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 — E onde eu entro nisso Martin? — pergunto, já sentindo a aflição penetrar

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E onde eu entro nisso Martin? — pergunto, já sentindo a aflição penetrar.

— Nós já dissemos, você é realeza. Uma descendente direta de Henry se apresentando em Nihal pode ser o necessário para acalmar os ânimos e evitar o pior.

— Só por ser realeza você acha que eles irão me escutar? Logo eu, apenas uma garota, que nunca nem colocou os pés em Nihal...

— Se eles não te escutarem por bem, você pode fazê-los te escutar à força!

— Nossa Martin... Não sei não. Minha vó disse que eu tenho que tomar cuidado com a exposição dos meus domínios, ainda não tenho pleno controle sob o meu domínio de mentes, e ela disse que se eu usar isso de qualquer jeito, as consequências podem ser terríveis. Eu nem tive coragem para perguntar quais seriam essas.

— Sei bem disso. Mas isso seria apenas a nossa última opção.

— As consequências por mais severas que possam ser, podem vir a ser um preço pequeno para se obter a paz e não ter essa queda de barreiras — Adam diz com uma voz sombria.

— Exatamente.

— E além da província do Metal e do Ar, ainda tem a adição da província do Fogo. Mas essa adição nessa aliança vai se dar de uma forma diferente... — Martin olha pra Adam que arregala os olhos e suga uma respiração cortada.

— E-eu tenho que ir — Adam diz e nem me dá tempo de fazer outra coisa além de receber um beijo seu em minha testa. — Nos falamos depois Meg!

Olho pro Martin inquisitivamente, mas ele apenas dá de ombros.

— Eu te encontro lá no meu quarto. Quero mais detalhes...

Entro em casa e meus pais estão adormecidos no sofá, com a televisão ligada. Acordo eles e digo que amanhã eu digo para eles como foi o baile. Digo que estou cansada e que vou dormir. Abro a janela do quarto para que o esquilo pule para dentro. Sento na cama, cruzando as pernas.

— Minha avó já está sabendo disso?

— Sim. Ela que me informou. Ela ouviu os rumores hoje, mas disse que falaria com você apenas depois do baile... Queria que você aproveitasse a noite.

Tento sorrir, mas já busco o celular dentro da bolsa. Disco o número dela, e depois de alguns toques ela atende, com sua voz calma.

— Boa noite minha querida. Como foi o baile?

— Boa noite vó. Foi maravilhoso. Eu me diverti bastante... Ah, e obrigada pelos brincos, eles são lindos!

— Não há de quê! Fico feliz que gostou!

— Mas vó a senhora já deve saber o motivo dessa ligação... Como assim, controle dos reinos? Guerras entre províncias? Barreiras mágicas? Explosões que acabariam o mundo? E eu no meio disso? Não vai dar certo... Eu só tenho 16 anos, e a minha diplomacia é pífia! Nem preciso lembrar que até uns meses atrás, a minha maior preocupação era que eu estava ficando maluca conversando com um esquilo! — olho pro lado e meu guardião já não é mais um esquilo, e sim o rapaz bonito que me estende a mão para me confortar com a conversa que vou ter agora. Eu aperto sua mão e me sinto imediatamente mais confiante.

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