-Eu quero saber onde essa nave vai. Thanos não espera um ataque na terra dele.
Os dois gênios se encararam, e Peter decidiu que seria melhor sair de perto. Ao menos até o comunicador de Tony tocar. Um arrepio penoso percorreu o jovem. O bilionário atendeu sem vontade alguma, achando que ouviria mais alguns gritos de Pepper.
-Pai? Pai, pode me ouvir? Pai, volta. Por favor. Não faz isso. Você não pode enfrentar ele sozinho.-Stephen ouvia claramente o quão embargada e fraca estava a voz da garota que falava do outro lado da linha. Aquilo era de quebrar o coração.-Pai, por favor...
Um som alto de algo quebrando e botas batendo. A menina deu um soluço alto, abafado pela mão.
-Aysha?-A menina havia começado a respirar mais alto, tossindo.-Rogers! Pega o telefone, seu acéfalo! Rogers! Rogers, é sério. Que barulho é esse? Rogers!
-Pai... Eu tô com medo... Eles vieram me pegar... Pai... Pai, por favor... Salve a gente... Por favor...
Os outros dois nunca viram ninguém tomar uma decisão controversa tão rápida quanto Stark no instante em que a chamada caiu, eles estavam longe demais da terra para ter sinal. O bilionário simplesmente deu meia volta com aquela nave gigantesca.
-Jarvis, ache minha filha agora!
-Ela está no apartamento do Brooklin, senhor.
-Eu vou matar o Rogers!
-Rogers, que ele fala...-O mago se aproximou do garoto.-É Steve Rogers?
-O próprio. Acho que ele e a Aysha tem um lance... Mas o senhor Stark não admite isso de jeito nenhum.
-Chega a ser brincadeira o Homem de Ferro e o Capitão América estarem na mesma família... Sendo que um deles dorme com a filha do outro.
O herói fez questão de jogar o cirurgião do outro lado da nave. Deixou aquela coisa de qualquer jeito, e pulou para o telhado do apartamento.
Correu para dentro. Sabia que era no sexto andar, quarta porta a direita. A porta estava escancarada.
-Filha! Filha! Aysha, pelo amor de Deus! Filha?
Desespero era uma palavra que descreveria bem a figura de Tony Stark naquele momento.
E definiu bem a figura de um Steve Rogers que invadiu o apartamento, buscando a mesma ruiva.
-Aysha!
Os dois se toparam em meio à sala de estar. Stephen viu como Peter chegou a suspender a respiração, antes de começar a revirar o apartamento. Até abrir a porta oculta de uma dispensa, de onde tirou a ruiva inconsciente.
-Doutor, pode me ajudar?
-Claro, deite-a no sofá, Parker.
Enquanto os vingadores discutiam a plenos pulmões, o neurocirurgião começou a avaliar a ruiva, através de alguns feitiços simples.
-Pulsação normal, respostas neurais normais, taxas alteradas... Ah sim, gravidez de dez semanas, esse bebê está pequeno demais, mocinha. Respiração e pulmões ok... Mas ela parecia sufocar no telefone.
-Ay tem uma síndrome rara. Eu tive que levar ela no hospital uma vez, estavam os numa reunião do clube de robótica.
-Peter pode mandar os dois calarem a boca?-O herói sorriu para a mocinha que despertava lentamente.-Minha cabeça dói. Olá, senhor...
-Stephen Strange, é um prazer, senhorita Stark.
-Prazer, doutor...-O garoto aranha prendeu os dois vingadores com teias, incluindo uma pequena mordaça no processo.-Peter,ajuda aqui... Preciso sentar...
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A-R-T-I-F-I-C-I-A-L
أدب الهواةMuitas coisas na vida de um Stark podem ser definidas por uma palavra: Artificial. Suas casas (não lares, um Stark não tem lar, seria humano demais). Seus amores (os Starks não amam, imagine, um sentimento tão banal...). Suas vidas. Ao menos, era i...