Luz

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Na manhã seguinte, Patrick levou Clara até a clinica e esperou até que ela terminasse os exames de sangue, o médico disse que até o mais tardar no dia seguinte ele estaria com o resultado. Clara estava com um pressentimento sobre tudo aquilo, mas achou melhor esperar uma confirmação médica, não queria criar e nem dar falsas noticias para Patrick porque sabia que ele esperava muito por aquilo, ela queria falar só se tivesse certeza, não achava justo criar expectativas no marido e no final não ser nada.

O dia seguiu de maneira aconchegante, Patrick trabalharia em casa e ela teria a companhia do filho e do marido o dia inteiro, Tomaz pediu para que o levassem , se possível, para ver seu cachorro (Cacau) que ainda estava com o avô, Clara pensou em trazer o animal pra a casa deles, mas ainda não tinha certeza se o faria, uma vez que ele já tinha se acostumado a viver solto no quintal da casa de Dona Mercedes.

Depois de almoçarem, Patrick pegou seu carro e foram até o avô de Clara.

A família nem tinha passado direito pela porta da casa humilde, mas já conseguiam escutar uma voz os chamando na cozinha.

- Podem entrar, podem entrar. Já tem bolinho de chuva esperando por vocês aqui. - Disse Dona Mercedes.

Encontraram uma Dona Mercedes muito animada enquanto arrumava a mesa para receber a família.

- Oba, bolinho de chuva! Oie, Dona Mercedes, estava com saudades da senhora! - Cumprimentou animadamente Tomaz.

- Oie filho, me dá um abraço que também estava com saudades de você. - A senhora abraça o garoto de maneira carinhosa, aquele tipo de abraço que só uma avó cheia de amor poderia dar, mesmo não tendo o mesmo sangue, esse era o tipo de relacionamento que os dois tinham, finalmente Tomaz podia experimentar como era ter uma avó "digna", já que não teve esse tipo de experiência de afeto com Sophia. - Teu cachorro tá te esperando lá fora.

- Minha neta e meu bisneto tão aqui em casa! Vem dá um abraço no teu vô, Tomaz. – Josefá abraça o garoto e o levanta do chão, Tomaz ri com a situação e retribui com um abraço forte.

- Eita! Daqui a poco esse menino tá mais forte que eu. - Brinca o homem e Tomaz exibe os "músculos" orgulhosamente, mas depois ri porque saber que não tem nada ali para ser mostrado.

- Posso ir brincar com o Cacau, mãe?

- Vai, meu filho. Ele já deve tá louco te esperando lá fora, do jeito que ele é esperto certeza que escutou tua voz lá do quintal. - O garoto passa correndo e saiu para encontrar o cachorro.

Josefá vai até Clara e Patrick e os cumprimenta animadamente.

– Sempre bom quando vocês lembram desses velhos aqui - Ele aponta para si mesmo e Mercedes - E vem visitar a gente. Cês tão bem?

- Ai, vô. - Clara deu um pequeno sorriso ao perceber o leve tom de drama feito pelo homem. - O senhor tem razão, a gente poderia vir mais aqui, agora que a mina está cada vez dando melhores resultados, quase sempre tô aqui vistoriando a situação, prometo que vou aproveitar pra passar aqui e dar uns beijos em vocês.

Clara abraça o avô e Dona Mercedes pelos ombros e dá um beijo no rosto de cada um, o casal fica um pouco vermelho, mas aceitam de coração aperto o carinho que receberam.

- Estamos muito bem, Sr. Josefá. O motivo da nossa visita sem avisar é que Tomaz queria ver vocês e o Cacau, então conseguimos vir hoje, com meu escritório aqui em Palmas consigo ter horários mais flexíveis, também prometo aparecer mais por aqui, mas só se a Dona Mercedes continuar me recebendo sempre com uma guloseima.

- Vou meu filho, pode vir que as portas da nossa casa estarão sempre abertas.

- Cadê a Cleu e o Xodó? – Perguntou Clara.

AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora