açúcar? – Pergunta.
- Não. Eu aprendi a tomar café sem. – Digo e ele faz uma careta.
- Você tem um gosto peculiar então...
- Não diria peculiar. – Rio. – Gosto de sentir o sabor do café. Já você....
- Nem venha reclamar das minhas duas colheres. – Ele diz. – Já tentei para, mas é mais forte que eu e bem, eu adoro doce.
- Legal estou com um formigão. – Começo a rir.
- Coma seus morangos. – Diz.
- Ótimo, vou te irritar o resto do dia...formigão. – Digo e ele joga um pedaço do bolinho em mim. – Ei, pare de desperdiçar comida.
- Você mereceu levar esse bolinho. – Fala.
Carrego minha câmera por onde vou e realmente, Petrópolis é linda. Visitamos o Palácio de Cristal, me apaixonei por esse lugar. Vitrais azuis e transparente decoram o local. Vejo que Conn está distraído e tiro uma foto dele sem saber. Ele fica tão lindo quando para, para observar as coisas ao seu redor. Chego perto dele e mostro a minha foto que tirei dele.
- Olha só. – Mostro. – Você fica tão sexy com seu olhar distante.
- Obrigado. – Ri. – Sou sexy por natureza. Podemos seguir para o próximo lugar?
- Claro. Onde vamos? – Peço. Começamos a caminhar devagar, ele quer fazer mistério e estou morrendo de curiosidade. Entre nossos passos calmos, sua mão procura a minha e então entrelaçamos os dedos. Logo chegamos em uma praça e paramos em baixo de um pergolado.
- Estamos na Praça da Liberdade...- Sorri.
- É linda. – Suspiro. – Adorei o nome...
- Sabe tem um motivo para eu ter trazido você aqui. – Conn me olha.
- Posso saber qual é? – Peço receosa.
- Percebi que você mudou. – Diz. – Mas para melhor. O que quero dizer é que você conquistou sua liberdade. Na exposição, percebi que você tem um talento incrível para suas fotografias. Megan você pode conquistar o mundo inteiro se você quiser. – Ele mostra a praça ao nosso redor. – E quando eu vi você de novo, senti que tinha algo diferente, em nós dois. – Ele chega mais perto de mim. – Eu não acredito muito no destino, mas quando você quase me atropelou no aeroporto, eu acreditei nele por uma fração de segundo...
- E você continua acreditando? – Peço olhando no fundo dos olhos dele. Parece que consigo sentir uma energia enorme irradiando de nós dois.
- Sim, continuo acreditando. – Diz. – Sei que você é independente, mas eu pensei, e pensei muito mesmo...- Ri. Percebo que ele está nervoso. – O que você acha de sermos independentes juntos?
- Você...é...está me pedindo em...- Não termino a frase. Fico chocada com tudo que ele acabou de dizer.
- Calma, não é em casamento. – Ele solta uma risada. – É apenas em namoro. E então, você aceita baquetinha?
- Claro que aceito. – Pulo nos braços dele. Connor me aperta com força, o perfume dele invade meu nariz, ele tem um cheiro tão bom. Estamos exalando amor, penso. Fico abraçada nele por um tempo, depois ele me puxa para um beijo. Um beijo tão mágico que me sinto nas nuvens, cada vez voamos mais e mais alto.
Estou me entregando de corpo, alma e coração.