Capítulo 8

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Depois da exposição fomos direto para o aeroporto. A mochila de Emília na verdade era minha com minhas roupas dentro. Vamos para o Rio de Janeiro e quando chegarmos lá, vamos de carro até Petrópolis. Nem acredito que Connor bolou tudo isso, só para ficarmos juntos. Valeu a pena ter ficado sem ele durante um tempo afinal.

- O que me diz disso tudo? – Pede.

- Eu amei. – Sorrio. – Então você planejou essa viagem sozinho?

- Claro, como você sabe, tive uma ajuda da Emília em algumas coisas...

- Em um dia pensei que nós dois não íamos mais se ver. – Encaro ele. – Eu queria te ligar, mas no fim nem fiz, acho que talvez por medo.

- Medo de que? – Ele arruma uma mexa do meu cabelo que caiu no meu rosto e a coloca atrás da orelha.

- Me entregar para outra pessoa. – Falo e percebo que os olhos dele brilham.

- A propósito, gostei muito das suas fotos. Ficaram lindas.

- Obrigada. Dei o meu melhor para esse projeto. Não vejo a hora de me formar e ter meu próprio estúdio cheio de câmeras e lentes...

- Se precisar de um modelo, estou sempre à disposição. Para qualquer tipo de foto. – Pisca.

- Senti um tom de malícia na última frase...- Encaro ele.

- Eu não falei nada.- Dá de ombros e ri.

- Ainda bem que tenho minha câmera comigo...

- Você pode tirar muitas fotos dos lugares. Pensei que você fosse gostar de Petrópolis e espero que eu tenha acertado.

- Acho que vai sim, não se preocupe. – Digo.

Depois que saímos do avião vamos até o estacionamento e então pegamos o carro e vamos até nosso próximo destino. Ligo o rádio do carro e procuro uma boa estação. Admiro a paisagem pela janela e consigo sentir os olhos de Connor em mim.

- Nunca saí de Gramado e olha eu aqui. – Falo. – Meus pais não acreditariam nisso...

- Nossa você vem de longe então...

- Sim, acho que nunca paramos para conversar sobre nossas vidas. – Vejo ele dirigindo, tão concentrado...

- Verdade. Bom vamos estar apenas nós dois, podemos aproveitar esses dias. – Diz.

- Concordo.

Assim que chegamos no hotel que parecia um chalé de tão fofo, Connor vai até a recepção pegar as chaves. Fico olhando a decoração do hall de entrada e ele logo volta.

- Então...- Começa. – Espero que não se importe. – Mostra a chave na mão. Uma só. Meu corpo se arrepia, dividir um quarto, com Connor. Emília diria mil coisas sobre isso, coisas impuras...

- Por mim, não faz mal. – Digo baixo. Ele sorri e então vamos para as escadas. Dois lances depois e então chegamos na porta do nosso quarto. Connor destranca a porta e entra, vou logo em seguida. O quarto é muito aconchegante, tem uma janela enorme com uma vista incrível, um armário para guardar as roupas, um banheiro muito fofo e no meio do quarto tem uma cama gigantesca. – Estar aqui é como estar em casa...- Olho para ele e sorrio.

- Ufa, eu demorei para chegar em um consenso a qual lugar iríamos. – Larga sua mochila no chão, faço o mesmo com a minha.

- Preciso tirar essa roupa. Não é nada confortável viajar desse jeito. – Digo.

AcasoWhere stories live. Discover now