Two days

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- Anjo? Não... Isso não é possível! - Exclama Crawford.

- Me deixe explicar melhor garoto. Não quer disser que você é um anjo, um anjo de verdade, com asas... - A resposta do bruxo deixou Crawford um pouco chateado, as palavras usadas não foram muitos simpáticas, e Gabriel percebeu isso, ele percebia tudo. - Me desculpe pelo o modo que disse. - Continuou.

- Sem problemas. - Descruzou os braços encarando o homem a frente.

- O que eu quero disser é que você possui o sangue de um anjo, isso pode ter vindo de sua mãe ou de seu pai, os antecedentes de seus pais havia sido um anjo. Você saberia disser quem é? O desconfia de alguém?

- Não acho que seria a minha mãe. Talvez meu pai? Eu não tive muita convivência com ele, ele foi embora e eu era muito novo. - Respondeu.

- Entendo. Mais isso não importa. O que realmente importa é salvarmos a tal garota. Mary eu preciso de dois dias, poderia me dar isso? - Pergunta o bruxo olhando agora para a mulher, que até o momento estava quieta ouvindo tudo atentamente.

- Claro, mais para que especificamente? - Pergunta curiosa.

- Preciso olhar em alguns livros e conversar com alguns amigos e em dois dias tenho certeza de que é lhe darei uma resposta. Acho que já ouvi um caso parecido com esse, senão me engano foi uma história que Paul havia me contado. Você poderiam falar com ele, ah é mesmo, não podem...

- Por que? - Foi a vez de Crawford perguntar.

- Ele morreu. - Mary responde simplista. - Então tá bom, te encontro daqui a dois dias?! - Se levanta acompanhado de Crawford.

- Dois dias... - E se despede de ambos.

- Como se sente após saber isso? - Mary pergunta à Crawford ao abrir a porta do carro para adentra lo.

- Não sei. Minha mente ainda não processou isso tudo. - Confessa.

- Eu sei como é. Deve estar sendo muito difícil para você. Mais logo isso acaba. - Tenta reconforta lo.

- Deus te ouça. - Essa era a primeira vez que dizia tais palavras, não acreditava muito nessas coisas, sabia que existia um Deus, mais não se ligava muito nisso.

- Quando chegarmos vou te dar um remedinho.

- Para que? - Pergunta confuso, não estava doente.

- Você está com grandes olheiras, e não dorme a dias. Precisa descansar.

- Sabe que vampiros não precisam dormir, não sabe?! - Pergunta um tom de sarcasmo.

- Eu sei. Mais você precisa descansar. O que acha de dormir esses dois dias, só acordaria quando tivermos a resposta de Gabriel.

- Insano. Mais acho que aceito.

E a conversa acabou aí mesmo. A mente de Crawford vagava longe, olhou para o vidro do carro e olhou seu reflexo nele, realmente, estava com um aparência abatida. Sentia que estava morrendo aos pouco sem Elizabeth. De alguma forma isso não sou tão meloso como acho que fosse, havia passado a desacreditar no amor e quando conheceu Elizabeth essa ideologia foi pra água baixo.

Ele a amava tanto que sem ter ela por perto, junto de si, sentia que estava mordendo. A cada dia sentia que pequenos pedaços de sua alma estava deixando seu corpo, não podemos esquecer do coração também. Esse já nem existia mais, ao contrário do que as pessoas pensam, acho que estão com o coração quebrado, destruído. O de Crawford não, nem existia mais, aliás restava somente um minúsculo pedaço que ficava no centro do coração.

Não queria perder esperanças, haviam conseguido trazer Elizabeth para casa e isso foi um grande avanço, faltava a parte mais complicada, trazer ela de volta, de volta para si e para os amigos e família. Essa era a parte mais complicada. Complicada, mais não impossível.

Para não poder sofrer durante esses intermináveis dois dias, Crawford aceitou a idéia estúpida de Mary. Cair em sono profundo. Quem sabe quando acordasse, acordasse com um beijo apaixonante de Elizabeth. Não seja tolo Crawford, contos de fadas não existem!

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⏰ Última atualização: May 30, 2018 ⏰

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