Parental Inconvencional

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POV Tony 

Pepper estava andando de um lado pro outro na sala. Além de ter gritado comigo, Jesabel havia ligado, e o que ela disse me fez o favor de deixar minha esposa ainda mais nervosa. Recebi uma mensagem, era o numero do meu sogro. 

"Antony, Aysha irá chegar em algumas horas. Por favor, não esqueça de deixar o quarto dela sem pó. Aproveitem as férias. Leonard" 

Me ergui do sofá, indo até a cozinha, tentando escapar da fúria da minha ruiva. 

—Jarvis.-Chamei, ouvindo o AI fazer algum barulho.-Deixe um quarto pronto para receber minha filha.-Pedi.-E peça comida japonesa para nós. 

—Sim, senhor. 

Me acomodei contra o balcão, abrindo o ultimo projeto de armadura que eu estava desenvolvendo, e me entreti naquilo. Em algum momento, Jarvis colocou a tela em minha frente. Uma menina ruiva tirava o capacete, com o oculos solar pendurado na camiseta. 

—Jarvis, quer avisar ao Antony que eu já cheguei? 

—Já avisei, senhorita. 

—Deixe ela entrar, Jarvis. E indique a garagem pra ela. 

O AI logo me obedeceu, e ela foi autorizada a entrar. Voltei para a sala, vendo meus robos arrumarem a mesa, que logo o pedido chegaria. Logo o elevador chegou na cobertura. A figura era ruiva, cabelos medianos e bastante bagunçados pela moto. Usava uma roupa tipica de motociclista, e carregava uma mala muito pesada em mãos. 

—Boa noite... 

Falou, olhando para nós dois. Era um clima extremamente pesado. Nós não nos conheciamos. 

—Olá, Aysha.-Tentei, mas não arrisquei me aproximar.-Você... Quer ir para o seu quarto? Tomar um banho... Se instalar... Logo o Jantar vai estar na mesa. 

—Quero. Jarvis, pode me mostrar meu quarto. 

—Claro, senhorita.-Um robozinho apareceu a frente dela.-Me siga, por favor. 

 Logo a garota desapareceu pelo corredor, sem dizer uma palavra. Pepper parecia a ponto de ter um ataque histerico e eu estou sem norte algum. Talvez a coisa que eu mais temesse na vida tebha acontecido sem eu perceber: eu era pra minha filha, o que Howard foi pra mim, Nada. 

♡♡♡♡♡ 

O Jantar foi um desastre, o silencio era sepulcral... E assim que terminou de comer, Aysha pediu licença e foi para seu quarto. Jarvis me disse que ela ligou para os avós quando se deitou na cama. Depois que Pep foi para o quarto eu fui até minha oficina. E aqui estou até agora. Isso porque são 5:20 da manhã, e tem alguém perambulando pela cozinha. 

No fim de tudo, vencido pela curiosidade e por aquele cheiro delicioso que vinha dali, acabei subindo para a cozinha. Aysha estava lá, com fones de ouvido, cantarolando baixinho enquanto arruma as coisas, que havia acabado de tirar das sacolas, nos armários da cozinha. Mas algo me chamava muito mais atenção do que as compras recém-feitas. O parte metálica que ia do inicio da nuca até pouco abaixo da alturas das costelas da garota. Ainda haviam quatro pinos, que mais lembravam perninhas, como se fosse um escorpião de metal...

—Então...-Ela se virou pra mim, retirando os fones.-Bom dia.

—Bom dia, Tony.-Respondeu, voltando a guardar as coisas.-As panquecas já vão ficar prontas, quer tomar café da manhã?

—Quero... Vou... Passar o café.

Voltamos a ficar em um silêncio desconfortável e ela desligou a musica que antes tocava em seus fones, e eu não consegui identificar. Não demorou para estarmos sentados à mesa, comendo deliciosas panquecas salgadas que ela havia feito.

A-R-T-I-F-I-C-I-A-LOnde histórias criam vida. Descubra agora