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— Filha, você já está descendo? — minha mãe grita da cozinha

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Filha, você já está descendo? — minha mãe grita da cozinha. Eu já estou colocando a mochila nas costas.

— Já pode ir colocando meu prato na mesa!

Bem que os meus pais poderiam me dar de presente de faltar a escola hoje. Afinal, é o meu aniversário de 16 anos. Só que como pessoas responsáveis que são, estou eu já arrumada e preparada para ir a aula.

Belo presente de aniversário esse meu. Tanto dia para voltar a rotina da escola, e acabou por cair logo no dia de hoje! Mas se bem que com o alvoroço de reencontrar muita gente depois das férias de inverno, provavelmente vou escapar de receber abraços falsos e felicitações vazias.

Mas dos três melhores amigos, Sarah, Lucas e Adam, com certeza, vou receber toda a sinceridade e sentimentos que eles têm pra me dar.

Provavelmente o pessoal da equipe de natação prepararia algo pra mim também. Eu não tenho tanta intimidade com eles, mas, mesmo assim, gosto muito de todos ali.

Morar numa cidade pequena, onde quase todos ali se conhecem tem as suas vantagens. Certas liberdades que não teria nunca se estivesse numa cidade grande e populosa. Também tem suas desvantagens, mas não posso reclamar de nada na minha vida.

Filha única, sempre tive o carinho dos meus pais, além do carinho e atenção que a minha avó sempre deu. Tenho um bom relacionamento com boa parte das pessoas da minha idade, e mesmo não sendo a rainha da popularidade, eu estou satisfeita com a quantidade de amigos e conhecidos amistosos que possuo no meu círculo.

Ajusto o rabo que cavalo que tinha feito nos meus cabelos escuros e dou uma pequena olhada no espelho antes de ir para a cozinha. Recebo uma mensagem do Lucas, já me desejando um feliz aniversário e dizendo que passaria na casa da Sarah no horário de sempre.

Minha amiga tinha me ligado de madrugada. Só o Adam que ainda não tinha dado sinal de vida. E era de quem eu mais queria receber um feliz aniversário, já que assumi a queda monstruosa que eu tenho nele há um tempo.

Resolvi colocar o meu melhor sorriso e entro na cozinha para falar com os meus pais.

— Bom dia pais maravilhosos! — meu pai estava lendo o jornal recostado na cadeira da cozinha e minha mãe estava mexendo em alguma coisa no fogão.

— Vem aqui filha, deixa a sua mãe te dar um beijo e abraço de aniversário! — ela vira na minha direção e abre os braços, e eu vou na sua direção, aumentando o meu sorriso. Ela me aperta com força, quase me deixando sem fôlego.

— Quer matar a sua filha? — digo rindo e ela afrouxou o aperto.

— Deixa de exagero, querida. É só que eu estou tão feliz. Você está se tornando uma mulher! — ela volta a me apertar e eu apenas soltei uma gargalhada.

— Obrigada mãe!

— Meu amor, deixa um pedacinho dela pra mim também! — meu pai diz, e então me puxa para um abraço também, só que não era tão apertado quanto o da minha mãe.

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