Desconhecido mundo novo

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O que você esperava afinal Ginny? Que iria chegar em Hogwarts, e seria recebida com festas, abraços e beijos?

Bem, se o companheiro de quarto de Ginny quisesse utilizar o terceiro adjetivo, ela com certeza não iria reclamar... No entanto, se ele fizesse isso, só significaria que ele jogava para o outro time, afinal, ela estava ali como um garoto, do sexo masculino, ou seja, como seu irmão. E puxa, se ele jogasse no outro time, isso seria um enorme desperdício e, claramente um crime contra todas as mulheres no mundo...

Não Ginny, não fique aí imaginando qual seria a opção sexual do seu colega de quarto atraente e moreno... Por mais que fosse difícil não pensar naqueles braços fortes, nos olhos verdes, nos cabelos pretos com fios densos e desalinhados... Será que aquelas mechas pretas seriam tão macias quanto pareciam...? Mais que droga Ginny, pare de pensar nessas coisas, e não olhe para ele desse jeito!

Contudo, o seu colega de quarto nem percebera que estava sendo observado, visto que continuava jogando o seu interessantíssimo jogo, normalmente, como se nada estivesse acontecendo.

Colega de quarto, que por sinal, naquele momento, estava tratando Geofrey como se ele fosse uma coisa qualquer sem importância que invadira o seu espaço. Um tratamento do tipo: se ignorar talvez suma. E Ginny estava começando a ficar com raiva, afinal, porque aquele cara estava agindo daquele jeito? Ela nem ao menos tivera a chance de dizer nada, ele com certeza deveria ter algum problema... Mas, o que quer que fosse, não era problema dela. Afinal, se ele queria utilizar o tratamento do silêncio com o novato, Ginny não iria reclamar. Só estava torcendo para que aquele indivíduo antipático, não fizesse parte do time de futebol, por que se ele fizesse, aí sim, seria uma tremenda falta de sorte.

Portanto, querendo ter alguma coisa com o que se ocupar, Ginny resolvera guardar e organizar seus pertences do lado direito do quarto. Visto que do lado esquerdo do cômodo estava uma cama perto da janela, sendo que essa era provavelmente dele, pois a cama já estava com um conjunto de roupas-de-cama azul marinho. Ao lado dela, na mesinha de cabeceira havia alguns objetos, como papéis de bala, um par fones de ouvido, dois porta-retratos e algumas folhas de papel amassadas, porém Ginny acabou inspecionando curiosamente os dois porta-retratos com fotos que eram provavelmente da família dele. Numa dessas fotos havia um casal sorridente com um menino de cabelos pretos nos braços, de aproximadamente três anos de idade. E em outra foto, havia um homem alto e muito bonito, com um sorriso sedutor, abraçando pelos ombros um adolescente que Ginny conseguiu identificar — por causa dos olhos verdes —, ser o seu colega de quarto atraente, apesar de que naquela foto, ele estava utilizando óculos de aros arredondados, e claramente ali, ele parecia muito mais agradável do que pessoalmente.

Bem aí está um ponto positivo, ele tem uma família, pelo menos isso mostra que ele não é um psicopata homicida que gosta de eliminar seus companheiros de quarto por diversão. Ou talvez não.

Mas, Ginny não queria ficar pensando no seu companheiro de quarto antipático. Por mais, que a presença dele fosse tentadora e hipnotizadora. Deste modo, ela obrigou à si mesma a entrar em foco, para começar a se instalar naquele lugar desconhecido, que iria ser a sua casa por algum tempo...

Alguns instantes depois, Ginny conseguira terminara de guardar suas coisas, e de se instalar de uma maneira confortável e funcional na ala direita do cômodo. Após concluir isso, ela decidiu verificar seu celular, lembrando de mandar uma mensagem para sua mãe, dizendo que já havia chegado em Paris, alegando que estava bem, sabendo que isso iria tranquiliza-la e não deixa-la com suspeitas. Em seguida, depois de atualizar várias vezes sua página no facebook, constatando que nem Katie ou Angelina estavam online, acabara não encontrando nada que acabasse com o seu tédio... Por fim, ela acabou ficando deitada de barriga para cima na sua nova cama, olhando para o teto do seu novo quarto...

Ela é o CaraOnde histórias criam vida. Descubra agora