- Um grande ato de magia requer um ritual e um feitiço realizado dentro de um círculo construído adequadamente. O feitiço consiste em palavras ou encantamentos com gestos entre outros, e o ritual é um conjunto de ações realizadas enquanto as palavras estão sendo ditas. Os antigos egípcios acreditavam que as palavras eram tão poderosas, que apenas falar o que queriam faria com que eles alcançassem a meta desejada. Palavras e nomes de poder eram vitais para a magia egípcia e tinham que ser pronunciadas corretamente e com a entonação adequada. - Mary explica.
- Eu não sei o que poderá acontecer com vocês, mas não se deixem levar, tentem resistir, se vocês virem alguma coisa não vá atrás, pode ser um demônio querendo roubar lhe as vossas almas, tentem resistir ao máximo. - Nash diz. - Vamos começar.
Mary manda a gente deitar no chão ao lado de um altar (do ritual), Demi deita de um lado e eu deito do outro lado, sinto ela passar algo gelado na minha testa, sangue.
- Isso irá proteger vocês. - Ela diz.
- Como? Isso é sangue e não água benta.
- Confie em mim, é uma poção que é utilizada a muito tempo, serve para proteger as pessoas. Feche os olhos, só abra quando eu mandar, e por favor, não nos atrapalhe.
Concordei e fechei os meus olhos, respirei fundo e tentei me relaxar.
Me assusto com alguma coisa sendo derrubada em cima do meu corpo. Sangue, percebo que meu corpo está banhado em sangue, escuto Mary e Nash falarem em línguas estranhas, meu corpo começa a ficar quente.
- Se concentre na Elizabeth. - Ouço a voz da Mary.
Faço o que ela mandou, tento me concentrar na Elizabeth.
- Eu acho melhor você correr. - Ela diz me ameaçando quando eu acabará de jogar farinha em seu rosto, sorrio pra ela e lhe mostro a língua.
- Ah Crawford, você está mexendo com fogo. - Logo ela me taça farinha, olho sério para ela, pego os ovos que estava em cima da mesa e taco nela, acertando certinho em sua cabeça, começamos uma guerra de comida.
- A gente nem terminou de fazer o bolo. - ela comenta rindo ao meu lado.
- Pois é, preciso de um banho urgente, estou fedendo.
- Está mesmo. - ela diz rindo de um jeito engraçado.
- Olha quem fala.
Sinto os meus olhos molharem, tento limpar o meu rosto, mais o meu corpo não se mexe, não escuto barulho de nada, abro os olhos de vagar.
- Crawford? Crawford? Me ajude. - Ouço uma voz conhecida, Liz?
- Crawford, eu quero ir embora, a cada dia que passa eu vou ficando mais fraca, Crawford, meu amor, me ajude.
- Liz? Liz, onde você tá? - pergunto olhando para os lado, mais não vejo nada, tudo que enxergo no momento é preto, na verdade não consigo enxergar nada.
- Crawford, por favor, me ajude, antes que ele chegue.
- Calma Liz, eu vou te ajudar, a onde você está?
- Eu não sei, eu estou com medo. - Ela diz gaguejando e com a voz chorona.
- Me diz como é aí.
- É tudo branco, eu estou deitada numa cama, com um vestido branco também, meus pulsos e tornozelos estão presos com correntes, Crawford, estou com medo, meu vestido não está mais branco, ele está todo sujo de sangue, Crawford dói muito, ele está vindo Crawford, me ajude, CRAWFO.....
Paro de ouvir a sua voz.
- ELIZABETH? ELIZABETH? MEU AMOR, ME RESPONDE, LIZ? LIZ? ELIZABETH? - Grito a última palavra o mais alto que consigo, me agacho e olho para o chão respirando profundamente, sinto algo atravessar o meu tórax, olho para cima e vejo uma espécie de mostro, todo vermelho e com vários chifres, minha boca começa a jorrar sangue, olho através dele e vejo Elizabeth, com os lábios lambuzado de sangue e com um grande sorriso.
- Olá Crawford, gostou da surpresa? Preparei especialmente para você, não é mesmo Lúcifer? - ela diz dando uma gargalhada e acenando para mim.
O "mostro" a minha frente me joga longe, sinto o ar me faltar.
"- Não acredite em nada do que eles dizem. - uma voz fala na minha cabeça. - São demônios querem roubar a sua alma."
- Você não é a Elizabeth. - digo com muita felicidade.
- Ah docinho, você acertou, irá ganhar um prêmio. - ela diz andando na minha frente.
- Você não é real, você não é real, você não é real. - sussurro com os olhos fechados, fecho mais forte esperando para o que está por vir, vou sentindo mais forte o impacto que irá dar em mim, tudo para e fica um grande silêncio, estranho, sinto uma mão no meu ombro.
- Crawford acorde, encontramos a Elizabeth. - Mary diz.
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Try [HIATUS]
VampireOlá, esse é o segundo livro do " O idiota mora na sua casa". "O Crawford não sai daqui por nada. Eu me sinto uma inválida, nessa cama de hospital, em coma." "A cada dia eu me sinto mais cansada, sem forças, e isso me causa uma grande frustração, me...