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⚜ Edith ⚜

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Edith


Claro que a minha presença ali era bem justificável. Não seria surpresa para ninguém quando me vissem ali, para resgatar a minha neta que foi capturada. E a quantidade de força que estou utilizando é compatível com a situação. Não é sempre que eu me permito extravasar assim.

Só que mesmo assim, nossos números não são suficientes para segurar os reforços por muito mais tempo.

É quase impossível analisar com o cuidado necessário o perigo que se aproxima, então, apenas o jogo para longe usando a força de uma maneira brutal, e espero que a Megan e o restante deles consigam utilizar as brechas para encontrar um caminho seguro.

A minha magia se choca com diversas desconhecidas e estou bem tranquila, até sinto meus raios percorrerem uma magia que me fez engolir em seco ao assimilar quem era.

Olho na direção e é com imenso choque que vejo minha neta ainda voando alto, caindo num lugar que não consegui ver bem dentro das defesas inimigas.

O que diabos ela estava fazendo com o uniforme dos guardas?

E quando vejo outro guarda, com a fisionomia parecida com a do Adam, correndo perpendicularmente ao fluxo de batalha, sei que algo está bem errado. Vou avançando como consigo em meio a batalha e vejo quando a amiga da Megan passa correndo por mim, escoltada por duas pessoas.

Estou perto o suficiente para ver aquela barreira de fogo e ar tão intensa, e meu coração afunda.

Sei que são os dois ali dentro somente pela quantidade de ataques que aquela barreira recebe antes de mostrar uma rachadura. Fico por perto para ajudá-los como eu puder. E ao ver aquele fogo apagando, faço o meu melhor para limpar o caminho para os dois.

Sinto-me mal por ser responsável pelos ferimentos dos dois, porém, posso sempre pedir desculpas depois, agora, temos mesmo é que sair daqui.

Agora que eu tenho meus olhos nos dois, não tenho mais por que conter os meus domínios, então não economizo mais nenhuma magia enquanto os dois se aproximam de mim. Peço desculpas assim que acho que ela consegue me ouvir, e quase quero soltar uma gargalhada aliviada enquanto ela faz uma piada sem a menor graça.

Dou um sinal para o nosso lado, informando que vamos começar a recuar, e quero muito deixar o cheiro de sangue e terra para trás. Precisamos cuidar dos feridos, contabilizar as nossas perdas e comemorar os nossos acertos.

Sinto um cheiro familiar nos acompanhar por todo o caminho, porém não diminuímos o passo e só quando tenho a certeza que não vamos mais conseguir seguir naquele ritmo, encontro um lugar calmo e reservado o suficiente para recuperarmos um pouco o fôlego.

— Descansem. Quem tiver ferido, cuide de seu ferimento. Se não puder fazer isso, peça para que alguém o faça. Partiremos em vinte minutos — falo alto o suficiente para que todos escutem.

Os Oito DomíniosOnde histórias criam vida. Descubra agora