Eu me sentei e assisti
enquanto a luz do meu sol te queimava
invadindo lentamente os seus poros
você estava em ponto de ebulição
fervia
e por fim
se desmanchava
bem na minha frente
Você se converteu em poeira
e se juntou à areia
vermelha
só mais um punhado de grãos
insignificantes
compondo o frágil solo da praia
indo das cinzas ao pó
até não restar quase nada
na minha garganta não se formou um nó
Eu sorri
e antes que o vento te levasse de mim
te segurei em minhas mãos
e com muito esmero
te juntei
mais uma vez
reunindo cada uma das suas partículas solitárias
Com a sua dor
construí o meu castelo
e nele eu fui rei
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Estrelas Mortas
PoetrySe até mesmo a morte de uma estrela foi capaz de gerar a vida e tudo o que conhecemos e amamos, quem sabe dessa dor não sairá algo belo?