Capítulo 8

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MANUELA

— Eu sou curiosa, meu amor

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— Eu sou curiosa, meu amor. — Digo ao meu namorado que está sentando em minha frente. Estamos no jardim da minha casa, tomamos café da manhã há poucos minutos e resolvemos tomar um pouco de ar livre. — Não seja chato, Tom, me diga logo o que meu pai queria com você antes do café da manhã, quando foram conversar no escritório dele. Pelo jeito não foi algo ruim, pois você está com um sorriso bobo.

— Não foi algo ruim. Na verdade, seu pai me fez uma proposta maravilhosa, que de início pensei em recusar.

— Qual foi a proposta? — Pergunto.

— Ele me convidou para trabalhar no escritório dele. Assim que ele me disse eu pensei em recusar, pois achava injusto. Mas ele me convenceu que é o melhor a se fazer. Lá vou ter um salário bom, e dessa forma poderei deixar as lutas apenas como um hobby, meu amor. — Ele me chama com um aceno, deixando que eu me sente entre as suas pernas. — Logo vamos poder comprar a nossa casinha. O que você acha?

— Eu amei, Tom. — Sorrio. — Se você tivesse rejeitado eu te daria uns bons tapas. É uma oportunidade maravilhosa, talvez você até consiga fazer uma faculdade. Me lembre de agradecer o meu pai por ter feito isso.

— Não acha que é errado? Se eu não fosse seu namorado provavelmente ele não me daria esse emprego.

— Tom, meu pai não é tão ruim quanto aparenta ser, ele tem um lado bom. Se ele te deu emprego é porque confia em você e na sua competência, papai jamais colocaria uma pessoa incompetente para trabalhar no escritório dele, mesmo que essa pessoa fizesse parte da família. Ele poderia muito bem nos sustentar, mas não, te deu um emprego, pois sabe que você vai valoriza-lo ao máximo.

— Talvez eu não consiga dar tudo que você merece, Manuela. 

— Só preciso do seu amor, o resto nós dois corremos atrás. Não ligo para dinheiro, mamãe me ensinou isso. Ela não veio de uma família rica, Tom, ela era como você, talvez pior. Quando se casou com meu pai não tinha faculdade, trabalhava como secretária dele, e veja só, hoje ela é formada em direito e é o braço direito do meu pai no escritório, e tudo isso por mérito dela. Se ela fosse uma mulher interesseira não gostaria de trabalhar, e muito menos estudar, mas ela não é. Quando mamãe entrou para a faculdade eu e meus irmãos éramos pequenos, tinha dias que o cansaço era visível no semblante dela, mas em nenhum momento ela desistiu. Claro, meu pai a ajudou muito, mas a força de vontade veio unicamente dela. — Sorrio.

Mamãe é um exemplo para mim, ela nunca ligou para o dinheiro do meu pai, se está com ele é porque o ama. Cresci ouvindo que mamãe só estava com meu pai por puro interesse, e claro, essas palavras só vieram de pessoas vazias, que provavelmente sentiam inveja da felicidade dos meus pais. Nunca dei ouvido para essas pessoas, pois eu tinha certeza que era mentira.

Você não soube me compreender - Conto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora